REPOSTADO
PEDRO
Um mês atrás...
Abro os olhos e encontro uma luz clara vindo do teto. Tento levantar, mas algo está prendendo as minhas mãos.
— O que está acontecendo? — murmuro para mim mesmo, mas a minha garganta dói a cada palavra dita. Tento levantar mais uma vez, mas, realmente, tem algo me prendendo aqui. — Alguém está aí?
Tento gritar, mesmo que isso cause mais dor a minha garganta.
Escuto um som estranho vindo da sala, até que vejo uma mulher na minha frente.
— Já acordou?
— O que está acontecendo? — tento engolir a saliva, na esperança que isso alivie a dor.
— Espere um pouco, trarei água para você.
A mulher vai para o lado e volta com um copo d'água. Ela me ajuda a levantar um pouco a cabeça, depois eu bebo a água, que cai da minha boca, porque estou muito desesperado por ela.
Assim que termino de beber e entrego o copo, a mulher loira volta a olhar para mim.
— Por que estou preso?
— Por que você poderia cair da cama.
— Onde estou? — tento olhar para os lados.
— Sabe quem sou?
— Eu não sei de nada. — sou sincero na resposta, eu não lembro nada do que aconteceu. Eu só lembro de minutos atrás, quando eu apenas abri os olhos e vi a luz no teto.
Forço minha mente, forço minhas lembranças, nada acontece!
— Não lembra o acidente?
— Que acidente?
A mulher me dá um leve sorriso, depois arrasta uma cadeira, sentando ao meu lado.
— Aconteceu um grave acidente de carro e você estava envolvido nele. Estava ferido e trouxemos você para cá. Você ficou desacordado por três dias. Por isso te amarramos, tínhamos medo que isso acontecesse.
— O que poderia acontecer?
— Que você perdesse a memória e acabasse saindo daqui. — ela passa a mão pelo meu cabelo. — Sei lá, você poderia tentar fugir, por causa da confusão que estaria em sua mente. Acordar e não saber onde está, quem somos...
Fecho os olhos, tentando imaginar algo, lembrar de alguma cena, mas nada aparece.
— Isso é um hospital? — pergunto, fechando os olhos e abrindo-os novamente.
— Não. Aqui damos o melhor cuidado, com médicos particulares.
— E onde eles estão? Os médicos.
— Aqui mesmo. — aponta para ela mesma.
— Você é médica?
A mulher sorri para mim e, para a minha surpresa, ela dá um leve beijo na minha boca.
— Eu não pude conter minhas emoções. — ela enxuga o rosto, molhado de lágrimas e se afasta de mim. — Mas é duro te ver na cama, sem nem ao menos lembrar que... Que... — gagueja e soluça. — Que eu existo...
— Do que está falando?
— Somos casados, Pedro...
— Meu nome é Pedro?
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(COMPLETO NA AMAZON) Reencontrando o passado - Os mafiosos (Livro 4)
ChickLit⚠ É NECESSÁRIO LER OS LIVROS ANTERIORES ⚠ Quarto livro da série Os mafiosos Livro de Marco e Isabella Após receber a notícia da morte do marido, Isabella continua acreditando que Marco está vivo. Disposta a encontra-lo, ela foge da sua "proteção" e...