Desastrada Atração

Capitulo 11

Ele se foi, eu não sabia o que esperar daquilo. Tudo? Tudo o que? Se fosse outra pessoa desconfiaria que fosse meus órgãos para vender no mercado negro.
E amor? Claramente ele estava drogado.

Não consigo dormir, então passo a madrugada lendo um livro que me indicaram no watpadd. Desconfio que tenha sido a Laly que tenha escrevido de tanta pornografia que tem.
Quando paro pra ver as horas já são quase quatro horas da manhã. Definitivamente eu não vou pra aula hoje.
Acordo com minha mãe gritando comigo por não ter ido a aula.

- Isabella, você não pode faltar. Como você quer ser alguém na vida desse jeito? - Ela ama dar sermão.

- Já falou mãe, pelo amor de Deus. - Eu fico estressada quando me acordam.

- Já falei nada! - Ela começa a gritar, coloco o travesseiro em cima da cabeça para abafar o som.

Depois de 1 século gritando ela sai do meu quarto. Pego meu celular para ver as notificações, fico quase meia hora olhando o face e o whats. Já vai dar 12:00, eu sei que logo vai dar o horário do almoço, mas não deixo de tomar meu sagrado café da manhã. Lucas me mandou um mensagem mais cedo e outra agora, conversamos mais um pouco e então ele me convidou pra sair. Eu já tive muito encontros ruins, toda vez no final alguma coisa dá errada. Aceito reciosa, ele é uma ótima pessoa. Marcamos para ir em um bar aqui mesmo no meu bairro sexta feira.

Tomo um banho e me arrumo para ir ao estágio. Eu adoro estagiar, amo de paixão, mas eu não esperava a hora de voltar pra casa para poder dormir. Eu preciso de férias, urgentemente, falta só mais duas semanas para as férias de inverno.

Chego em casa por volta das 19 horas da noite. O carro do Léo está outra vez aqui, obviamente ele também.
- Boa noite pai, boa noite Leonardo. - Digo jogando minha bolsa no chão da sala de estar onde eles estão reunidos.

- Boa noite. - Meu pai diz sem tirar os olhos de alguma planilha que estava verificando.

- Boa noite. - O culpado da minha insônia diz me encarando com aqueles olhos magníficos e aquele sorriso de fazer qualquer uma pirar. - Estávamos falando de você. - Meu pai levanta a cabeça.

- Sim, é verdade, estamos definindo a sua função.

- E o que eu vou fazer? - Pergunto me sentando a mesa um pouco afastada deles.

Eles por um bom tempo explicam minhas funções, que seria basicamente controle de qualidade. Já era 22 horas quando meu pai se retirou para dormir, me deixando sozinha outra vez com o Léo.

- Precisamos dizer logo a verdade pra ele, na verdade você precisa. - Digo um pouco irritada.

- Por que eu? - Ele arquea a sobrancelhas esperando minha resposta. Seu gesto me irrita mais ainda.

- Deve ser por que foi você quem disse que a gente namorava. - Digo com um pouco de ignorância.

- Nossa estressadinha. Tá de tpm?

- Não é da sua conta. - Digo ainda mais brava.

- Não está mais aqui quem falou. - Ele levanta a mão como rendição.

- Desculpe, é que o mar vermelho está próximo a se abrir e eu fico  puro nervo, só das pessoas respirarem perto de mim.

- Eu posso te dar uns beijinhos pra você se acalmar. - Ela sai da cadeira dele, para se sentar ao lado da minha.

- Pra você me deixar na mão, como ontem? - Me arrependo de ter aberto a boca no momento que termino de falar. - Você não tem que ir pra casa? - necessito mudar de assunto.

- Então você ficou na mão ontem? - ele pega minha mão ignorando minha segunda pergunta. Ele se levanta e me puxa junto. Seu olhar é intenso, seus corpo está tenso, e seus músculos estão rígido debaixo da camisa cinza que vestia.