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Pego as chaves de volta e saio de casa, entro no carro e dou partida até a casa da minha mãe, assim que estaciono do outro lado da calçada, vejo a minha família no jardim curtindo o dia e fico mais aliviado, não tinha acontecido nada, eles apenas estavam felizes sem se preocupar com o telefone. Volto a ligar o carro e faço o caminho de volta para a casa, precisava descansar, minha cabeça estava a mil.

Angel Pov.

Essa casa era um tédio, não tinha nada para fazer, John ficava a maior parte do tempo escrevendo as suas músicas para os shows que ele fazia aqui no Brooklin e no Queens e eu sem dinheiro nenhum, minhas amigas estavam dormindo pois trabalham de noite, eu não tinha nada para fazer.

— Isso aqui tá um saco – Digo levantando do sofá e ele me olha.

— Você gostava tanto do Central Parque, porque não vai dar uma volta lá? – John sugere. Não era uma ma ideia, eu não tinha nada para fazer mesmo, que mal teria – Entro no quarto sem responder nada a ele e visto um vestido preto de alças e calça um chinelo da mesma cor.

— Eu já volto – Digo beijando a bochecha dele que sorri meigo.

— Tem show hoje, volta logo – Ele diz e eu assinto. Abro a porta e vejo que o tempo não estava dos melhores, mas pelo menos não estava com cara de que ia chover. Caminho calmamente até o parque e demoro em certa de meia hora para chegar até lá, era longe, dinheiro pro metro, bom, não tinha, o aluguel do John estava atrasado, ele usou metade daquele dinheiro para pagar e nós precisávamos de coisas decentes para comer então, não tinha sobrado muito e eu não sabia por mais quanto tempo iria ficar aqui, não dava pra gastar num um centavo atoa. Chego ao parque e não estudava nem cheio e nem vazio, eram quatro horas da tarde, não tinha porque as pessoas virem aqui, a não ser que estivessem com tédio, assim como eu. Mas quem estaria com tédio em plena Nova York. Sento em um dos bancos e fecho os olhos sentindo o vento dançar em meus cabelos e o canto dos pássaros acomodarem os meus ouvidos. Eu me sentia em paz naquele momento, sentia um bem estar enorme e era como se ninguém pudesse tirar aquilo de mim, eu me sentia leve, talvez eu estivesse muito tensa dentro daquela casa e aqui eu pude liberar tudo o que estava sentindo.

— Você está bem? – Ouço uma voz grossa perguntar e eu abro os olhos para ver quem era e me deparo com um homem que não passava dos quarenta anos de terno e barba por fazer com os cabelos batendo nos ombros me encarando com a expressão um tanto preocupada.

— Estou, eu to bem – Digo ajeitando a minha postura e ele assenti.

— Meu nome é Tyler – Ele estende a mão para mim e eu a seguro, o cumprimentando.

— O meu é Angel – Respondo desconfortável — O que está fazendo aqui? – Pergunto olhando para os lados e vejo tudo completamente vazio, o que me deixa com medo. Não havia ninguém ali, e para eu correr desse homem seria um trabalho difícil.

— Eu sai do trabalho agora e marquei com a minha noiva aqui, mas ela me deu um bolo – Ele diz e se senta ao meu lado.

— Falando nisso, já está na minha hora – Digo me levantando e ele agarra meu pulso, fazendo meu coração acelerar.

— Eu não vou machucar você, não precisa ter medo de mim, não tenho esse tipo de intensão com você – Ele diz e eu me sento de novo — Eu sou psicólogo e te vi em um estado de transe tão bonito que resolvi parar e falar com você. – Ele diz e eu me sinto mais segura perto dele.

— Era tão visível assim? – Pergunto e ele assenti. Um golpe de vento nos atinge fazendo minha pele se arrepiar e meu queixo bater, encolho minhas pernas perto do meu corpo e Tyler me encara.

— Não está com nenhuma blusa? Onde você mora? – Ele pergunta.

— Não, eu moro no Brooklin – Respondo em poucas palavras por causa do frio e ele tira o paletó que estava usando e se levanta esperando que eu fizesse o mesmo para que eu pudesse vestir sua blusa. — Tyler, eu sou casada e não quero fazer nada que eu me arrependa – Digo e ele continua na mesma posição e eu me levanto, cedendo à blusa dele, que por sinal, ficou enorme.

My Lovely Husband || Z.M Onde histórias criam vida. Descubra agora