Lauren.
A música está alta, vejo adolescentes bebendo e rindo por todos os lados. Estamos num condomínio, casa de uma amiga da Lucy, acho que o nome dela é Ally, algo assim. Ao que tudo indica, o encontro entre ela e minha amiga mais cedo deu certo e elas combinaram de continuar saindo. A muito contragosto eu resolvi sair de casa com Veronica, já que os meus planos era ficar embaixo das cobertas assistindo séries. Relutei até o último instante pois já sabia que isso aqui estaria cheio de menores de idade, música eletrônica e gente vomitando. Sempre foram assim as festas de colegial, mas não houve escapatória, Veronica me pediu e disse que seria bom pra eu me divertir já que os últimos dias tinham sido um completo desastre.
Eu vim com o carro do Chris, que não hesitou em me emprestar, até me incentivou a sair e que ele não precisaria do carro pra nada. Busquei Lucy junto de Vero e a cena de nervoso foi a mesma de hoje mais cedo.
– Vem meninas, vou apresentar a dona da festa – Vives disse assim que entramos numa sala grande onde jovens estavam espalhados por todo o canto. Alguns estavam se pegando, outros jogando "eu nunca" e uma pequena parcela apenas conversavam.
– Hey baixinha – Vives cumprimenta com um abraço uma garota pequena de cabelos loiros – Essas aqui são as minhas convidadas. Lauren e Veronica, essa é a Ally, a dona da casa – A loira nos cumprimentou com um beijo no rosto seguido de um abraço simples.
– Então você é a Veronica? – lançou divertida pra minha amiga ao meu lado que ficou mais vermelha que tomate. – Lucy fala muito de você, muito bom te conhecer. Até que enfim criou coragem ein?! – zombou de Iglesias e eu ri da cara dela. Gostei dessa menina. – Fiquem à vontade meninas, com licença.
– Obrigada – agradecemos juntas e a baixinha sumiu da nossa frente.
– Bom casal, fiquem bem aí. Vou beber alguma coisa e depois a gente se encontra, tudo bem? – elas assentiram e eu caminhei até o que eu julguei ser um bar, que estava disposto nos fundos da casa perto de uma piscina.
– Por favor um uísque? – peço e o barman concorda, pegando uma garrafa e despejando o líquido da cor âmbar num copo – Obrigada.
Sento em um dos bancos disponíveis no deck da piscina analisando o ambiente. Dos fundos da casa dava pra ver o resto do condomínio pelo muro ser baixo. A casa era numa tonalidade marrom e alguns tons pastéis, aconchegante eu diria. Cara também.
Bebo meu uísque tranquilamente pensando em coisas aleatórias, quando meus olhos analisam um ser humano um tanto quanto contente demais na frente do bar.
Só pode ser piada.
Sigo lentamente até o balcão notando que minha bebida já acabou do copo e encosto ao lado dela.
– Moço, é claro que eu sou maior de idade. Me dá logo a bebida. – ela dizia olhando pro barman que negava com a cabeça. – Pode ser uma cerveja então? – ele continuava negando e ela bufou.
– Me vê um Martini por favor? – peço e ele prontamente pega a bebida despejando em uma taça. – Não sabia que convidavam pessoas mal educadas pra festas legais. – disparo em direção à garota ao meu lado.
– Oi? Desculpa, quem é você? – me lança com uma cara de poucos amigos, ela é bonitinha até.
– Eu? Eu não sou ninguém babe – pego meu drink em cima do balcão e peço uma cerveja e ele prontamente me dá a latinha, na qual eu estico pra ela.
– Obrigada, mas eu poderia fazer isso sozinha. – ela retruca pegando a lata da minha mão e despejando num copo. Qual a dificuldade de beber na lata meu Deus do céu? Adolescentes são estranhos. – Peraí, eu conheço você. É a mal educada de hoje de manhã, acertei?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sob o mesmo céu
Fiksi PenggemarQuando tudo estava perdido, Lauren encontra refúgio em uma menina simples e que era completamente apaixonada pela vida. A menina de lacinhos no cabelo conquista a jovem por completa e ela se vê feliz novamente. Mas a questão é, por quanto tempo?