Capítulo 01 - The Stranger

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KAI POV.

Me levantei pela manhã, mesmo sabendo que eu estava desempregado. Vesti minhas roupas e sai para dar uma caminhada pelas ruas geladas. Sai vendo a neblina cobrir toda a cidade, olhei para a casa da frente e vi novamente o homem estranho. Era um homem alto, mas não muito, para falar a verdade penso que ele tinha meu tamanho. Os olhos eram escuros e a pele branca, ele estava sempre com a mesma cara misteriosa, parecia que algo ele escondia dentro da jaqueta de frio. Desci as escadas de casa e sai. 

Comecei a caminhar pela rua completamente vazia, só eu e provavelmente aquele homem estranho. Virei para trás e não vi mais o rapaz. — ele deve ter voltado por conta do frio! — Pensei comigo mesmo. Logo voltei a olhar para frente e lá estava ele. Pulei de susto colocando a mão no coração vendo ele andando em minha frente 

— Santa Hyuna, como esse homem passou de mim sem eu reparar? — comecei novamente a caminhar, lentamente, nós mesmos passos dele, ele andava calmo, e o vento batia nos seus cabelos sem que os mesmos bagunçassem. Aquela cara... Tinha um ar estranho, tinha algum mistério bem escondido dentro de si. Virei a rua dando de cara com Chanyeol. 

 — AH! — Gritei novamente colocando uma das mãos no coração — Porra Chanyeol! — Falei 

 — Viu uma assombração Kai? — Ele perguntou engraçado 

— Não, mais eu sempre me assusto quando olho para o novo vizinho! — Me recompus e voltei a caminhar ao lado de Chanyeol. 

— Aquele das roupas engraçadas? — Chanyeol pergunta— As roupas são normais, o que me assusta e o rosto dele. — Expliquei 

— Credo... Ele tem a cara deformada? — Chanyeol pergunta e eu viro os olhos. 

— Não, ah! Você não vai entender! — Explico e logo vejo a assombração na outra calçada — AQUELE, É ELE! — Bato em Chanyeol para que ele possa olhar 

— Credo, realmente ele causa calafrios — Chanyeol passa as mãos nos braços arrepiados — mas não pode negar que ele é muito bonito — assenti.

...

Voltei para casa com Chanyeol, já que ele se ofereceu para tomar café comigo. Abri a porta sentindo finalmente um ventinho quente soprar meu rosto. 

 — Nossa Kai, até parece que você é organizado assim! — Sorri 

 — Claro que sou, sempre fui a favor da organização! — Chanyeol gargalha 

 — Conta outra piada que essa já está ficando velha — levantei o dedo para ele, que sorriu — Vem, vamos tomar café. — Logo Chanyeol se levantou. — Xiumin disse que quer dar uma festa essa semana — Chanyeol falou pegando a jarra de suco 

 — Hum! — terminei de mastigar — as festas do Xiumin nunca acabam bem — Chanyeol gargalha  

— Verdade, Suho sempre termina bêbado, Chen xingando todo mundo, Lay na bad e o Xiumin tirando a roupa em cima da mesa! — Gargalhei 

 — E nosso querido Chanyeol correndo atrás das latinhas de cerveja dizendo que são hambúrgueres. — Chanyeol mostra a língua. Ficamos horas conversando, mas Chanyeol teve que ir porque diferente de mim ele trabalha. 

Me joguei no sofá depois de fechar a porta, cocei os olhos e bocejei. Logo minha campainha toca, abri os olhos pegando o celular, vendo que já eram 19h, sim, eu dormi a tarde todinha! Me levantei abrindo a porta. 

Meu corpo se arrepiou desde meu dedinho do pé até meus cabelos quando vi aquela aparição na minha porta. 

— Boa noite, meu nome é Sehun e sou o novo vizinho da frente. Sou novo aqui, não sei onde fica nada e vim perguntar se você tem um pouco de açúcar. — A voz era mais misteriosa que o rosto e todo o rosto. Agora as roupas eram claras e bonitas. 

— Claro, é, pode entrar. — o rapaz entrou e parou ali mesmo— Bela casa! — Ele falou e sorriu. Sorri de volta e ele me entregou o pote de açúcar. Fui até a cozinha pegando o açúcar do armário e logo colocando o mesmo em cima do balcão. Fui atrás de uma colher e logo encontrei. Abri a tampa e comecei a despejar as colheradas no outro recipiente. Fechei o pote e guardei, rapidamente peguei o pote do rapaz é voltei para sala, ele continuava no mesmo canto olhando os dedos.— Aí meu Deus, porque você não se sentou? Perdão pela minha indelicadeza — Falei desesperado. 

 — Não, não, não foi problema nenhum. Obrigado pelo açúcar, graças a você, vou poder tomar meu café — Ele sorriu largo. 

 — Não quer sentar? — Perguntei 

 — Não, preciso voltar, estou estudando, mas outro dia quem sabe, prazer — ele me estendeu a mão e eu apertei— De nada — ele saiu e fechei a porta e logo alguém voltou a bater. Abri novamente e o mesmo rapaz sorrindo.— Você não me disse seu nome — Sorri 

 — Kai, meu nome é Kai — Falei sorrindo 

 — Lindo nome, tchau. — Acenei e ele desceu as escadas atravessando a rua. Jesus, o que é esse homem?

...

  Abri os olhos e a claridade estava forte, olhei o relógio e eram 7h38. Penso que sou a primeira pessoa desempregada que acorda esses horários. Me levantei e fui até o banheiro, fiz minhas necessidades e higienes, e logo me vesti. Desci as escadas e quando fui abrir a porta dei de cara com o rapaz. Como de costume na minha vida, pulei de susto. 

— SANTO JESUS CRISTO... — Coloquei uma das mãos no coração (o que já era um ato diário) é o rapaz se desesperou 

— PERDÃO, PERDÃO, PERDÃO — Ele se ajoelhou e eu já estava bastante vermelho 

— Meu Deus levanta da aí... — puxei ele que subiu pedindo perdão — Não se preocupe, ando um pouco assustado! No que posso te ajudar — Sorri. 

— Vim te pedir uma informação, acordei um pouco atrasado e não sei onde fica minha faculdade. Estou completamente perdido. — Ele coçou a cabeça. 

— Ok, eu te levo lá. — Falei trancando minha porta 

— Sério? Não e necessário você mudar seu trajeto só para me levar. — Sorri 

 — Não, estou sem agenda, relaxe — Ele sorriu e começamos a caminhar. Olhando por um lado ele não era tão estranho assim. 

The Lucky OnesOnde histórias criam vida. Descubra agora