Witch Hunters (Intersexual/G!P).

Choque de realidade.

Hey galera, como estão? Espero que bem. Vamos a mais um capítulo? Leiam as notas finais.
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Lauren Pov

A conversa que eu e as meninas havíamos tido sobre toda aquela confusão, foi realmente muito intensa, e durou mais de horas e horas a fio, tiramos muitas suspeitas e analisamos tudo o que foi encontrado na casa, inclusive durante a noite, fizemos isso na casa de Camila, e achamos coisas suspeitas, talvez tenham escondido algo dela também, porém de momento decidimos que iríamos verificar o meu problema, e esses sonhos muito reais aos quais eu andava tendo. Não é fácil, você passar por uma situação dessa, quando sua vida inteira foi feita e vivida de um jeito, você nunca está preparado para descobrir que seus pais esconderam algo, ou que você tem algum tipo de distúrbio psicológico, coisas desse tipo não são programadas. Não é como se eu fosse acordar num belo dia de sol e pensar: ''Uau, eu tenho distúrbios psicológicos'', ou, ''Uau, minha família escondeu uma irmã de mim'', ou talvez um, ''Uau, meus pesadelos são tão reais que me fazem ter crise''. Você não nasce preparado para isso, isso simplesmente acontece por alguma gama de motivos e coisas que acontecem ao longo da vida, mas a única certeza que temos quando somos surpreendidos com tal coisa é: Eu preciso de ajuda. Não é errado você pedir ajuda, seja para sua família ou para seus amigos, seja para realmente alguém que entende disso, você precisa de ajuda, e não é humilhante ou ruim, pedir por isso. 

Sempre me achei uma mulher forte, treinava todos os dias com Camila, ajudava meus pais, e os pais de Camila, estava sempre na ativa, e fazendo coisas produtivas, coisas que me livrassem do peso que meus pesadelos tinham quando eu era menor de idade, a distração é um grande ponto, deixar a mente ocupada. Mas uma hora você precisa tratar, e eu resolvi ter meus amigos recém feitos, para me ajudarem nisso, e principalmente Camila. Posso ser a pessoa mais forte do mundo, digamos assim, mas também preciso de ajuda, e isso não me faz menos forte. É esse tipo de pensamento que eu tenho, e o mantenho para sempre além de receber ajuda, me auto ajudar, o que é realmente importante. Com isso, eu pensava comigo enquanto tomava um pouco de café, e olhava a floresta, me encontrava do lado de fora da casa de Ally, ponto de onde partiríamos para tentar descobrir sobre minha irmã Taylor, sentada num banco que tinha ali, e provavelmente pela minha falta de sono esta manhã, todos ainda estavam em seus respectivos quartos, sonhando com alguma coisa, ou somente olhando o teto esperando a preguiça ir embora. 

Não sou acostumada a acordar primeiro, mas por algum motivo, hoje eu simplesmente acordei e perdi o sono, tive um sonho diferente, nem pesadelo e nem um sonho realmente concreto. Eu estava num lugar aberto, estava de noite e eu podia enxergar uma fogueira, e algumas luzes vindo de tendas, a meu redor havia muitas pessoas e eu simplesmente não podia me mover. Os rostos a minha frente estavam borrados, menos o de Taylor, e o silêncio prevalecia, já que uma das pessoas de rosto desfocado, falavam, mas eu não conseguia entender o que exatamente. Este sonho realmente me parecia bem real, é como se eu sentisse que isso iria acontecer em algum momento, e que não estava longe de acontecer. Minha família se mostrou ter muitos segredos, talvez nestes sonhos, essas pessoas e Taylor, estejam atrás disso e eu seja o alvo, por ser a filha mais velha, já que pela lógica e pela certidão de minha irmã, ela teria agora, atualmente, 18 anos, enquanto eu tenho 21. Eu realmente gostaria de entender o que está acontecendo em minha vida atualmente, estava tudo muito confuso, tinha muitas peças em jogo agora, todas as pistas que descobri com as meninas, todas as coisas que ficaram por muito tempo embaixo dos panos, é algo que realmente deixa a gente perturbado, não é como se eu tivesse me acostumado com tal coisa.

Os pássaros cantando me traziam certa paz, me acalmavam um pouco da hipótese do que poderia acontecer hoje. Poderíamos descobrir coisas que talvez não estivéssemos preparadas, mas talvez também, aguentemos por conta dos nossos traumas. É estranho citar trauma como algo bom, de fato é algo péssimo, mas depois que você supera, ele te torna forte. Não superei a morte de minha família e nem nunca iria, mas me conformei que fui obrigada a dizer adeus antes da hora e que agora, buscava as pessoas que fizeram isso e fazer cada uma delas pagar pelo que houve. Em meio a meus próprios pensamentos, senti alguém segurar meu ombro e rapidamente me levantei no susto.