Cap 1 - O vilão misterioso

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Marinette estava frustrada, suas atividades como Ladybug estavam começando a atrapalhar suas notas na escola. Não só tinha que ficar inventando desculpas para suas faltas, mas as aulas perdidas estavam cobrando seu preço, principalmente Física, que estava ficando cada vez mais complicada.

_ Ai Tikki, esse dever de física está me matando. Como que o Adrien consegue ser tão bom nisso? - Marinette batia levemente a cabeça em sua escrivaninha.

_ Talvez você devesse pedir umas dicas para ele então. - provocou a pequena kwami.

_ Ha! Ha! Como se eu conseguisse falar com ele. - a ironia podia ser notada em sua voz, assim como uma ponta de tristeza, enquanto ela levantava a cabeça para olhar a kwami que tentava abafar o riso com suas mãos minúsculas.

_ Marinette! Corre aqui! - Sabine chamava do andar de baixo.

O tom urgente na voz de sua mãe fez Marinette se levantar rapidamente e descer as escadas correndo, quase caindo nos degraus. Recuperando o equilíbrio ela seguiu o olhar da mãe que olhava atentamente para a TV. Marinette sentiu seu coração faltar uma batida. Uma foto de Alya estava na tela com a chamada "Blogger desaparecida. Um novo vilão?". A voz de Nadja Chamack na TV prosseguia - "...o celular da jovem foi encontrado próximo ao Arco do Triunfo, com um último vídeo gravado há uma hora. No vídeo aparece apenas um braço de cor verde, supostamente um novo vilão, agarrando a jovem enquanto o celular caía no chão..."

Marinette ficou completamente perturbada e saiu correndo para a rua sem se importar com os protestos da mãe, procurando um lugar seguro para se transformar.

_ Tikki, estou muito preocupada com a Alya. Ela se arrisca demais.

_ Não vai ser difícil encontrá-la, Marinette, os vilões estão sempre atrás do seu miraculous. Ela vai ficar bem. Agora você precisa se transformar.

_ Você está certa. Tikki transformar!

Transformada, Ladybug sentiu sua confiança aumentar e se dirigiu para o local mencionado. Vários policiais cercavam o local, mas nenhum sinal da suposta pessoa akumatizada.

_ Sinto muito Ladybug. Não temos mais nenhuma informação, nenhuma testemunha. - Disse o oficial Rogers.

_ Tudo parece calmo demais. Nenhum sinal de destruição. Alguém reportou alguma movimentação estranha?

_ Não, meus homens estão nas ruas, mas nada estranho. O vídeo no celular é a única pista e só foi descoberto por que era uma transmissão ao vivo.

Ladybug levou às mãos à cabeça em desespero. 'Isso não pode estar acontecendo' ela pensou.

_ Alguma novidade, My Lady! - Cat Noir pousou ao lado dela e notou a aparência abalada de Ladybug - Você está bem?

_ Quantas vezes eu falei para ela ficar longe dos ataques! - Ladybug tentou ao máximo se recompor, não podia se desesperar. - Não há sinal dela, nem de vilão, se for um vilão.

_ Está tudo muito estranho. Akumatizados fazem tudo para chamar nossa atenção. Está tudo calmo demais.

_ Foi exatamente o que pensei. Mas precisamos encontrar pistas. O vídeo não é de muita ajuda. Vamos pelos telhados. A polícia vai cobrir as ruas.

Chat Noir concordou com a cabeça e a seguiu para cima dos telhados. Nunca havia visto Ladybug tão abalada. Talvez o fato de Alya administrar o Ladyblog a tenha tornado especial para ela.

De sua parte ele tinha que admitir que ver alguém tão próximo em uma ação tão misteriosa também havia mexido com ele. Alya era uma das poucas pessoas que ele podia considerar amigas. Precisava encontrá-la. Ele pensou em Nino, devia estar desesperado. E Marinette... só esperava que ela não tentasse procurar a amiga por conta própria. Coragem ela tinha de sobra, não seria a primeira vez que ela tentaria enfrentar um vilão, mas dessa vez ele não poderia garantir a segurança dela. Ele balançou a cabeça para clarear a mente. Tinha que se concentrar.

Os dois se moveram pelos telhados procurando qualquer coisa fora do normal, mas tudo parecia em ordem. Meia hora depois, quando a frustração ameaçava tomar conta, Cat Noir ouviu um grito abafado vindo do norte. Ele parou de repente e Ladybug parou também, atenta a qualquer movimentação da parte dele, pois estava ciente de que seu parceiro era mais hábil para encontrar pistas do que ela.

_ Ouvi um grito por ali. - Os dois rumaram naquela direção e outro grito foi ouvido, agora também por Ladybug - Parece vir daquele local.

Ele apontou para uma construção aparentemente abandonada. A fachada levemente desgastada. Eles chegaram perto. Era uma loja com placa de aluguel. Ao lado, apenas um galpão fechado. Cat Noir levou a mão à maçaneta da porta que, surpreendentemente, estava aberta. Ambos sentiam que era uma armadilha, mas tinham que continuar. A sensação aumentou quando a porta fechou-se com clique assim que os dois heróis estavam dentro. Eles entreolharam-se antes de voltarem-se para dentro do cômodo.

Não era grande e não estava completamente escuro. Estava totalmente vazio, com exceção de uma espécie de jaula no canto onde Alya estava sentada em uma cadeira fora de alcance com as mãos amarradas às costas e a boca coberta por uma fita adesiva. O coração de Ladybug se contorceu ao ver a amiga naquele estado, felizmente ela não parecia ferida. Alya aparentava calma e seu olhar se iluminou ao ver os dois heróis se aproximarem, demonstrando certa felicidade.

_ Cat, as barras. - Ela disse um pouco relutante. Talvez fosse cedo demais para ele usar o cataclismo, teriam poucos minutos, mas precisava de Alya livre para poder sair dali e, talvez ela pudesse dar alguma informação quando pudesse falar.

_ Claro My Lady. - ele levantou a mão direita e exclamou - Cataclismo! - mas nada aconteceu, ele tentou novamente - Cataclismo! - nada.

_ O que houve Cat Noir? - a preocupação estampada na voz de Ladybug ao ver a expressão complemente horrorizada de seu companheiro.

_ Não sei. Isso nunca aconteceu. Não parece ter nada de errado com meu anel, mas não está funcionando.

Ladybug franziu o cenho. Algo estava muito errado. Ela respirou fundo antes de olhar para Alya.

_ Não se preocupe Alya, vamos tirar você daqui - ela falou com uma convicção que estava longe de sentir, Alya assentiu com a cabeça - Talismã! - nada.


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