5

795 80 6
                                    

“Amber, acorda querida” a minha tia acorda-me.

Estava a ter um sonho muito estranho. Os meus sonhos são sempre demasiado estranhos. Estava a flutuar no mar. Era um mar completamente azul, um azul mesmo bonito e relaxante. Havia várias ilhas à minha volta, e em cada ilha estava uma pessoa que eu conhecia, pessoas próximas e importantes. Os meus pais, os meus tios, os meus melhores amigos. O Liam e a Daisy também estavam numa ilha. Foi tão estranho.

“Amber” a minha tia insiste. Esforço-me para abrir os olhos e afastar-me deste sonho.

“Bom dia tia” eu digo enquanto me sento na cama.

“Bom dia querida, desculpa estar a acordar-te, mas tens uma pessoa lá fora à tua espera” a minha tia diz. Uma pessoa? Não faço ideia quem seja. Será a minha mãe? Seria tão ótimo se fosse ela para me vir buscar. Apesar de ser uma ideia estúpida, espero mesmo que seja ela.

Saio da cama e corro para a sala, quero ver quem é o mais rápido possível, porque se for mesmo a minha mãe, significa regressar a casa, e é isso que eu mais quero.

“Liam?” digo surpreendida quando vejo o Liam sentado no sofá.

“Hey, bom dia!” ele diz com um sorriso na cara.

“O que é que estás aqui a fazer?” pergunto-lhe, se calhar com demasiada arrogância, uma arrogância que ele não merece, mas não era ele quem eu queria ver, ele não me vai levar para casa, ele não me vai tirar deste tédio.

“Vim-te buscar”

“Para?” não o compreendo, a sério que não.

“Não sei bem. Para ir por aí, para te ensinar a aproveitar a vida”

“Eu não vou” eu simplesmente digo, e começo a dirigir-me para o quarto. Se ele próprio diz que eu sou uma treta, porque é que ele insiste nisto, porque é que ele está a perder tempo da sua vida comigo?

“Amber, vens sim.”

“Esquece Liam, não vou. Deixa-me em paz!”

“A Daisy está lá fora à nossa espera” ele diz. Ele sabe que fico mais convencida a ir se estiver com a Daisy.

“Eu vou lá fora vê-la, mas não vou contigo a lado nenhum.”

“Amber, vai vestir uma roupa se faz favor. Eu não vou sair daqui enquanto não vieres comigo. E também não te deixo ver a Daisy” ele diz.

“Isso não é justo! És um idiota Liam!” eu grito para ele.

“Eu sei que sim” ele diz enquanto eu me dirijo para o quarto. Ainda não sei bem para quê, não sei se me devo mesmo vestir e ir com ele, ou se devo simplesmente ficar aqui à espera que ele desista.

De repente sinto uns barulhos vindos de fora, alguém a bater na janela do meu quarto. Abro os estores e está lá a Daisy, que ladra quando me vê.

“Estás do lado dele, não é Daisy?” eu digo, sabendo que ela também quer que eu vá.

Decido então ceder. Visto uma roupa e vou até à sala. O Liam já não está lá. Será que ele sempre desistiu de me levar sabe-se lá onde?

“Hey, finalmente” ele diz de repente, assustando-me.

“Eu só vou porque a Daisy me pediu” eu digo, sem saber se isto faz realmente sentido.

“A Daisy pediu? Não sabia que ela falava” ele goza.

“Liam, eu ainda estou a tempo de me arrepender.”

15 days (Liam Payne)Onde histórias criam vida. Descubra agora