KAI POV.
Me levantei pela manhã, mesmo sabendo que eu estava desempregado. Vesti minhas roupas e sai para dar uma caminhada pelas ruas geladas. Sai vendo a neblina cobrir toda a cidade, olhei para a casa da frente e vi novamente o homem estranho. Era um homem alto, mas não muito, para falar a verdade penso que ele tinha meu tamanho. Os olhos eram escuros e a pele branca, ele estava sempre com a mesma cara misteriosa, parecia que algo ele escondia dentro da jaqueta de frio. Desci as escadas de casa e sai.
Comecei a caminhar pela rua completamente vazia, só eu e provavelmente aquele homem estranho. Virei para trás e não vi mais o rapaz. — ele deve ter voltado por conta do frio! — Pensei comigo mesmo. Logo voltei a olhar para frente e lá estava ele. Pulei de susto colocando a mão no coração vendo ele andando em minha frente
— Santa Hyuna, como esse homem passou de mim sem eu reparar? — comecei novamente a caminhar, lentamente, nós mesmos passos dele, ele andava calmo, e o vento batia nos seus cabelos sem que os mesmos bagunçassem. Aquela cara... Tinha um ar estranho, tinha algum mistério bem escondido dentro de si. Virei a rua dando de cara com Chanyeol.
— AH! — Gritei novamente colocando uma das mãos no coração — Porra Chanyeol! — Falei
— Viu uma assombração Kai? — Ele perguntou engraçado
— Não, mais eu sempre me assusto quando olho para o novo vizinho! — Me recompus e voltei a caminhar ao lado de Chanyeol.
— Aquele das roupas engraçadas? — Chanyeol pergunta— As roupas são normais, o que me assusta e o rosto dele. — Expliquei
— Credo... Ele tem a cara deformada? — Chanyeol pergunta e eu viro os olhos.
— Não, ah! Você não vai entender! — Explico e logo vejo a assombração na outra calçada — AQUELE, É ELE! — Bato em Chanyeol para que ele possa olhar
— Credo, realmente ele causa calafrios — Chanyeol passa as mãos nos braços arrepiados — mas não pode negar que ele é muito bonito — assenti.
...
Voltei para casa com Chanyeol, já que ele se ofereceu para tomar café comigo. Abri a porta sentindo finalmente um ventinho quente soprar meu rosto.
— Nossa Kai, até parece que você é organizado assim! — Sorri
— Claro que sou, sempre fui a favor da organização! — Chanyeol gargalha
— Conta outra piada que essa já está ficando velha — levantei o dedo para ele, que sorriu — Vem, vamos tomar café. — Logo Chanyeol se levantou. — Xiumin disse que quer dar uma festa essa semana — Chanyeol falou pegando a jarra de suco
— Hum! — terminei de mastigar — as festas do Xiumin nunca acabam bem — Chanyeol gargalha
— Verdade, Suho sempre termina bêbado, Chen xingando todo mundo, Lay na bad e o Xiumin tirando a roupa em cima da mesa! — Gargalhei
— E nosso querido Chanyeol correndo atrás das latinhas de cerveja dizendo que são hambúrgueres. — Chanyeol mostra a língua. Ficamos horas conversando, mas Chanyeol teve que ir porque diferente de mim ele trabalha.
Me joguei no sofá depois de fechar a porta, cocei os olhos e bocejei. Logo minha campainha toca, abri os olhos pegando o celular, vendo que já eram 19h, sim, eu dormi a tarde todinha! Me levantei abrindo a porta.
Meu corpo se arrepiou desde meu dedinho do pé até meus cabelos quando vi aquela aparição na minha porta.
— Boa noite, meu nome é Sehun e sou o novo vizinho da frente. Sou novo aqui, não sei onde fica nada e vim perguntar se você tem um pouco de açúcar. — A voz era mais misteriosa que o rosto e todo o rosto. Agora as roupas eram claras e bonitas.
— Claro, é, pode entrar. — o rapaz entrou e parou ali mesmo— Bela casa! — Ele falou e sorriu. Sorri de volta e ele me entregou o pote de açúcar. Fui até a cozinha pegando o açúcar do armário e logo colocando o mesmo em cima do balcão. Fui atrás de uma colher e logo encontrei. Abri a tampa e comecei a despejar as colheradas no outro recipiente. Fechei o pote e guardei, rapidamente peguei o pote do rapaz é voltei para sala, ele continuava no mesmo canto olhando os dedos.— Aí meu Deus, porque você não se sentou? Perdão pela minha indelicadeza — Falei desesperado.
— Não, não, não foi problema nenhum. Obrigado pelo açúcar, graças a você, vou poder tomar meu café — Ele sorriu largo.
— Não quer sentar? — Perguntei
— Não, preciso voltar, estou estudando, mas outro dia quem sabe, prazer — ele me estendeu a mão e eu apertei— De nada — ele saiu e fechei a porta e logo alguém voltou a bater. Abri novamente e o mesmo rapaz sorrindo.— Você não me disse seu nome — Sorri
— Kai, meu nome é Kai — Falei sorrindo
— Lindo nome, tchau. — Acenei e ele desceu as escadas atravessando a rua. Jesus, o que é esse homem?
...
Abri os olhos e a claridade estava forte, olhei o relógio e eram 7h38. Penso que sou a primeira pessoa desempregada que acorda esses horários. Me levantei e fui até o banheiro, fiz minhas necessidades e higienes, e logo me vesti. Desci as escadas e quando fui abrir a porta dei de cara com o rapaz. Como de costume na minha vida, pulei de susto.
— SANTO JESUS CRISTO... — Coloquei uma das mãos no coração (o que já era um ato diário) é o rapaz se desesperou
— PERDÃO, PERDÃO, PERDÃO — Ele se ajoelhou e eu já estava bastante vermelho
— Meu Deus levanta da aí... — puxei ele que subiu pedindo perdão — Não se preocupe, ando um pouco assustado! No que posso te ajudar — Sorri.
— Vim te pedir uma informação, acordei um pouco atrasado e não sei onde fica minha faculdade. Estou completamente perdido. — Ele coçou a cabeça.
— Ok, eu te levo lá. — Falei trancando minha porta
— Sério? Não e necessário você mudar seu trajeto só para me levar. — Sorri
— Não, estou sem agenda, relaxe — Ele sorriu e começamos a caminhar. Olhando por um lado ele não era tão estranho assim.
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The Lucky Ones
FanfictionO amor da minha vida tinha ido embora sem ao menos me dizer adeus, isso parece ser um pouco clichê, mas sofri todos anos quando ele esteve longe, ele nunca ligou, nunca me explicou o porque de ter sumido sem ao menos me dizer aonde ia é porque estav...