Hoje o dia foi calmo, assim que o senhor Noam, chegou, me pediu um relatório do dia, após explicar como foi, fui liberada, peguei o ônibus e vim direto para casa, onde me encontro no sofá deitada preguiçosamente. Meu estômago está embrulhado, embora eu não tenha comido nada estranho hoje.
Já tomei alguns remédios para minha forte dor de cabeça, mas parece que nada adianta.
Me levanto, mas assim que o faço sinto minhas pernas bambearem e acabo caindo sentada no sofá.
Merda! O remédio!
Eu preciso tomar um comprimido, de três em três dias, mas com a correria o remédio que era pra ter sido tomado ontem, foi esquecido.
Tento me levantar mas uma vez, esperando um certo tempo para dar um passo, com muito sacrifício pego minha bolsa do outro lado da sala, que estava jogada. Acho o comprimido e o tomo sem água. Sinto minhas pernas fraquejarem e me sento no chão.
De cabeça baixa, espero o remédio fazer efeito.
Essa foi por pouco.
Eu sou diagnosticada com anemia profunda. Porém, não tem cura!
E a depressão só atrapalhou o processo. Mas se eu tomar esses remedinhos conforme manda, não terei problemas. Me levanto e caminho lentamente para meu quarto. Me jogo na cama praticamente e durmo profundamente.
Ouço um grito e um choro constante, abro os olhos e só então noto o suor escorrer. E então percebo, ninguém estranho havia gritado ou chorado, por que esse alguém era eu.
Olhei o relógio e eu estava dez minutos adiantada do despertador.
Fiquei deitada tentando controlar minha respiração, até o despertador tocar.
Me levanto, respiro fundo e vou em direção ao banheiro, faço minhas higienes e tomo um banho –Coloco uma blusa azul bebê de seda e um short jeans (Sem ser vulgar e decente). –
Saio de casa sem comer nada, pego os ônibus até chegar a casa.
Assim que estou indo apertar o interfone o portão se abre e um carro azul escuro sai de lá.
Senhor Noam está no volante e para o carro perto de onde estou.
— está atrasada!
Olho em meu relógio de pulso, e vejo que estou 1 minuto atrasada. O olho e dou um sorriso sínico.
— Já estou aqui não? Então, não poso ficar batendo papo, eu trabalho.
Ouço o falar algo mas já estou longe o suficiente para não ouvir.
Ando até a casa e entro na mesma. Cumprimento alguns funcionários, e vou direto ao quarto do bebê.
Adentro e vejo que ele Ainda dorme tranquilamente. Me direciono a onde ficam suas roupas – separo um Body azul escuro e meias brancas. – ouço uma reclamação baixa vindo do quarto. Me encaminho para lá, com um sorriso no rosto, me penduro no berço e o vejo Ainda de olhos fechados, mas sua boca levemente aberta, ouço um chorinho baixinho seguido de um soluço. É só então percebo ele estava tendo um pesadelo. Tão novo. O pego no colo, e ele continua a chorar, porém um choro alto. O balanço em meu colo.
— ei, ei, meu amor, acorda, só foi é um pesadelo. Acorda. Ei o bicho papão não vai pegar você, eu não deixo.
Começo a ficar aflita pois ele não acorda. Começo a pedir em silêncio. Até ver seus olhos se abrirem e me fitarem, sinto suas mãozinhas agarrarem minha blusa, e seu choro vir mais forte, – como uma súplica, como se pedisse para que eu não o deixa-se, para que afasta-se dele todo e qualquer monstro – o abraço apertado, e sinto seu choro diminuir aos poucos.
—calma meu amor, calma, Shhhh, eu tô aqui. Você está bem. Eu não vou te deixar.
Depois de acalma-lo, dou um banho e o visto com sua roupa.
Descemos para a cozinha onde preparo sua mamadeira.
Ele é um menino bem guloso, ele mamou tudo apressadamente, e assim que seu leite acabou ele reclamou. Me preparo para mas um dia de sol.
Estou deitada no chão, e ao meu lado uma pequena manta está estendida com Ian sobre ela.
Me viro de frente para o bebê que me encara com seus enormes olhos cinzas iguais ao de seu pai.
—Sabe bebê, um dia você vai ver que os piores monstros são esses com quem convivemos, e aí você irá querer sonhar de novo com esses monstros, mas não se preocupe a tia Aur enquanto estiver com você irá te defender, e quando não, – seguro as mãos pequenas e gordinhas dele – eu estarei te olhando lá do céu.
É muito estranho ter que desabafar e contar para um bebê, que provavelmente você não estará aqui por tanto tempo. Mas com certeza é mas estranho a sensação de paz que eu tive depois disso.
Depois de um tempo, sinto que o sol está esquentando, pego a manta e Ian e entro. Vou para a sala de seus brinquedos, e nos deito sob o chão quadrilhas de borracha, pego ursos e coloco perto de Ian, que fica tentando pegar e assim que consegue, o coloca direto em sua boca.
Fico observando ele brincar, ouço seu riso é cada vez que ele rir eu instantaneamente rio.
— Ei mocinha, já passou de 14:00 o que Ainda faz aqui?
Me viro e vejo Anne. Sorrio.
— Eu só saio quando senhor Noam chega.
— Eu quiz dizer em relação ao seu almoço.
— Há, estou sem fome! E o pequeno não quer dormir.
— Aurora você Ainda não comeu, não pode ficar assim, e eu fico com ele para você ir almoçar. Ande não aceito não.
— Desculpa, não é querer fazer desfeita, mas eu estou sem fome.
— Se não comer, terei que informar ao Felipe.
— Ele só paga meu salário, não tem direito algum sobre minha vida.
— Mesmo assim. Estou te apelando, por favor coma, pense que sou sua mãe, não me faça desfeita.
Assim que ela diz aquela palavrinha "mãe" meu coração de aperta, sinto meus olhos se encherem de água mas eu disfarço olhando para cima e piscando vezes seguidas.
— Quando eu estiver com fome eu como ok?
Ela faz uma cara não muito boa, mas assente e sai me deixando com o pequeno. Pego o mordedor e o entrego é assim passamos o resto do dia até o senhor Noam, chegar e me encontrar descendo as escadas...Oi quiabinhos. Espero que tenham gostado.
Esse capítulo ficou meio sem nexo, mas prometo postar outro Ainda hoje. Desculpem.
Ele Ainda não foi revisado.
Até. 💙
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Apenas uma babá - O recomeço de tudo!
RomanceAurora uma menina tão doce e delicada, na maioria do tempo ninguém suspeitaria de um passado tão assustador que ainda a atormenta. Ela se vê perdida, quando todo o seu chão lhe é tirado de uma só vez e uma aparição repentina do seu passado resolve f...