2 - Quer uma festa?

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Lauren.

– Eu já estou saindo Iglesias, meu Deus do céu. – falo pela quarta vez em que sou perguntada aonde eu estou.

A questão é que, eu estava dormindo tranquilamente depois de uma noite, digamos, agitada. Alexa saiu daqui cedo dizendo que tinha que ir a algum lugar com seu irmão, coisa que eu não fiz questão de ouvir e só me despedi a levando até a porta. O relógio marca onze e vinte e dois da manhã e há mais ou menos uns dez minutos, Veronica me ligou dizendo que precisa ir a um lugar mas não pode ir sozinha e eu tenho que ir junto.

– Eu tomei o banho mais rápido da minha vida, espero que seja por um bom motivo. – ela me responde rindo e me apressando mais ainda. – Me mande o endereço por mensagem, eu já estou saindo. Beijo.

Pego minha carteira, a chave e o capacete abrindo a porta enquanto espero a mensagem de Vero. Não sei por quê, mas to sentindo que isso é alguma furada.

Acelero pelos bairros movimentados de Miami até o local em que me foi indicado. Um colégio.

– Posso saber o que eu estou fazendo aqui? Que eu saiba, você terminou a escola junto comigo há três anos. – falo assim que eu desço da moto, encontrando minha amiga em frente a sua roendo as unhas. Deve ser mulher, no mínimo.

– Lembra da Lucy? – aceno em concordância.

– A prima de não sei quem, que é amiga de uma outra menina que você, sei lá. O que tem a ver Iglesias? O que eu tô fazendo aqui? – pergunto irritada.

– Eu chamei ela pra almoçar comigo, e ela aceitou – disse com um sorriso abestalhado no rosto e eu quis rir. É engraçado ver ela toda apaixonadinha.

– Tá, parabéns. Quer uma festa? – digo irônica e ela dá um soco no meu braço. – Ouch Veronica. Agora é sério, o que eu tenho a ver com isso?

– Lauren, você é minha melhor amiga. Eu estou prestes a ter uma síncope e você deveria me ajudar e não zoar com a minha cara.

– Relaxa aí menina, é só a Lucy. Nada de mais. – desdenhei da sua fala e ela me encarou.

– Nada de mais? Ela é a mulher da minha vida Lauren, como assim nada de mais? – responde incrédula me fulminando com os olhos.

– Ela sabe que você é toda idiota por ela? – ela nega – Então não é nada de mais. Quando você parar de ser frouxa, talvez as coisas melhorem pro seu lado. Afinal de contas, o que eu estou fazendo aqui?

– Ela estuda aqui Laur – Ah, agora começo a entender. – E combinei de passar aqui pra encontrar com ela, mas eu estava surtando e precisei que você viesse comigo. Já pensou, eu digo alguma coisa estúpida pra ela? – bem provável, pensei.

– E você vai me levar no encontro romântico de vocês também? – perguntei – É só você manter essa boquinha calada, que daí não estraga as coisas. – subo na minha moto a ligando e ela gira a chave desligando.

– Espera ela aqui comigo? Por favor. – pede com um beicinho. Zeus, eu não mereço isso. Rolo os meus olhos e sei que ela comemora internamente. – Faltam só cinco minutos, depois você está dispensada. Aliás, como foi a noite com a Alexa, huh? – pergunta balançando as sobrancelhas.

– Foi legal, nada de mais. – digo sem animação.

– Você só sabe dizer isso, agora? – ela olhava no relógio do punho e aquilo estava me agoniando. São por esses motivos e tantos outros que eu não namoro ninguém. Quando a gente se apaixona nos tornamos completos idiotas.

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