Um Infiltrado

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Pov, Wylona Hayashi.

   Ao parar em uma cafeteria assim que retornei ao centro de Seoul, não hesitei o telefonema ao líder das Tarântulas onde Jr. atendeu rapidamente.

• Telephone Line On •

Jr: Alô? Viúva-Negra?

Eu: Estou dentro dos felinos. Começou amanhã!

Jr: Uau! Você tem lábia. No mesmo dia.

Eu: Estou indo no barracão.

Jr: Estaremos esperando.

• Telephone Line Of •

   Pedi ao garçom um café, e assim que o tive em minhas mãos, o paguei retirando-me calmamente à beber um gole da bebida quente.
   Mais passos foram dados até o retorno aos Tarântulas. Estava quase amanhecendo, e sono estava consumindo-me aos poucos. Adentrei no barracão apenas mostrando minha tatuagem no ombro, seguindo caminho em frente à porta da sala do líder.

— Jr está? — Perguntei aos rapazes da gangue que assentiram com a cabeça. Sem delongas coloquei a mão na maçaneta, estavas prestes à abri-la quando Baekho segurou meu pulso ao franzir a testa e negar com a cabeça. — Qualé? Eu não andei tudo isso para você não me deixar entrar! — Eu gritei o mais forte que minhas cordas vocais permitiram.

— Temos cliente... — Aron sussurrou encarando-me.

— Foda-se! O que eu tenho para dizer é muito mais importante. — Tornei a gritar empurrando-os da porta para que eu pudesse adentrar naquela sala, quando alguém tocou o meu ombro cautelosamente.

— Venha comigo para outra sala. — Ele sussurrou, então virei-me rapidamente para fitar o rapaz, eis que este me causou um frio sobre a barriga. Engoli à seco em concordância acompanhando seus passos que me levavam em uma sala distinta.

   O mesmo adentrou e escorou-se em uma mesa no centro do local. Fechei a porta trancando-a com a chave que havia na fechadura. Parei em sua frente com os braços cruzados à espera de algum possível diálogo.

— Como sente-se com tudo isso? — Revirei os olhos entre suspiros.

— Confiante, acredito. Afinal está tudo saindo como planejamos. — Sorri maliciosa com tom de arrogância.

— Não, eu digo com relação à mim. — Não compreendia suas palavras, então apenas arqueei a sobrancelha para que ele desse continuidade ao ponto que queria chegar. — Por ser um homem, e você com um gosto peculiar.

— Eu? Gosto peculiar? — Eu cai nas gargalhadas no mesmo instante. — Você parece uma garota e eu tenho gosto peculiar? Por favor... — Revirei os olhos ao sentir que ele puxara-me pelo braço fazendo nossos corpos colarem.

— Desde quando se interessa por mulheres? — Continou suas perguntas invasivas, mas não tinha nada a esconder, então respondi asperamente.

— Desde o momento que percebi sentir atração pelas garotas do colégio, ao invés dos garotos que faziam de tudo por uma transa. — Pigarrei desviando meu olhar, ao tentar soltar-me de seus braços que agora circulavam minha cintura.

— Agora me responda. Como sente-se em saber que sou o primeiro homem que provocou seus desejos mais obscuros? — Suspirei com aquelas palavras. O tom de voz provocador quase em um sussurro ao me encarar nos olhos. Parecia acariciar minha alma.

— Cala a boca! — Eu gritei antes de empurrá-lo para cima da mesa, notando agora que a porta havia sido aberta por Jr, que apenas levantava as mãos entre risos.

— Juro que não vi nada... — Comentou debochando-se da situação em que o andrógino havia me colocado. Em passos acelerado, me retirei da sala à empurrar o lider que ainda estava na porta com o ombro.

— Vamos logo! Temos coisas importante para resolver! — Ordenava que me seguisse em direção à porta de sua sala, o que me fez notar o homem que agora estava prestes à sair do barracão. Encarei Baekho e então não hesitei em questionar. — Aquele homem que era o cliente? — Confirmou assentindo. — Investigue-o! Pode ser uma cilada dos felinos. Olhe a tatuagem nas costas da mão. — Eu sussurrava para o garoto com moicano loiro.

— Caralho, Yakuza. Você é foda mesmo! — No mesmo momento eu segurei em sua garganta com todas as minhas forças ao colocá-lo de costas contra a parede.

— Já disse para nunca mais me chamar de Yakuza, seu gangsters de merda! — Com a outra mão, retirava da coxa um canivete, estava pronta para arrancar sua língua enquanto ele ria debochado para mim.

— O que vai fazer, Yakuza? Arrancar meu dedo? — Levantou a mão mostrando seu seus dedos como provocação.

— Eu vou arrancar sua língua, seu filho da puta! — Estava pronta para introduzir aquele canivete em sua pele, quando Aron segurou meu pulso puxando-me para trás.

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