oi beberes, como estão?
demorei mas voltei, estava sumida por motivos de: tempo e crise. Pensei q por ter pouca visualização era inferior do que outras fics, mas tamo aí porque eu amo escrever._____________________
Quando eu encontrar a Lucy, juro bater na cara dela até ela ficar roxa.
Desço do táxi e nem confiro quanto de troco ofereço ao simpático motorista que se apresentou como Chris, batendo à porta de seu carro em seguida e encarando o lugar em que eu me encontrava.
Era um galpão enorme, haviam várias pessoas correndo e bebendo compulsivamente pra todos os lados e por um minuto eu me esqueci o que fazia aqui. Lucy, lembrei.
Desvio do aglomerado de jovens rindo e conversando e um pouco mais à frente encontro variadas motos paradas. Travo ao perceber uma Lucy um tanto quanto sorridente demais, em cima de uma dessas motos e abraçando uma garota pelo pescoço. Marcho em sua direção, recebendo um olhar surpreso quando ela me nota.
— Mila, o que você tá fazendo aqui? — pergunta e vejo sua acompanhante virando em minha direção pra ver com quem ela falava.
— Seu pai me ligou e eu tentei falar com você, mas além do seu celular estar desligado você está um pouco ocupada, não é? — Tentei não soar tão brava, mas não deu muito certo.
— Aqui não tem sinal e eu já ia embora, juro Mila — diz preocupada se desvencilhando do aperto da menina a sua frente.
— Tanto faz. — dou de ombros — Já te avisei, agora eu vou embora. Aliás, seu pai mandou avisar que amanhã você que vai acompanhar um exame do seu irmão, então esteja cedo em casa.
Ela concorda com a cabeça e ao virar de costas, ouço um barulho de moto na minha frente, com uma pessoa na qual não identifico de primeira por conta do farol estar ligado bem no meio da minha cara.
— Olha só quem está aqui, se não é a patricinha de mais cedo — Não acredito, por Deus, é muita falta de sorte a minha. A garota em cima da moto não é nada mais do que a estúpida que me jogou na piscina há alguns dias atrás. Ela desliga o farol rindo.
— Estou de saída, com licença — respondo rolando os olhos e desviando da sua moto.
— Qual é Camilita, vamos comer uma pizza — A garota acompanhada de Lucy responde e eu me viro com um olhar um tanto quanto confuso pra ela.
— Duvido que você tenha comido algo parecido com uma pizza de verdade, garota — zombo de sua pergunta.
— Como é que é? — a garota em cima da moto me pergunta e pra não arrumar confusão, minto. — Disse que não gosto muito de pizza. — ela assente com um sorriso cínico no rosto.
— Tá afim de correr? Sobe na moto — ela inclina a cabeça para a parte de trás daquele monstro que ela chama de moto e eu dou uma risada sarcástica.
— Não subo mais numa dessa nem morta, minha filha. — Ela dá de ombros ligando a moto de novo e dando uma volta. Antes que eu pudesse reagir, ela puxa o lenço em que eu tenho no pescoço e acelera a moto indo pra longe. Filha da puta!
Um cara para do meu lado em cima de uma moto também e me faz a mesma pergunta. — Quer correr? Sobe aí. — Olho pra uma Lucy com um semblante preocupado e a garota que roubou meu lenço, há uns bons metros olhando pra onde estávamos com uma cara nada boa. Encaro o menino a minha frente, não pode ser tão ruim, pensei. Subo na garupa e Lucy bateu palmas gritando meu nome como se aquilo me encorajasse.
Se alguém me perguntar o porquê de eu ter feito aquilo, com certeza não saberia responder. Agarro ao homem a minha frente e quando me dou conta ele para ao lado de mais duas motos.
— EM SUAS POSIÇÕES MENINAS — Alguém com um megafone grita e eu consigo contar umas quatro motos a minha esquerda e mais duas a minha direita, sendo a primeira delas, a da garota que roubou meu lenço e agora o enrola em seu punho esquerdo.
Todas as garotas descem das motos e tiram da cintura cintos de couro. Olho pra baixo e pra minha sorte, ou nem tanta assim, estou usando um. Tiro do meu corpo e seguro na mão observando todas as outras meninas com cintos nas mãos girando eles no ar e comemorando.
— SUBAM NA MOTO E SE AMARREM, GAROTAS — o megafone soa mais alto que antes e eu vejo as garotas se sentando ao contrário nas motos e amarrando os cintos nelas e nos respectivos motoristas. A posição era completamente perigosa, mas mesmo assim faço o mesmo que elas. Sento de costas para o menino e passo na minha barriga o entregando para que ele faça o mesmo na dele.
— Se segura, princesa. — ele diz assim que termina de se amarrar.
— NO TRÊS VOCÊS ACELEREM OK? SE SEGUREM MENINAS! — a mesma voz de antes continua e começa uma contagem. — UM, DOIS, TRÊS!.
Antes mesmo dele começar a contar eu me tremia toda, me perguntando o porquê de eu estar fazendo aquela maluquice. Senti o impulso da moto pra frente e me segurei ao máximo num suporte na parte de trás. O garoto corria e os outros corredores faziam ultrapassagens perigosas e gritavam feito malucos. Não consegui me conter e gritei tudo que havia dentro dos meus pulmões.
— CUIDADO PELO AMOR DE DEUS! EU QUERO DESCER. — apertava mais o garoto que estava atrás de mim no caso, e ele acelerava como se estivesse amando aquilo.
— VAMOS ZAYN, CORRE MAIS! — a garota morena gritava em nossa direção e eu entendi que Zayn era o nome do garoto comigo.
— NÃO ME PROVOQUE LAUREN, VOCÊ NÃO SABE DO QUE SOU CAPAZ — gritava na mesma intensidade acelerando e fazendo movimentos perigosos.
Em um determinado momento ele empinou a moto me deixando a centímetros do chão, imaginando que o pior aconteceria e vi minha vida passando diante dos meus olhos.
— CUIDADO PORRA, MEU DEUS PARA ESSA MOTO. — eu gritava como se eu dependesse daquilo pra viver, e eu dependia aliás.
Nunca, em todos esses anos eu poderia se quer imaginar que eu estaria em cima de uma moto correndo com um desconhecido. Meus pais não se agradariam nada com isso, certeza. A cada movimento que o garoto, Zayn fazia, meu coração acelerava mais um pouco. Acho que ele e Lauren, que agora eu tenho a infelicidade de saber o nome se odeiam, porque os dois gritavam se provocando e rindo como se aquilo fosse o melhor filme cômico dos últimos tempos. Um barulho alto se faz presente, interrompendo os meus pensamentos. Uma moto logo atrás da nossa bate em um contêiner — PARA ESSA MOTO, PARA AGORA ESSA MOTO. — eu gritava para que o menino parasse já que ninguém o fez. — PARA A PORRA DA MOTO MOLEQUE.
Ele parou.
Eu tirei o cinto envolto entre eu e ele e corri até onde um garoto tentava levantar sua moto e a uma menina agonizava de dor. Zayn já havia acelerado e me deixado lá sozinha.
— AJUDA ELA PORRA, LEVANTA ELA. Você tá bem? — eu perguntei e ela não conseguia expressar nenhuma palavra, só chorava e gritava de dor. — AJUDA ELA CARALHO, ESQUECE A PORRA DESSA MOTO. — eu gritava e o menino parecia não me ouvir. Sirenes foram ouvidas e mais que depressa todos que estavam parados pra ver o que acontecia, dispersaram. Só restou eu e a menina que acabara de se machucar.
— Vamos, sobe na moto — Lauren aparece e estende a mão pra mim.
— Eu não vou a lugar nenhum, ela está machucada, DESCE E ME AJUDA CARALHO — eu dizia desesperada.
— A polícia está vindo, levanta logo e sobe nessa moto porra. — Observei a menina e a olhei como se pedisse perdão por deixá-la ali naquela situação. — A polícia vai ajudar ela, sobe logo.
A noite estava longa demais pra eu me envolver em mais confusão, então segurei a mão da menina ao meu lado e subi na moto.
— Cobre a placa, cobre a placa rápido. — Obedeci ela vendo alguns carros vindo atrás da gente e ela acelerou dispersando os policiais.
É Camila, parece que a noite vai ser longa mesmo.
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Sob o mesmo céu
FanfictionQuando tudo estava perdido, Lauren encontra refúgio em uma menina simples e que era completamente apaixonada pela vida. A menina de lacinhos no cabelo conquista a jovem por completa e ela se vê feliz novamente. Mas a questão é, por quanto tempo?