Surto

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Um mês depois...

Já era dezembro, estávamos perto to Natal e algumas coisas não tinham mudado ainda. Como por exemplo, Alexa, continuava sumida para a polícia e para todos nós. Camila ligava para a delegacia toda semana, ás vezes mais de uma vez por semana, e fez isso desde que saímos de lá aquele dia sem resolver muita coisa, a grande surpresa é que mesmo com a ameaça da minha mulher e com os policiais nos convencendo, de que sim, estavam fazendo o possível por nós, eles não tinham encontrado a Ferrer. De certa forma, saber que ela está longe é reconfortante, mas pensar que a qualquer momento Alexa pode estar por aí aprontando mais uma conosco, isso sim é terrível, o bom que graças á polícia, o trabalho que ela teria até chegar a nós seria muito maior e isso me confortava um pouco, assim como á Camila. Agora? Estávamos deitadas no grande tapete preto felpudo do nosso quarto, Camila sob meus seios, enquanto assistíamos a um programa de TV, bem, não qualquer programa de TV pelo menos.

- Ainda fico me perguntando se sua mãe por acaso assiste esse tipo de coisa com o seu pai depois que, sabe, acaba os programas sobre receitas. – Camila disse encarando á TV, onde uma mulher conversava com a sexóloga sobre sexo oral, vários pênis de borracha, de tamanho e cores diferentes, enfeitavam a prateleira perto delas enquanto a doutora dava dicas importantes para a parceira enlouquecer o seu parceiro, antes estavam falando sobre orgasmo feminino e sexo oral em mulheres, e agora isso.

- Eu prefiro realmente esquecer que foi minha mãe que te recomendou esse canal. – Falei com uma careta, não gostando nada de pensar que Camila pudesse conversar com minha mãe sobre nossa vida sexual, não que ela fizesse isso, mas só de pensar... Argh! – Se lembra da primeira vez que fez em mim? – Perguntei vendo a sexóloga citar a importância do contato visual para excitar um homem. Camila levantou a cabeça, me encarando com aqueles olhos castanhos maravilhosos que só ela tinha, enquanto entortava a boca, parecendo pensativa. Estava linda, vestindo um moletom branco com a bandeira dos EUA na frente e calcinha enquanto eu estava apenas de regata branca e uma cueca da mesma cor. Tivemos a ideia de que seria mais confortável se ficássemos no chão assistindo a algo já que nenhuma de nós estava com sono e as crianças já haviam ido dormir faz tempo, então... Aqui estávamos.

- Foi estranho... – Ela disse com uma careta fofa, passei uma de suas mechas pra trás de sua orelha. Minha mulher conseguia ser incrivelmente fofa sem nem perceber.

- Foi lindo! – Comentei despreocupada vendo Camila abrir a boca, me olhando incrédula. – Ah, qual é, Camz? Você não tinha experiência e eu só te ajudei, ver você obedecendo cada comando meu foi... Interessante. – Deixei um sorriso sacana escapar por meus lábios.

- Para, Lauren! – Ela bateu em meu ombro, levemente corada. – Não foi nada lindo eu me engasgando com a sua... Bem... Você sabe com o que... – Tive que rir vendo-a ficar ainda mais vermelha. Tanto tempo juntas e minha mulher ainda ficava com vergonha de dizer que colocou meu pau em sua boca.

- Você ficou toda sujinha... – Não segurei a risada e Camila veio me bater novamente, mas fui mais rápida e segurei em seus braços com força, ela me olhou chocada e sorri antes de virá-la e ficar por cima, a prendendo. – Vai me dizer que não gosta da ideia de receber comandos, han?

- Eu não disse isso... – Falou atrevida me fazendo sorrir mais. – Então gosta de mandar, hm? É tipo... Um fetiche seu? – Perguntou me encarando divertida. Meu corpo assim tão perto do seu fazia com que me sentisse inteiramente quente.

- Quer saber um fetiche meu? – Perguntei entrando em seu joguinho e apertando meu corpo mais contra o seu, Camila mordeu os lábios. – Ter você amarrada naquela cama e vendada. Ah, adoraria te ver vendada... Completamente nua. – Deixei escapar pensando em quão bonita seria essa imagem e senti Camila se arrepiar embaixo de mim.

Unpredictable LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora