Cap 2 - E o jogo começa

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Ladybug e Cat Noir se entreolharam em pânico. Seus poderes nunca haviam falhado antes. Nenhum dos dois se atreveu a olhar na direção de Alya. De repente uma voz ecoa no ambiente.

_ Seus poderes não funcionam aqui. – disse uma voz um tanto robótica, mas definitivamente de um homem.

_ Quem é você? – perguntou Ladybug – Apareça!

_ Eu sou o Guardião da Verdade. Eu sei tudo sobre vocês, incluindo suas identidades.

Os dois heróis se arrepiaram. Um vilão que sabia suas identidades? Cat Noir sentiu um misto de medo e ansiedade. Não havia nada que ele quisesse mais do que saber a identidade de Ladybug. No último ano seus pensamentos foram permeados por suposições, suas buscas no Ladyblog por qualquer pista que levasse à sua amada beiravam a vício. Mas qual seria o preço por tal informação? O que uma pessoa que já sabia suas identidades poderia querer?

_ O que você quer? – exigiu Cat Noir.

_ Somente que vocês digam a verdade.

_ Como assim a verdade? – Ladybug questionou – Se você sabe tudo sobre nós, que verdade você ainda pode querer?

_ Eu sei tudo, mas vocês... não. – uma risada ecoou no ambiente, mas não era uma risada maligna como era de se esperar. As coisas estavam cada vez mais estranhas.

Os dois se entreolharam novamente. Ladybug sentiu seu coração acelerar ainda mais. Ele iria revelar suas identidades. Seu estômago se contorceu ao pensar em Alya descobrindo que quem ela tanto buscava estava tão próxima. O que ela pensaria? Ela perdoaria Marinette por ter mentido por tanto tempo? Já Cat Noir não pode evitar uma ponta de felicidade em pensar em descobrir quem era a garota por trás da máscara, mas Alya estava ali, não podia arriscar.

_ O que você quer saber? – Cat Noir insistiu.

_ Vou fazer perguntas. Cada pergunta respondida com a verdade libera um dígito do código da jaula da jovem ali. Se vocês falharem, ela morre e seus miraculous serão meus.

_ Você está blefando – disse Ladybug duvidando do vilão que ela nem podia ver.

_ Você vai pagar para ver? – provocou a voz que vinha de todos os lados. – Dou dez minutos para vocês tentarem sair.

A determinação tomou conta dos jovens heróis. Tentaram tudo o que podiam, mas não havia saída além da pesada porta da entrada que estava trancada, não havia janelas, apenas pequenas aberturas na parte superior para ventilação. Suas armas eram inúteis, seus poderes não funcionavam. Nem mesmo podiam alcançar Alya para desamarrá-la. Ladybug tentou usar o ioiô para arrastar a cadeira, mas ela estava presa ao chão. Só havia uma coisa a ser feita:

_ Alya, nós vamos tirar você daqui. Eu prometo – Ladybug assegurou à amiga.

Cat Noir colocou os braços ao redor dos ombros da parceira e colocou-a de costas para Alya.

_ Ela parece menos preocupada que a gente. – falou baixo para a repórter não ouvir.

_ Ela deve estar em choque ou confia muito em nós. Não podemos decepcioná-la.

_ E então, nós vamos entrar no jogo dele? – ele perguntou já sabendo que a decisão seria dela.

_ Você tem outra opção? – Cat Noir balançou a cabeça e ela soltou um suspiro resignado.

_ Quais são as condições? – Cat Noir perguntou sem saber direito para onde olhar, até que notou uma pequena câmera quase invisível próxima ao teto.

Guardião da verdade - Miraculous LBOnde histórias criam vida. Descubra agora