Capítulo 12

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Aquilo sem dúvidas, foi a coisa mais fofa e romântica que alguém já tinha feito por mim. Namorei com o Diego durante dois anos. E, nunca recebi algo apenas por receber. Era apenas em datas comemorativas e olhe lá. Nesse momento eu não consigo explicar a bagunça de sentimento que estáva meu coração e a minha cabeça.

Eu posso dizer convicta, que o Leonardo é diferente de qualquer cara que já passou pela minha vida. E isso me assusta, pra caramba. Eu já fui magoada tantas vezes. E cara, eu não sei se vou sobreviver a intensidade dele. Eu posso dizer que me apaixonei, mas não foi algo que eu possa dizer "nossa, estou tão apaixonada que seria capaz de arrancar um rim por ele". As minhas paixões não foram nessa intensidade. Pelo menos, não como descrevem nos livros. Eu cheguei a gostar do Pedro, mas não passou disso, o mais próximo ao amor dos livros que eu cheguei, foi pelo Diego. Eu ainda gosto dele, mas, não que eu não consigo respirar longe dele, ou que eu não posso me imaginar sem ele, eu sinto falta  da nossa amizade, dos momentos bons, e isso que me faz lembrar dele, apenas isso. E o que mais me doi, com certeza é a traição. Você confiar na pessoa, e ela te apunhalar pelas costas. Isso doi.

Mas entre mim e o Léo, está acontecendo algo que eu nunca senti, uma tensão sexual que não posso explicar. Eu poderia dizer, que a culpa é daquele corpo maravilhoso que ele tem, ou do seu olhar hipnotizante. Mas é mais que isso, e isso me deixa frustrada, ele caiu de paraquedas na minha vida, e se eu não fazer alguma coisa, eu tenho certeza que vou sair machucada, outra vez. E eu não quero pagar para ver.

Eu olho o urso enorme que está me encarando, confesso que me deu um pouco de medo, me levanto e volto para minha cama, me  jogando nela. Pego meu celular, tinha muitas mensagens de  muitos caras que tinha adicionado do Tinder. Mas em meio aquelas pessoas que eu adicionei para inflar meu ego, uma se sobrepõe, Lucas, de todos os caras que eu falei, ele foi oque me dei melhor, ele não falava de coisas quentes, ele era um amigo, brincávamos, compartilhamos músicas, ele me fazia bem. E então eu sabia que tinha que fazer uma escolha. O Léo certamente me levava ao céu, mas se tem uma coisa que eu aprendi com relacionamentos, é que, quanto mais alto você voa, e se aproxima das nuvens, pior é a queda para o inferno. E era esse sentimento que eu tinha com o Léo, ele me levava ao paraíso. Já o Lucas, mesmo sem ter visto pessoalmente, é como se eu conhecesse ele há anos. Ele me conforta de um jeito que eu não sei explicar, e ele mantém nos pés no chão. Vocês provavelmente devem estar me achando louca, mas quem nunca criou um laço com alguém, só de conversar?

A noite que passei com o Léo, foi sem dúvidas maravilhosa, mesmo cheia de perigos, com aquela sensação de ser pegos a qualquer momento. Foi bom, na verdade foi maravilho, puta que pariu. Foi tão bom que eu tenho medo de não esquecer. Eu não sei qual o jogo que ele está fazendo comigo, mas não vai dar certo. Sabe aquele sexto sentido que a gente tem? Não aquele de ver os mortos, Deus me livre. Mas aquela sentimento de "vai dar merda". É esse sentimento que eu tenho quando penso nele.

Meu celular toca, Laly me conta por ter faltado mais uma vez e ter abandonado naquele hospício. Palavras dela. Digo que perdi a hora.(Não é mentira). Conto pra ela tudo que aconteceu ontem a noite, e ela exige que conte tudo pra ela, mas mínimos detalhes, isso chega a ser até um pouco constrangedor, eu sempre fui mais fechada, mas é como se a Laly me cavasse, e tirasse a parte mais putiane que existe no meu ser. E ela merece um Prêmio Nobel da Putaria.

Não recebi mais nenhuma mensagem do Léo naquele dia, ele nem apareceu mais em casa, confesso que senti sua falta, mas tentei o tirar da minha cabeça o máximo que pude. O resto da semana foi assim, monótona e entediante, pelo menos até chegar sexta feira. Que por sinal, véspera de casamento da Joana e o Diego. Ou pelo menos, seria, se Joana não tivesse descoberto que a The monia, da filha dela não tivesse aprontado com ela.

- Você é uma vagabunda mesmo! - Eu me viro ao reconhecer aquela voz de fuinha com demência da Juliana.

- Quem você chamou de vagabunda? - Me levanto da minha carteira a encarando. Nesse momento toda a sala já estava prestando atenção na gente.

- Você é uma invejosa, mal amada e mal comida. Não conseguiu nem segurar um homem, que te trocou por uma mulher mais velha, e quer destruir a felicidade das pessoas. - Ela estava vermelha e cuspindo aquelas palavra pra mim.

Eu comecei a contar mentalmente.  Um...

- Além de vadia você é surda? - Ela gritava ainda mais alto.

Dois...

- Você não tem nem a decência de negar, não é sua puta? - Ela bate com as duas mãos na minha carreira.

TRÊSQUATROCINCO.

Quando eu me dei conta, já tinha ferido um murro bem no meio da cara dela.

- Você vai me pagar por isso. - Ela disse pegando em meu cabelo.

E era isso que eu queria, enquanto ela se preocupava em segurar meu cabelo, eu murrava seu estômago, com força e ódio, ela solta meus cabelos e eu aproveito para pegar o dela, e bater com a cara dela em minha carteira, eu não sei de onde tirei tanta força, mas eu só socava a cara dela, até sentir duas mãos me puxaram para longe dela.

- Você não tem tem direito de chamar ninguém de vadia! - cuspi com ódio. Eu sempre, sempre é sempre, evitei ao máximo não arrumar briga em escola, principalmente dentro da faculdade, além de eu poder perder minha bolsa. Mas porra, ela me disse tantas coisas que não eram verdade. Eu não consigo ficar quieta quando me acusam injustamente. Eu odeio injustiça.

- VOCÊ ESTÁ LOUCA ISABELLA? OLHA O QUE VOCÊ FEZ!- Pedro ainda me segurava, e apontava para a cara da Juliana que estava ensanguentada. - Se acalma, você quer perder sua bolsa de estudo? - Eu tentava me soltar, mas ele me segurava forte.

Alguns funcionários da faculdade chegaram e socorreram a  Juliana, Um segurança se aproximou de mim, e pediu para acompanha-lo. Ainda estava de cabeça quente, mas eu sei que do merda, eu deveria ter me segurado.

Ele me levou para secretaria acadêmica, lá, eu tive que esperar o coordenador do curso, e todos os responsáveis pela faculdade, e até a polícia estava lá. Fudeu pra mim.

- A senhora tem total consentimento pelos seus atos Isabella Kallis? - O coordenador me olhava sério.

- Senhor... - Um enfermeiro terá na sala de reuniões. - A Aluna Juliana Barroco está em observação, teve fratura no nariz e alguns cortes pela face, vamos fazer mais alguns exames, mas ela está estável.

O enfermeiro sai da sala, todos me olham em silêncio.

- Você tem algo em sua defesa, antes de sair daqui e depor na delegacia? - Ele me disse enquanto algumas pessoas que estavam lá cuchichavam algo.

- Não. - Falei baixo olhando para o chão.

- De acordo com as regras da faculdade... - Ele passa por alguns segundo - Você perde a bolsa Integral e está expulsa da Universidade.

Meu mundo foi por água baixo. Um desespero toma conta de mim. Eu lutei tanto, para no final cagar em meus sonhos e meu futuro.

- A senhora pode se retirar.

Um policial que estava na porta se aproxima de mim, e me pega pelos braços.

- Vamos. - Ele disse enquanto prendia as algemas em meus pulsos.


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Oi pessoas lindas do meu coração ❤

Vocês que acompanham a história da Isa, ela está bem encrencada dessa vez não é mesmo? Como vocês acham que ela vai sair dessa?

P.s: O capítulo curtinho, mas o próximo vai sair a todo vapor.

Obrigada por me acompanharem ❤❤

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⏰ Última atualização: Sep 01, 2017 ⏰

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