38. XIUMIN

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Assim que Baekhyun entrou no táxi, meu celular tocou. Era uma mensagem de Jongdae (meu novo vizinho). Antes de ler o que estava escrito, olhei em direção a sua casa, mas ela parecia uma casa normal. O jardim estava um pouco maltratado, mas acho que assim que eles se estabelecessem, estaria bonito.

Jongdae perguntava se podíamos ir juntos para escola. Entrei em casa com o celular no bolso; fiquei pensando. Eu estava com vergonha de ser visto com ele, mas não era só isso. Eu estava com medo de admitir, pois estava tudo confuso dentro de mim, mas eu não estava com vergonha dele, eu estava com vergonha de mim para ele.

Eu estava com tanta vergonha das palavras que eu disse. Quando a imagem do seu irmão aparecia na minha mente, eu sentia uma rerivolta no meu estômago, sentia-me febril de tanta vergonha e percebia meu coração bater em um ritmo anormal.

Eu era tão desprezível.

Quando foi que eu deixei um hate ridículo definir o meu caráter?

"Minseok?", escutei a voz do meu pai. "Por que você está aí parado como uma estátua? Vá comer alguma coisa se não você irá se atrasar."

"Okay, pai!", o segui até a cozinha e tomei o meu café, mas antes mandei mensagens respondendo o vizinho.

Escovei meu dentes depois de comer e arrumei minha mochila; desci as escadas correndo e dei um beijo na minha mãe e no meu pai.

"Minseok, aonde você vai?", meu pai perguntou.

"Eu vou pra escola junto com o filho dos vizinhos", o respondi.

"Pra quem estava odiando eles sem nem ao menos os conhecer...", mamãe debochou.

"Para, mãe, por favor!", fiz um sinal de "stop" com a mão e meus pais riram. Saí de casa com a mochila nas costas e andei até a casa dos vizinhos, tocando a campainha dos mesmos.

A porta é aberta pelo próprio Jongdae. Percebo que estou nervoso quando ele me dá "Bom dia", mas eu não consigo respondê-lo. Depois de muito me esforçar, sai um "Bom dia, Jong!" em gaguejos de minha boca.

Ele faz uma careta, mas depois sorri o que parece ser o sorriso mais puro do mundo. Jongdae deve estar achando que eu lhe dei algum apelido ou algo do tipo, mas eu apenas esqueci o seu nome.

Meu nervosismo era real.

"Onde está Jongmin?", me pego perguntando por ele assim que entro. Estou preocupado e arrependido.

"Ele está dormindo!", Jongdae me responde. "Ele costuma acordar tarde."

"Quer beber uma água?", ele pergunta.

"Não, obrigado!", respondo. "Onde estão seus pais?"

"Estão todos dormindo. Só eu e o Tao acordamos cedo, mas ele resolveu fingir que estava doente pra poder o Kris poder faltar aula e vir 'cuidar' dele", Jongdae olha nos meus olhos e eu não sei como a minha cara está, porque ele parece segurar o sorriso. "Eles são bem grudentos que chega a ser chato, mas eu os entendo."

Jongdae abaixa a cabeça antes de continuar: "São apenas dois jovens que se amam muito, mas não sabem como funciona direito essa coisa de amor."

"Esse papo tá meio estranho", as palavras saem da minha boca sem eu querer. "Desculpa, é só que eu não sei o que dizer e acabei perguntando sobre sua família, mas não quero ser intrometido não. Você não precisa ficar dando satisfação do que sua família faz."

Acabei falando tão rápido que só parei de falar quando o som gostoso da risada de Jongdae entrou em meus ouvidos.

"Você não é um intrometido!", afirmou. "Você nem perguntou sobre mim", ele pareceu magoado. "Vamos pra escola."

Eu segurei as alças da minha mochila como um sinal e ele passou por mim e pegou a sua no sofá. Caminhamos juntos até a porta e eu o esperei do lado de fora enquanto ele trancava a casa.

Caminhamos em um silêncio confortável e ao mesmo tempo constrangedor, até que Jongdae resolve quebrá-lo no ponto de ônibus, enquanto estávamos sentados um ao lado do outro.

"Sabe, Minseok", chama minha atenção. "É uma pena que os seus olhos de gato tenham prestado mais atenção no meu irmão do que em mim."

Corei violentamente e antes que eu pudesse gaguejar, o ônibus que deveríamos pegar parou no bus-stop.

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Me desculpem qualquer erro; não revisei.

Eu mudei a formatação dos diálogos porque tô escrevendo no celular, gente. Espero que entendam ❤

Once | XiuchenOnde histórias criam vida. Descubra agora