Felinos

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Pov, Wylona Hayashi

   A madrugada passava lenta a procura do endereço correto para que eu pudesse me enfiltrar na gangue inimiga. Daria minha cara a tapa, neste instante. Tudo teria que ser bem planejado e não poderia haver erros, ou tudo escorregaria ralo à baixo.
   Três da matina, eu caminhava pelas ruas de Seoul em passos acelerados. O frio acariciava minha espinha causando-me espasmos por nervosismo enquanto o coração palpitava rapidamente.
   Em frente aquele barracão desconhecido, passei a adentrar. Em missão de paz, consegui adentrar, mas alguns integrantes da gangue me barraram quando estava prestes a adentrar em sua sala. Me fizeram perguntas quais eu teria que tirar paciência do fundo do peito para respondê-la. Finalmente permitiram minha entrada. Agora eu estava de frente com Sphynx.

— O que à traz aqui? — Questionou-me irônico ao debruçar-se sobre a sua mesa, entrelaçando seus dedos das mãos. A curiosidade acentuava-se em seu olhar.

— Quero que mate meu ex-namorado! — Forcei um sorriso no rosto ao retirar do bolso do meu sobretudo a foto de um dos integrantes de uma gangue qual metade já havia sido presa, os Escorpiões.

— Uau! Você tinha caso com o líder dos Escorpiões. — Revirei os olhos, afinal eu não devia satisfações.

— Você pode fazer o serviço? É o terceiro que eu procuro para realizar essa tarefa. Se aceita, qual seria o valor? — Cruzei os braços à espera de uma resposta. Ele então riu debochado ao ajeitar-se na cadeira escorando suas costas no encosto à encarar-me por longos segundos silenciosos. Talvez estivesse pensativo.

Arqueei a sobrancelha dando-lhe o sinal de fala, mas nada saiu de sua boca. — Em quinze dias eu consigo retirar para você duzentos mil dólares. Acha o suficiente ou necessita de mais? — Desta vez, fora eu quem debruçou sobre a mesa. Repousei as mãos sobre a madeira para encará-lo de perto. Meu olhar fixado ao seu o deixava intimidado. Ele não conseguia manter contato visual por muito tempo, causando um suave riso ao canto dos lábios.

— Com trezentos posso até pensar... — Sussurrou aproximando seu rosto do meu, onde deixou que sua respiração quente aquecesse minha pele. Sorri ironicamente por mais uma vez.

— Me dê vinte dias então. — Respondi no mesmo tom de voz que ele, um pouco provocante.

— Como quiser! — Alterou a voz ao se afastar e retomar sua postura anterior na cadeira. Eis então que subi gatinhando sobre sua mesa. Retirei do bolso do sobretudo um papelote de dinheiro, qual joguei sobre o colo dele.

— Uma entrada de cem mil dólares. Em vinte dias consigo o restante. Me aguarde retornar. — Ao término dessas palavras sentei à sua frente com as pernas aberta ao abrir o casaco pelos botões, revelando minha lingerie acompanhada de uma meia arrastão, no mesmo momento fazendo-o se arrepiar.

   Sua mão esquerda direcionou a minha perna, e dela tirou meu canivete apontando à minha face de forma que me perguntasse algo. Soltei uma gargalhada ao jogar os cabelos à minhas costas e balançá-los.

— Uma mulher que trabalha de stripper em uma boate não pode sair desprevinida. — Sorri ao canto dos lábios ao agarrá-lo pela gola de sua jaqueta e o puxar para mim, fazendo-o derrubar o canivete no chão.

— Tem toda razão, ainda mais uma mulher como você. — Seu olhar escorregou por todo meu corpo, visualizando as armas em minha cintura presa pela meia-calça.

— Passarei as informações que necessitará durante estas semanas que não retornarei. — Pisquei ao descer da mesa e ficar sobre o seu colo. Curvei-me para o chão e tomei o canivete em minha mão o colocando-o de volta em minha perna entre os rasgos da meia, logo levantando-me em seguida e direcionando-me calmamente até a porta.

— Você tem uma posição incrível. Deveria fazer parte da nossa gangue. — Deixou escapar o que eu queria ouvir. Então retornei à fitá-lo ao virar de costas para a porta e concordei assentindo.

— Se me der esta chance, eu aceito. — Soltei um beijo sobre ao ar, ao abrir a porta e me retirar do local.

   Não podia conter o sorriso malicioso que eu esboçava em meus lábios ao caminhar por dentro do barracão até aos portões de saída. Tudo estava saindo como planejado.

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