Capitulo 10

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Yago olhou para Brook e para mim, respectivamente, suspirando dramáticamente.

- Eu ajudo - ele falou, aproximando-se.

- Não, não, deixa que eu ajudo - contrariou Robyn, pondo-se na frente do amigo.

- Pode deixar que eu ajudo, Robyn - Yago empurrou Robyn, fazendo com que ele saísse da frente.

- Você não tem força nos braços, deixa que eu ajudo.

- Você é praticamente um franguinho, eu vou ajudar.

A partir dalí, eles começaram uma briga, um empurrando o outro, apenas para saber que ajudaria a levar a Brook.

- Rick, aqui - chamei, cansado de observar aqueles dois.

Rick me ajudou a levar Brook até o hospital e nós ficamos lá por um bom tempo.

- Nicolas, ela está bem, está viva, vamos embora - pediu Lúh, bufando.

- Eu não vou sair daqui até resolver isso que vocês duas têm - resmunguei.

- Não vamos sair nunca daqui - ela murmurou enquanto se sentava ao meu lado.

Olhei para o canto da sala de espera, Yago e Robyn continuavam discutindo, mesmo que baixinho. No outro canto Rick tentava falar com Estela pelo telefone, mas, ao que parecia, ela estava ignorando-o. No outro canto estavam a mãe e o pai de Brook com expressões preocupadas.

Reparei que, certas vezes, eles olhavam para Lúh com reprovação e raiva.

- Luíza Trevor Drummont de Andrade - uma voz raivosa ecoou pela sala. Elisa andava até Luíza, batendo seus saltos tão forte.

- Ai, caramba, me ferrei - resmungou Luíza.

- A senhora não quis dizer Dumm...

- Não - Elisa interrompeu a mãe de Brook - Não, eu quis dizer Drummount, não é como se tivessemos o sobrenome do cara que inventou o avião - ela resmungou.

Luíza deslizou no banco, vendo Elisa passar por todos.

- Em que você estava pensando quando decidiu que queria quebrar o braço daquela garota?- ela disse entredentes.

- Foi ela quem me provocou - justificou Lúh - Foi ela quem deu o primeiro tapa.

Eu não acredito que a Brook tenha feito isso simplesmente por fazer. Ela não parece ser o tipo de pessoa que apela pra violência.

- Parentes e amigos da paciente Brooklyn Place?- anunciou o doutor.

Todos rapidamente se levantaram.

- Yes, Yes, here, Doctor - disse a mãe de Brook, levantando-se.

- Hm, Americanos?- perguntou o doutor.

Os pais de Brook assentiram e sorriram levemente. Okay, já sei que eles não são daqui.

- Bem, ela já está bem melhor, apenas quebrou o braço esquerdo e deslocou o osso da perna direita, mas isso já resolvemos - o doutor disse.

- E a gente pode ir lá ver ela?- perguntaram Yago e Robyn ao mesmo tempo.

- Primeiro, acho que os pais dela gostariam de falar com ela, à sós - ele respondeu.

Os pais de Brook assentiram e acompanharam o médico. Sentamos novamente, todos suspirando.

- Não pense que pode se livrar dessa com esse tipo de argumento, mocinha, você está realmente ferrada, entendeu - disparou Elisa.

Uau. Foi pouco, mas Elisa nunca proferiu palavras com uma expressão tão raivosa e com tanta fúria. Agora fiquei com prna da Lúh.

- Mas, tia...

- Sem mas, Luíza - ela repreendeu.

Um homem moreno apareceu na entrada do corredor chamando Elisa. Eu já o havia visto antes, e ele e Elisa pareciam ser bem próximos.

- Já vou, Tristan. Não pense que escapou - ela avisou antes de ir até o homem e desaparecer no corredor.

- Eu acho que você está encrencada - resmunguei.

- Ah, você acha, cabeça de jegue?- questionou sarcasticamente minha queridíssima namorada.

Garota Mistério - 3· Temporada -Onde histórias criam vida. Descubra agora