From Peace to Danger

DESTINY

Acordei deviam ser umas oito horas da manhã, desci até à cozinha e Amanda estava a preparar o pequeno-almoço.

-Bom dia menina . -disse pousando o sumo de laranja na bancada- Dormiu bem?

- Acha? Estive sempre a mexer-me de um lado para o outro, a ter pesadelos...- sentei-me no banco e servi um pouco de sumo no meu copo.

- Menina...preciso de desabafar com alguém.

- Eu sei Amanda, e eu quero muito que desabafe e que me conte tudo o que se passou nessa noite . -disse enquanto comia.

- Por tanto... estava eu a acabar de limpar a cozinha, para depois ir deitar-me quando ouvi barulhos no jardim, mas não liguei muito porque pensei que fosse o Derek - o jardineiro - Entretanto acabei a faxina toda e dirigi-me à sala para informar o seu Paizinho e Mackenzie que iria deitar-me. Deviam ser umas cinco da manhã quando ouvi a porta das traseiras que dá acesso à cozinha a bater,mas nem me levantei porque a menina Mackenzie nas últimas noites andava a deitar-se às seis da manhã visto que o horário dela passou para a tarde. Só me levantei quando ouvi gritos,  obviamente da menina... ouvi disparos quando estava quase a abrir a porta do meu quarto, mas entrei logo em choque e não movi nem mais um centímetro do meu corpo,  ai menina.. -Amanda passava as mãos pelo seu pescoço à procura de libertar um sufoco, e desatou a chorar- Ouvi mais 5 disparos e fez-se silêncio...não saí do meu quarto um único segundo pois estava cheia de medo que os homens maus ainda estivessem cá em casa... passado uns 20 minutos comecei a ouvir passos na cozinha e vozes a aproximarem-se da porta do meu quarto e aí...- Amanda desatou a chorar compulsivamente- aí eu achei que ia morrer também, mas em ato de desespero enfiei-me dentro do roupeiro, óbvio que caí em mim mal me fechei lá dentro que eles poderiam abrir a porta do roupeiro, uns minutos depois ouvi a porta do meu quarto a abrir e tive até que tapar a boca para não desatar a chorar desesperadamente, acabaram por não abrir a porta do roupeiro, mas tive tanto medo que ainda estivesse lá alguém,  que não saí do roupeiro, e só uma hora depois é que ganhei coragem para ligar para a Polícia, só saí de dentro do roupeiro quando as autoridades chegaram e aí tive de imediato um ataque de pânico... - Amanda estava em prantos, nunca vira Amanda daquele jeito.

- Sem dúvida uma experiência traumática Amanda, agradeço por me ter contado tudo. - levantei-me e abraçei-a fortemente - Vou oferecer-lhe um ano de viagem por os melhores locais da Europa , você merece...eu estarei a tratar disto tudo...porque agora sou a responsável deste Império todo...- fui para o escritório do meu pai tratar da viagem de Amanda.

Depois de ter passado a manhã a tratar do funeral, decidi ir almoçar ao Shopping.
Pedi uma salada de massas e fui sentar-me numa mesa, estava tão triste com isto tudo. Tinha que comprar um telemóvel , nunca tive um e agora daria muito jeito.

- Olha olha  ! - levantei a minha cabeça para encarar a pessoa.

- AI NÃO POSSO ! - um sorriso automatico formou-se no meu rosto- Começo a achar que me andas a seguir!  -desatamos a rir.

- Então...mas não devias estar no Colégio? - em segundos a minha expressão mudou e Bryan ficou preocupado- Que se passa Thay?

- Ahm... O meu pai faleceu... - começei a chorar.

- Posha...lamento muito Thay...- abraçou-me forte.

- Mas é que não é isso...a minha família foi assassinada, ou seja o meu pai e a minha irmã mais nova... Amanda a empregada foi a única que sobreviveu. - Bryan ficou muito sério, mas em momento algum voltou a pronunciar alguma coisa- Eu ia agora comprar um telemóvel para mim, nunca tive, mas agora preciso de ter...

- Ótimo eu faço companhia e assim fico logo com o teu número e não precisamos mais esperar que o destino nos volte a cruzar. - sorrio e fomos então até à loja.