– Estão me dizendo que a máfia mais perigosa do mundo "se aposentou" -Fez aspas com os dedos. -Para dar mais atenção a Sakura?! É isso o que estou ouvindo? -O homem careca com um terno e um comunicador no ouvido não conteu a expressão descrença. Descansando as mãos sob a mesa, contornando a cabeça com uma delas.
– Estou afirmando, chefe. -Hinata se sobressalta. -Sasuke e eu nos mantemos em contato a todo momento. Na cola de Sakura, sempre. E sempre tinha alguém com ela que transparecia muita habilidade de mira, por mais estranho que pareça.
Sakura que sentava em um canto de braços cruzados, fitou um ponto entre eles enquanto chegava a suas conclusões. Então... foi ela a mulher que falou com Sasuke no carro. Sabia que aquela voz soava familiar!
Como nunca notou que a máfia sabia de sua existência a mais tempo que imaginava?
O rapaz suspirou. Cruzando os braços os apoiando na mesa.
– Bom, alguns dos agentes ficaram na cidade para questionamentos. Agora, vamos falar da situação atual. -Se tornou sério. -Madara ficará internado, logo será julgado assim que sair do hospital. Ao todo eram três carros comportando seis pessoas dentro. Sete, contendo com Deidara em um deles; que apropósito, está foragido.
– Como é?! -Naruto que antes examinava a ferida sem prestar atenção, ergueu a cabeça na direção deles incrédulo. -Hinata o deixou incosciente, eu vi.
– Ah não ser que vocês tenham escondido ele em algum beco... -O rapaz debochou. Inconformado.
– Desgraçado... -Naruto resmungou.
– Bom, antes de qualquer coisa, eu gostaria que colaborasse conosco senhorita Haruno.
Sakura troca olhares com todos presentes antes de se levantar e caminhar até a mesa. Com as inúmeras telas e botões coloridos envolta chamando mais a sua atenção do que o rapaz careca a sua frente.
– Estou em Konoha há dez anos. Escapei do incêndio, e respirei por todo esse tempo porque pedi ajuda ao meu colega de trabalho Naruto. -Respirou fundo. -Recentemente, começou com um carro que tentou me atropelar. Mais tarde, eles já estavam infiltrados na minha casa apontando uma arma na minha cabeça.
– Compreensível. -Pressionou os lábios. -Mas, acredito que esteja com informações que merecem mais atenção no momento, não?
Sakura engoliu seco.
– Documentos. Documentos com xerox de passaportes de menores, vários deles. Os consegui junto com as inúmeras provas.
– Senhorita, o que não encaixa, é você ter encontrado estas provas em uma lixeira. -Disse calmamente. -Estamos falando de uma gangue profissional, formada por homens e mulheres com habilidades que não se aprende em becos de rua. A maioria eram agentes deste departamento.
– Não me pergunte como, eu só os achei e comecei minha busca. -Argumentou. -Precisava saber o que era aquilo. Precisava. Não queria levar a polícia até ter certeza. Mas quando obtive minhas respostas... tudo desandou, como sabe. -Fitou Sasuke com desdém, friamente. Ele apenas devolveu o olhar.
– Acho que entendi. -Ele suspirou, erguendo as sobrancelhas ao notar o clima que se instalou. -Mas a senhorita tem consciência que muitas vidas foram desperdiçadas por...
– Pela minha falta de responsabilidade? -Perguntou fria. Com o olhar seco. -Devo lembrar, chefe, que eu tinha apenas dezoito anos na época. Que para uma policial de minha posição e inexperiência conseguiu mais pistas que os senhores, que desvendam casos de anos em questão de horas.
O rapaz limpou a garganta com força.
– Bom, nós vamos cuidar disso. Agora, precisamos que nos entregue o pen-drive, e os documentos. E se livre de tudo isso para finalmente ter uma vida em paz.

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Eyes
FanfictionSua boca diz que você não me ama. Ela diz que você não me suporta. Não me atura. Que não me quer por perto. Mas seus olhos... Seus olhos dizem que você me ama. Que me quer o mais perto de você. Que sempre terá o brilho dos meus em sua memória. ...