John observava o carro se distanciando da igreja, o sol já estava no centro do céu, queimando sua pele. As nuvens estavam longe dele hoje, Watson amava o verão e o seu calor.
Seu desejo era ficar ali o dia inteiro, sentado nas escadas e olhando para o sol, longe de seus pais e de toda aquela multidão.
Sherlock tinha sido uma surpresa para si, sentia que ele era diferente, apenas pela maneira que ele tocava, que o olhava e não poderia negar que a ele era lindo.
Lindo e inocente, essas palavras descreviam o moreno. Apesar dos olhos misteriosos, John tinha consciência de sua pureza.
Os seus olhos lhe diziam que ele estava preso, talvez por causa do lugar, ou da família.
Mas John sabia que queria ele.
Marcar aquela pele branca, ensiná-lo sobre algumas coisas, acariciar aqueles cachos que devem ser macios.
O desejo de sua parte era inevitável e perceptível. Ele nunca soube mascarar sentimentos, sempre foi honesto sobre eles.
E investiria em Holmes.
Faria ele tocar uma música feliz com John.
Os olhos de Watson estavam fechados, sentindo o vento em sua face. Até que uma pequena mão encostou em seu ombro.
– Já estamos indo, Joh.
Sua Harriet. Pegou a menina pelas pernas e a abraçou, fazendo cócegas na mais nova. Amava a pequena mais que sua própria vida, na verdade, Harry não era mais tão pequena. No auge de seus dezesseis anos, mas continuava tão pequena como o seu irmão.
Eles tinham uma relação sólida e saudável, até as brigas eram divertidas, sempre foi assim. Mesmo com o mais velho desaparecendo sempre que podia.
Harry gargalhava no colo do irmão, as pessoas que passavam por ali, olhavam surpresas, nunca imaginariam John Watson sendo carinhoso com alguém.
– Amo quando fala meu nome, coelhinha.
A irmã mostrou os dentes parecidos com de coelho e sorriu, subindo nas costas do mais velho. Rumaram até o carro. Esse foi, sem dúvidas, o melhor momento de seu dia.
Junto com o encontro inesperado com Sherlock, claro.
Foi para o canto do carro, para observar a paisagem.
Demoraram um pouco para chegar na cidade em si, perto de sua casa, seus olhos capturaram algo ilustre.
Um grande corpo sentado de pernas cruzadas na calçada, tomando um sorvete de morango.
Seis casas depois, chegaram na sua. Mal o carro estacionou e o loiro correu para a casa amarela.
Recuperou a respiração e sentou-se ao lado do outro.
– Sherlly! Esse chão está sujo, meu bem.
A voz de uma mulher, provavelmente mãe de Sherlock, surgiu no local, assim que John chegou.
– Estou bem, mãe.
O moreno resmungou, revirando os olhos.
Continuou com sua atenção no sorvete, ignorando John.
–Você é um tanto doce, Sherlly.
E limpou um resquício de sorvete de morango que estava na ponta de seu nariz.
Adorável, John diria.
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the pretty demon - johnlock
Fiksi Penggemar"eu o conheci na igreja, mas ele poderia ser o demônio. " quando john é obrigado a participar da igreja, já que sua família é religiosa. em um domingo, ele senta ao lado de sherlock