O único som no cômodo eram dedos batendo impacientes na mesa de madeira. Dois olhos passeavam sem parar pelo local escuro, com uma única luz no teto em cima dele.
Uma sombra se aproxima, sentando em sua frente. Ele logo levanta seus olhos para fita-lo.
O rapaz a sua frente entrega inúmeros papéis. Eram fichas. Cada uma com informações importantes sobre uma pessoa específica.
- Sakura Haruno. Tem vinte e oito anos. Atualmente trabalha em uma coluna de revista no centro de uma cidade pequena. Konoha.
Ele desviou o olhar para as fotos nas folhas por míseros segundos. Voltando a olhar o homem em sua frente seriamente.
- Foi dada como morta a dez anos. Ela tem muitas informações. -Desviou o olhar para o chão, jogando na mesa uma maleta. -Já sabe o que fazer.
O rapaz se levantou pegando as fichas e a mala sem dizer nada. Saindo dali com o sapato clássico ecoando sob o chão.
.
.
.
Sakura havia bocejando pela décima vez. Olhava instantaneamente para o relógio na vista de todos, mas ela era a única que o olhava de cinco em cinco segundos.
- Preciso que ... vai se encontrar com alguém? -Ino se aproximou com uma pilha de papéis. Observando o olhar fixado da rosada no objeto.
- Hum? -Se virou.
- Não tira os olhos do relógio. Então, é porque vai se encontrar com alguém.
Sakura deu uma risada fraca. Voltando ao trabalho.
. . .
. . .
- E-Eu realmente achei que daria tempo...
- Ah. Não pega nada. Você nunca se atrasa, Hina. Uma vez ou outra não mata, não. -A loira deu de ombros. Tomando seu café.
- M-Mas e se descontarem do meu salário?! -Sua expressão ficou apavorada levemente.
- Não vão. Já falei com ele. -Disse. Buscando algo em sua carteira.
As duas olharam para Sakura assustadas.
- Você falou com ele?
- Sim. Expliquei que Hinata trabalha e estuda, e por isso o caso dela é especial. -A rosada jogou o dinheiro em cima da mesa. Se levantando.
As duas se levantaram com pressa. Ainda a olhando, surpresas.
- Você falou com ele? E ele te escutou? -Ino permanecia incrédula.
- Sim. -Disse, simplesmente. Fazendo uma careta.
- Mas ele nunca escuta ninguém que não seja de seu interesse financeiro.
-Bom, ele iria me escutar. De uma maneira ou de outra. -Disse seriamente.
Ino se calou e Hinata encarou os pés. Sempre se esqueciam desse gênio forte dela.
As três começaram a caminhar para a rua. Prestes a atravessarem para o prédio onde trabalham.
- Muito obrigada, S-Sakura. -Hinata encostou de leve os dedos no braço dela.
Sakura sorriu como resposta. Mas, logo sua atenção foi voltada para trás da amiga, ficando surpresa.
Em um piscar de olhos, ela abraçou Hinata se jogando com ela para o outro lado da calçada. Enquanto o carro passava direto. Ino, que estava mais a frente, correu.
Um carro preto, com as janelas escuras. Assim que passou por elas, se virou em uma perfeita curva.
Sakura fitou a janela, conseguindo enxergar uma silhueta dentro que a olhava concentrado.
O carro deu retorno, sumindo na curva mais próxima.
Ainda ofegantes, Ino correu até elas que permaneciam no chão.
- Deus é pai! Vocês estão bem? -Ajudou Hinata a se levantar. Ela mal respirava devido ao susto.
- E-Eu ... o que f-foi isso?! -A de olhos perolados levou a mão ao peito.
Sakura tentava controlar a respiração fitando o chão. Perdida em pensamentos.
Ela se levantou, e logo as duas a ajudaram. Mas ela recusou.
- Estou bem. Estou bem. -Pousou a mão no joelho. Respirando fundo.
- Mas que... -Ino olhava para a rua. Onde o carro sumiu.
Sakura, ainda ofegante, olhou para o mesmo local.
Aquilo não foi um acidente.
. . .
. . .
. . .
Sakura abriu seu apartamento com pressa. As horas no trabalho nunca foram tão longas.
Trancou a porta, e tirou os sapatos. Tudo em uma grande correria.
Correu até seu quarto, tirando de cima do guarda-roupa uma grande caixa empoeirada. Péssimo esconderijo, ela sabia; mas no momento de sua vida, não tinha muitas opções.
A colocou na cama. Abriu a tampa, e embaixo de milhares de papéis, ela pegou um pen-drive. O agarrou junto ao peito.
- Devia te esconder melhor... -Murmurou. O apertando entre os dedos.
Olhou em volta. Se levantou, levantando o colchão. Com uma faquinha no criado mudo, ela rasgou o tecido levemente, e colocou o objeto no buraco que se formou. Largou o colchão, e se permitiu cair na cama.
Pousou o braço em cima dos olhos. Uma lágrima isolada deslizou sem que percebesse. A limpou antes que terminasse seu curso.
Ela levantou em um pulo assim que escutou batidas na porta.
- Já vai. -Gritou. Abrindo a primeira gaveta do criado mudo, pegando e colocando a arma de calibre 42 na cintura.
Botou a barra da blusa por cima, e foi atender.
Olhou no olho mágico, e não conseguiu ver o rosto do rapaz. Ele olhava para o chão, e isso a irritou. Abriu rapidamente, já pronta para qualquer tipo de ataque. Mas hesitou completamente ao ver seu rosto levantado.
Os olhos negros como uma noite quente a fitou indecifrável. Ela tentava se expressar neutra, mas admitia que era a missão mais difícil que enfrentou.
LU °~°
Autch. Essa doeu até em mim. Puxa, eu não queria ta na pele de vocês.
Hehe. Eu sou legal, gente. Tanto, que o próximo capítulo só vai sair mês que vem e ... *desvia de um tijolo* TA BOM, TA BOM, TA BOM! JA VOU POSTAR, EU HEIN!
ENTÃO É ISSO, BEIBE! (proposital) UM CHERO NA BLUSINHA E AAAATEEEEE AAAAAAAA PROOOXIIMAAAAA DISHAKAHSGSGSHSGS
( Viciei na musiquinha de Pokémon )

VOCÊ ESTÁ LENDO
Eyes
FanfictionSua boca diz que você não me ama. Ela diz que você não me suporta. Não me atura. Que não me quer por perto. Mas seus olhos... Seus olhos dizem que você me ama. Que me quer o mais perto de você. Que sempre terá o brilho dos meus em sua memória. ...