CAPITULO 02

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Nascer e crescer em uma cidade como Londres tem suas vantagens. É estar na capital de um dos países mais influentes no mundo e viver cercada de história e estilo arquitetônico clássico por todos os lados. É ter acesso às melhores escolas e faculdades do mundo, sem ter que ser um herdeiro de uma família abastada. Para quem nasce em Londres, o que importa é ser realmente capaz e se esforçar muito pelo que deseja. Viver em Londres, é também vivenciar muito, do melhor da música, da arte e da literatura.

Para a jovem de vinte e três anos, Diana Feber, essas e muitas outras atratividades, poderiam fazer com que ela, quisesse se manter na cidade até o fim de seus dias, curtindo tudo isso, se apaixonando ainda mais por seu país de origem.

Ledo engano. Diana é exatamente o tipo de mulher que não se importa exatamente com as atratividades do lugar que vive, ela quer estar, onde as corridas e os motores estiverem. A prioridade dessa inglesinha obstinada é estar onde as coisas relacionadas à sua verdadeira paixão acontecem, seja no país que for.

Única filha mulher, a caçula de quatro irmãos, é, juntamente com os três irmãos, totalmente fascinada por corridas, carros, motos e motores. O pai, Levy Feber, grande incentivador da paixão dos filhos, nunca duvidou da pequena menina, quando ela dizia que ao crescer, ia construir os melhores motores de carros do mundo. Mesmo convicto de que trata-se de uma profissão tipicamente masculina, ele jamais seria a pessoa que desencorajaria os sonhos de sua pequena, muito pelo contrário, o pai foi exatamente quem mais apoiou as decisões da filha.

Filha de um mecânico totalmente apaixonado por corridas e motores, e de uma dona de casa delicada e totalmente dedicada à família e ao lar, durante anos a mãe de Diana tentou, sem sucesso, incentivar a filha a participar de concursos de beleza, peças de teatro escolares e até apresentações de música, já que a jovem tem uma bela e encantadora voz. Nada deu certo. Diana gostava mesmo era de estar em meio aos carros e ferramentas na oficina mecânica do pai, ela nunca quis estar em outro lugar. Todo seu tempo livre era destinado a aprender o funcionamento de cada parte dos motores.

— Engenharia mecânica sim, assim como meus irmãos. Tenho potencial pai, e você sabe disso. — Foram as ultimas palavras da pequena, porém determinada jovem, ao completar dezoito anos e ser aceita em quatro, das melhores universidades de Londres. Um verdadeiro feito naquela família, nada e nem ninguém a faria desistir de seu sonho.

Hoje, cinco anos depois, Diana se forma com louvor pela Universidade King's College e seu ultimo ano acadêmico, está sendo marcado pelo investimento de uma grande indústria de motores automobilísticos em um projeto que a jovem vem desenvolvendo.

Durante a seletiva, cinco dos mais brilhantes alunos de engenharia da faculdade, disputavam a vaga pelo patrocínio a seus projetos, mas algo no projeto de Diana, despertou o interesse da fabricante e ela foi a escolhida para receber o apoio da empresa.

— Você está nos dizendo que a Rois Moteurs, patrocinou a pesquisa e o desenvolvimento de uma melhoria nos motores de corrida deles? — Harry Faber, o irmão mais velho de Diana, tem os imensos olhos arregalados sobre a irmã.

— Pronto, o almoço de comemoração da formatura não vai mais ter outro assunto se não carros e motores. — é a vez de Glória, mãe de Diana, dizer de forma bem desgostosa. — Já não é suficiente o tempo que vocês gastam falando sobre isso?

Juntos, todos foram à formatura de Diana e, logo após, partiram para um almoço em família em um dos restaurantes italianos mais famosos de Londres. O encontro de todos, em volta de uma mesa farta, tornou a comemoração ainda mais intima e especial.

Harry, o irmão mais velho foi acompanhado da esposa Janine e da pequena Lucy, sua filha de apenas três anos.

Carter, o segundo irmão estava presente com a noiva Valentine.

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