Viúva-Negra

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Pov, Wylona Hayashi.

Após um telefonema urgente, reuni o grupo para que protegessem o barracão enquanto eu sairia. Uniriamos força de nossa mafia, conhecida como Aranha, para que fossemos brutalmente contra os Felinos que viviam arrumando confusões com os Armadeiros.
   Esta seria a primeira vez que veria o rosto do líder das Tarântulas, causando-me um frio por minha barriga.
   Ao estacionar meu carro em frente à seu barracão, adentrei cautelosa, e com a senha das aranhas consegui passe livre para adentrar na sala aos fundos.
   Ao me ver, soltou um riso desacreditado de que eu seria a líder, mas com o nome a tatuagem que apenas os mesmos teriam a permissão de utilizar, baixou a guarda para me respeitar. Ao curvar-se a minha frente em forma de cumprimento, repeti suas ações, logo imendando o diálogo para o que intessava.

— Bem, Jr. Fui convocada para unirmos. — Pigarreei ao me aproximar da mesa, na qual ele tornou a sentar-se atrás em uma cadeira de escritório. — Você tem um plano para atacarmos? — Continuei rudemente.

— Ora, ora, Yakuza. — Riu ao dizer tais palavras, pois sabia o quanto aquilo me feria ao encarar-me observando minha fisionomia. Debrucei-me sobre a sua mesa ao derrubar seus itens e esmurrá-la.

Apontei o dedo em direção ao seu rosto, deixando nossas faces extremamente próximas, apenas sussurrei entre dentes.  — Nunca mais me chame assim! — Afastei-me vagarosamente pressionando minha mandíbula para retornar em minha postura anterior, agora cruzando o braços esperando que continuasse.

— Uau, você realmente é violenta. — Revirei os olhos com seu comentário desnecessário.

— Chegue logo ao ponto! — Não pude conter, alterei a voz ouvindo-a ecoar pelo ambiente.

— Ok, ok. — Suspirou ainda sorridente. — Sim, temos um plano. No entanto, não tinhamos certeza de você realmente era uma mulher. — Levantou-se passando a circular a minha volta em passos lentos, observando-me de cima à baixo.

— Em que isso voga? — Questionei. Queria que ele chegasse logo ao ponto que me interessava.

— Sendo assim, podemos fazer com que se infiltre nos Felinos para descubrir seus pontos fracos. — Franzi a testa ao tombar lentamente a cabeça para o lado esquerdo, observando, até então, uma garota de cabelos loiros a fitar-me curiosamente. O que me passou pela mente, o por que não à usariam como isca, ao invés de mim, afinal eu era líder. O motivo principal para terem o nome de viúva-negra. Porém, não iria interrogá-lo pois queria respostas breves.

— Prossiga... — Sussurrei.

— Pois bem, Viúva-Negra. Eles acreditam... na verdade todos acreditam que vocês não passam de um mito pois nunca os viram, muito menos tem a certeza de que você é realmente uma mulher, que à princípio eu também duvidei. — Suspirou parando em minha frente, de forma que eu não pudesse mais observar a garota que tanto me chamou atenção por suas vestes um tanto masculinas. Muitos não sabiam da minha sexualidade, e manteria em segredo para conseguir tudo que eu quisesse com relação aos homens. Assenti com a cabeça para que prosseguisse com o que queria de uma vez por toda.

— Vai, continua! — Esbravejei revirando os olhos.

— O plano é o seguinte. Preciso que os procure, adentrei em meio à eles como quem não quer nada além de uma missão. Matar alguém, ou sei lá. Invente algo. Tente seduzir o líder, tornando-se uma Felina, passando-nos informações sobre onde andam, seus pontos fracos e fortes para que possamos atacar. Não conseguimos encontrar nada sobre eles até agora. Concorda?

— Será divertido... — Comentei ao esboçar um sorriso malicioso. — Estou de acordo com o plano. Irei começar amanhã! — Coloquei as mãos dentro do bolso observando-o sorrir enquanto retornava a sua mesa, qual sentou sobre a mesma, novamente podendo observar a garota me encarar de maneira sedutora. Parecia querer algo comigo, o que me causou um certo frio sobre a barriga mais uma vez. No entanto, mantive minha postura natural, ou seja, bruta.

— Bem, estou de saída. — Soltei um beijo sobre o ar, ao soprá-lo e acenar por um adeus ironico. Fitei a garota por mais uma vez, e com uma piscada malicosa, ela sorriu ao canto dos lábios.

— Parece que nosso amigo ganhou uma pretendente. — Pigarreei retornando meus passos para trás quando ouvi aquele comentário do líder. Estava prestes a sair, mas aquilo havia me deixado extremamente confusa.

— Amigo? — Arqueei a sobrancelha, notando agora que todos riam a minha volta.

— Você pensou que fosse uma garota? — Arregalei os olhos passando a fitar "a loira" em seguida mudando a rota para fitar quem me questionou. Um garoto loiro com um moicano havia se direcionado. Eis que outros risos ecoaram, até que o líder se pronunciou outra vez.

— Eita, essa gosta da mesma fruta que a gente! — Estavam me vaiando, até que exibi meu dedo médio à todos e o lambi como provocação. Ambos arregalaram os olhos surpresos por tão ação um pouco sexual.

   Seguindo meus passos acelerados e pesado, embora eu tentasse sensualizar, retirava-me do barracão definitivamente.

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