0.3 ∞ Does That Make Sense?

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— Ok, a gente tem muita sorte que todo mundo se conhece nesse mundinho alternativo de Seul. — Park ria. — O Taehyung é amigo do Mark hyung. — Vendo a cara de confusão do namorado, continuou explicando. — O amigo do Yugyeom, seu melhor amigo e colega de apartamento... ou, como eu gosto de chamar, aquele gigante chato que rouba você de mim às vezes... — Os dois riram.

— Ai, claro! — Jungkook o conhecia há anos e eles já haviam até saído juntos em algumas ocasiões, porém o cansaço e a preocupação com o bêbado junto a si não o deixavam pensar direito em outras coisas.

Kim agora dormia sereno escorado em seu peito. Kookie tinha seu braço nas costas dele, protegendo-o e o trazendo para mais perto. Os dois haviam ficado sentados no chão do banheiro — Jeon já devidamente vestido — enquanto Jimin fora buscar água. O ruivo aproveitou para ver se conseguia encontrar algum amigo do novo peguete do casal ou descobrir uma alternativa para levá-lo para casa.

— Então... o problema é que ele e os namorados já foram embora há muito tempo... eles viram o Taehyung com a gente e como o Yugyeom confirmou que não somos psicopatas ou algo assim, resolveram não esperar.

— Ah, que droga. O hyung não quis me dizer de jeito nenhum onde ele mora... eles seriam a maneira mais fácil de descobrimos. — O mais novo suspirou.

— E você acha que eu ia voltar até aqui de mãos vazias? — Jimin tinha um sorriso sapeca no rosto. — O Nam hyung conversou com a gerência, explicou a situação e eles me passaram o endereço do Taehyung. Se a gente quisesse, eles se ofereceram até para chamar um táxi e mandar ele para casa agora...

— Mas, amor, não podemos deixar ele sozinho nesse estado. E se ele não morar com ninguém? E se ele viver em uma região perigosa e não conseguir entrar em casa? Ele não estava mais bebendo, nós que insistimos para ele beber com a gente. — Jungkook falou tudo rápido, quase em um fôlego só. — De certa forma, nós somos culpados pela situação em que ele está agora. E mesmo que não fôssemos, não dava para simplesmente deixar ele sozinho. A gente tem que ajudar ele — finalizou, baixando os olhos um pouco envergonhado.

O sorriso do mais baixo só aumentou.

— Eu sabia que você ia dizer isso. E concordo... Por isso, já neguei oferta dos gerentes. Na realidade, se ele estiver um pouco melhor quando acordar a gente pode tentar ir caminhando... o apartamento dele fica a poucas quadras daqui.

Jeon sorriu largo para o namorado. Os anos de namoro e as conversas frequentes haviam deixado os pensamentos de ambos bem alinhados. Saber que eram compreendidos dava um quentinho no peito.

— E por aqui... tudo bem? — O ruivo olhava com ternura para os rapazes abraçados e sentados no chão.

— Sim, tudo ok. Logo que você saiu foi engraçado. Ele se embolou todo para tentar pedir desculpas e ficava todo sem jeito se eu dizia que estava tudo bem. Já faz um tempinho que ele não vomita, tanto que cochilou. Acho que ele vai estar melhorzinho no momento que acordar. — O garoto deixou um sorriso pequeno escapar. — Ahhh, você perdeu o Hobi hyung querendo entrar aqui com um menino alto...

— Achei que ele tivesse decidido focar em relacionamentos com mulheres agora que está trabalhando na televisão... — Park relembrou.

— Não que uma foda no banheiro possa ser considerada um relacionamento, mas você conhece o hyung... ele se interessa por pessoas, não por gêneros — disse, imitando Hoseok. — Era óbvio que no momento que ele tivesse vontade de ficar com um cara ele ficaria e foda-se que ele é empregado de uma emissora de TV e a mídia é preconceituosa. — Ambos tinham orgulho do amigo. — Agora você acredita que ele quis discutir comigo, porque não queria usar as cabines pequenas?

Serendipity ∞ pjm + jjk + kthOnde histórias criam vida. Descubra agora