Yago olhou para Brook e para mim, respectivamente, suspirando dramáticamente.
- Eu ajudo - ele falou, aproximando-se.
- Não, não, deixa que eu ajudo - contrariou Robyn, pondo-se na frente do amigo.
- Pode deixar que eu ajudo, Robyn - Yago empurrou Robyn, fazendo com que ele saísse da frente.
- Você não tem força nos braços, deixa que eu ajudo.
- Você é praticamente um franguinho, eu vou ajudar.
A partir dalí, eles começaram uma briga, um empurrando o outro, apenas para saber que ajudaria a levar a Brook.
- Rick, aqui - chamei, cansado de observar aqueles dois.
Rick me ajudou a levar Brook até o hospital e nós ficamos lá por um bom tempo.
- Nicolas, ela está bem, está viva, vamos embora - pediu Lúh, bufando.
- Eu não vou sair daqui até resolver isso que vocês duas têm - resmunguei.
- Não vamos sair nunca daqui - ela murmurou enquanto se sentava ao meu lado.
Olhei para o canto da sala de espera, Yago e Robyn continuavam discutindo, mesmo que baixinho. No outro canto Rick tentava falar com Estela pelo telefone, mas, ao que parecia, ela estava ignorando-o. No outro canto estavam a mãe e o pai de Brook com expressões preocupadas.
Reparei que, certas vezes, eles olhavam para Lúh com reprovação e raiva.
- Luíza Trevor Drummont de Andrade - uma voz raivosa ecoou pela sala. Elisa andava até Luíza, batendo seus saltos tão forte.
- Ai, caramba, me ferrei - resmungou Luíza.
- A senhora não quis dizer Dumm...
- Não - Elisa interrompeu a mãe de Brook - Não, eu quis dizer Drummount, não é como se tivessemos o sobrenome do cara que inventou o avião - ela resmungou.
Luíza deslizou no banco, vendo Elisa passar por todos.
- Em que você estava pensando quando decidiu que queria quebrar o braço daquela garota?- ela disse entredentes.
- Foi ela quem me provocou - justificou Lúh - Foi ela quem deu o primeiro tapa.
Eu não acredito que a Brook tenha feito isso simplesmente por fazer. Ela não parece ser o tipo de pessoa que apela pra violência.
- Parentes e amigos da paciente Brooklyn Place?- anunciou o doutor.
Todos rapidamente se levantaram.
- Yes, Yes, here, Doctor - disse a mãe de Brook, levantando-se.
- Hm, Americanos?- perguntou o doutor.
Os pais de Brook assentiram e sorriram levemente. Okay, já sei que eles não são daqui.
- Bem, ela já está bem melhor, apenas quebrou o braço esquerdo e deslocou o osso da perna direita, mas isso já resolvemos - o doutor disse.
- E a gente pode ir lá ver ela?- perguntaram Yago e Robyn ao mesmo tempo.
- Primeiro, acho que os pais dela gostariam de falar com ela, à sós - ele respondeu.
Os pais de Brook assentiram e acompanharam o médico. Sentamos novamente, todos suspirando.
- Não pense que pode se livrar dessa com esse tipo de argumento, mocinha, você está realmente ferrada, entendeu - disparou Elisa.
Uau. Foi pouco, mas Elisa nunca proferiu palavras com uma expressão tão raivosa e com tanta fúria. Agora fiquei com prna da Lúh.
- Mas, tia...
- Sem mas, Luíza - ela repreendeu.
Um homem moreno apareceu na entrada do corredor chamando Elisa. Eu já o havia visto antes, e ele e Elisa pareciam ser bem próximos.
- Já vou, Tristan. Não pense que escapou - ela avisou antes de ir até o homem e desaparecer no corredor.
- Eu acho que você está encrencada - resmunguei.
- Ah, você acha, cabeça de jegue?- questionou sarcasticamente minha queridíssima namorada.
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Garota Mistério - 3· Temporada -
Novela JuvenilLúh e Nick já passaram por segredos, apostas e uma Vagan, e isso prova que eles não se abalarão facilmente. Mas, e se, agora, a pessoa odiada quisesse algo maior. E se separar os dois fosse somente por diversão? Dessa vez uma antiga "amiga da famíl...