Passaram-se dois domingos, e a vontade insana de Sherlock fugir só aumentava, criava planos, pensava no lugar que iria, em ser livre.
E já era domingo novamente, e Holmes estava lá, sentado na primeira fileira da Igreja, esperando ansiosamente John.
Não sabia se rezava, estava questionando se realmente acreditava em Deus, ou na Bíblia. Nos seus pecados, e mandamentos.
Certa vez, Sherlock perguntou se Watson ainda acreditava em forças maiores, e o loiro respondeu que não, um simples e cru, não. Como se não tivesse medo ou hesitação. E Holmes o admirou por aquilo, e a razão lutava contra a emoção dentro de si, era uma constante guerra de pensamentos no seu cérebro.
— Caralho, você está péssimo.
Sherlock, sem sequer perceber, estava rindo e deslizando no branco para ficar perto de John.
— Isso foi fofo, Sherlly.
— Não me chame assim. E eu não dormi, nunca durmo, fiquei pensando em como fugir.
— Sherlly, eu tenho uma moto, meu tio me deu, só falta o lugar.
— Não importa o lugar, só quero ficar com você.
— Você é tão adorável.
Holmes corou violentamente, virando a cabeça para o lado, tentando esconder a vermelhidão presente em suas bochechas.
— Vamos para à sala de música?
Watson chamou, querendo ficar sozinho com o moreno.
Aquela sala de música era quase um santuário, ela via e escutava tantas coisas, presenciava pequenos toques e risadas baixas. Presenciava o amor e a música.
Dessa vez, não tocaram. Só sentaram na mesa no meio da sala, próximos e de mãos dadas, trocando carinhos. John tinha a cabeça no ombro de Sherlock, que cantarolava baixo.
Eram por mais momentos como aquele que planejavam fugir. Por andarem de mãos dadas, por beijos estalados, por algo.
Poderia não dar certo, poderia não nascer um amor daquilo. Mas iriam tentar.
— Qual é o seu maior sonho, Sherl?
Holmes não precisava pensar muito, além de sair dali, tinha poucos sonhos.
— Viver do que sou bom. Assistir um musical. Fumar.
— Vamos realizá-los, sabia?
Watson, secretamente, adicionou os sonhos de Sherlock aos seus. Já tinha feito todos, várias vezes. O seu sonho era realizar os do moreno.
— Olhe pra mim, Watson.
Sherlock pegou no queixo de John, levantando a cabeça do mesmo. Olhando nos olhos azuis esverdeados do menor, poderia se perder lá dentro. Na incrível galáxia chamada de Watson.
Encostou seus lábios nos de John, não querendo aprofundar o beijo. Acariciou sua bochecha e permaneceu lá. Ambos ainda de olhos abertos, imaginando se teriam mais momentos como aqueles.
Lábios de mel, Sherlock diria.
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the pretty demon - johnlock
Fiksi Penggemar"eu o conheci na igreja, mas ele poderia ser o demônio. " quando john é obrigado a participar da igreja, já que sua família é religiosa. em um domingo, ele senta ao lado de sherlock