Falsa Identidade

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Pov, Wylona Hayashi.

A noite já havia retornado, e eu estava pronta para retornar para Seoul, deixando-me no comando de todas as gangues, agora entendia o porquê diabos meu pai nunca se recusou a tentar, uma vez se quer sair da Yakuza.
Duas horas de estrada, e quando pude notar, já estava dentro do barracão Sphynx.

— Gostaria de falar com o Sphynx. Sou a cliente da noite passada. — Pisquei para o gangster que logo abrira a porta para mim.

Adentrei com um saco negro de veludo nas mãos qual joguei na mesma, antes de me sentar sobre a mesma.

— Já pode começar. — Sorri maliciosa observando que seu olhar se mantinha vago. Os pensamentos lhe perseguiam. — Aconteceu algo? — Balancei a mão em sua frente, sem hesitar em tirar informações.

— Os malditos dos aranhas mataram um dos meus informantes! — Franzia a testa esboçando desentendimento, escondendo a vontade de rir no momento.

— Ué, sério? Antes de procurar você, eu procurei eles para fazer o serviço, e todos não se encontravam em Seoul. Parece que era uma reunião de negócios quando os contatei através de uma ligação. — Pigarreei disfarçando o olhar, mirando o chão.

— Você está sendo mais útil do que imaginei. — Me encarou. Eu suspirei com receio de que desconfiasse de algo. — Mas se ele não estão aqui, por que meu informante disse que estava falando com o líder do Tarântulas.

— Vai ver, ele mentiu. — Dei de ombros ao descer da mesa. — Talvez tenha sido os Escorpiões, afinal eu procurei você para matar o líder deles. Devem ter me investigado. — Seus olhos arregalaram no mesmo instante, me fitando como se eu tivesse descoberto a melhor notícia do dia.

— Tem toda razão! Como não pensei nisso antes? — Levantou-se ao bater as mãos na mesa. — Você será minha nova informante. Quero que traga informações dos Aranhas para mim. — Assenti forçando um sorriso ironico.

— Eu obtenho algumas informacoes para agora, se estiver pronto para me ouvir... — Esbocei uma fisionomia maliciosa. Já estava planejando outra coisa para eles.

— Diga-me. — Sentou-se na cadeira a debruçar-se sobre a mesa, apoiando seus cotovelos enquanto seus dedos da mão de entrelaçavam uns com os outros.

— Bem, eles tem uma líder muito poderosa, ela tem uma passagem na Yakuza. — Suspirei. Dizer aquelas palavras fazia meu coração acelerar, e uma mágoa vinha à tona, deixando minha voz embargada. — Dizem outros boatos, que ela é uma parte da Yakuza implantada em Seoul. Se mexerem com ela são convocados para virem do japão para cá, afinal eles comandam todos os japoneses da mafia daqui. Todos os outros Aranhas estão progetidos por ela. Não seria uma boa entrar em conflito com os mesmos. — Parecia pensativo, no mesmo tempo que pareceu recear as minhas palavras.

— Por que está com voz de choro? — Ele notou minha mudança de comportamento. Mas logo uma resposta rápida me veio a mente.

— Tenho medo que seja verdade. Ela é bem perigosa. O que me alivia é saber que não estão por aqui. — Suspirei me recompondo. — Eu iria procurá-la, mas tinha medo que algo desse errado. Eles costumam tirar membro quando algo da errado. — Engoli à seco observando-o levantar-se.

— De qualquer forma eu não vou recuar. — Suspirei revirando os olhos. Levantei ficando em sua frente.

— Então preciso sair de sua gangue, eu não quero me envolver com a Yakuza. — O encarava nos olhos, sentindo segurar a minha cintura lentamente e num puxão pude apenas sentir seu corpo junto ao meu.

— Não vou permitir que eles te machuque. — Assenti abraçando-o e repousando meu rosto em seu peito.

— Me sinto segura desta forma... — Sussurrei apenas ouvindo o coração do Sphynx acelerar no mesmo instante, assim esbocei um sorriso malicioso. — O que acha? Sou bonita o suficiente? — Soltei-me do abraço e girei lentamente à sua frente para que analisasse meu corpo. Ele apenas assentiu cruzando os braços.

— Tenho um plano! O que acha de eu me envolver com os líderes do Aranha e descobrir as coisas para você? — Dei de ombros fingindo um sorriso. Ele arregalou os olhos a estralar os dedos.

— Ótimas ideia. — Me abraçou novamente.

— Só que dependendo do que eu conseguir lá dentro, terei que tatuar a gangue em mim. — Abaixei a cabeça. — Se não se importar... — Pisquei para ele.

— Não há problema algum. Se está disposta a sacrificar sua pele por mim... serei grato o resto da minha vida. — Fiquei sobre as pontas dos pés e selei os lábios daquele homem.

— Farei o que for preciso para ganharmos essa briga! — Pisquei ao me afastar e retirar-me do local sentindo que ele continuava a me fitar.

Ao observar o estacionamento, abri os braços e rodei ao ar livre sentindo o vento esvoaçar meus cabelos negros.
O sorriso era tão grande que chegava a doer as minhas bochechas. Adentrei no carro e ainda dirigindo liguei para Jr contando sobre a grande notícia.

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