Sunshine - um mundo paralelo a Crepusculo

Cap 11: Edward - Explosão

Passei o Sábado todo a tentar me concentrar nos trabalhos da escola. Com as mudanças tinha ficado um pouco atrasado nos trabalhos pedidos durante a semana. Não ajudava a imagem do rosto da Bella me aparecer de dois em dois minutos na minha cabeça. Durante a noite foi ainda pior, se possível. Sonhei com ela. Ela chamava-me e eu ia atrás dela mas sem nunca chegar mais perto. Ouço alguém a chamar-me nas minhas costas e viro a cabeça. Era a minha mãe. Ela acenava-me adeus com um sorriso nos lábios mas, ao mesmo tempo, com uns olhos tristes. Tentei chamá-la e nenhum som saiu, tentei segui-la mas não me conseguia mexer. Ela desapareceu na neblina e, no seu lugar, apareceu um lobo gigante.
Acordei sobressaltado. Desde que chegará a Forks que não consegui dormir direito. Vou parecer um zombie em poucos dias, pensei.
Arrumei mais algumas caixas e conclui os meus trabalhos da escola enquanto esperava que o Jacob aparecesse.
Estava deitado no jardim da frente a ler um dos livros recomendados da disciplina de inglês, Romeu e Julieta, quando ouço um som alto de uma mota. Jacob vinha a alta velocidade pela estrada e parou repentinamente no acesso à nossa garagem.

- Hey Eddie! - cumprimentou animadamente enquanto se aproximava com o capacete já debaixo do braço. - Que estás a ler?

Antes que conseguisse esconder ele tira-me o livro da mão. Vi os lábios mexerem-se enquanto lia o título na capa.

- Uhg. Que meloso. Espero que estejas a ler isto pelas mortes. - disse com um esgar.

- Claro. Estava a tentar descobrir que veneno eles usaram para te pôr um pouco no jantar.

- Touché! - e riu-se. - Afinal tens sentido de humor. Então onde está o teu bebé?

- Lá atrás na garagem. - fiz-lhe sinal por onde seguir e fui atrás dele. - Então... que fizeste no fim de semana? - tentei soar inocente mas queria saber se ele tinha mesmo estado com a Bella no dia anterior.

- Humm.. - ele olhou com suspeita para mim por cima do ombro. - Estive ontem com a Bella grande parte do dia. Ela não vive sem as minha mãos mágicas... - abri a boca ligeiramente chocado com aquela afirmação mas ele rapidamente completou - ... de mecânico. - e caiu na gargalhada. Recompus a minha expressão tentando parecer neutro.

- E tu? Que fizeste na sexta feira à noite...? Perguntou com um sorriso atravessado que mostrava claramente que sabia com quem eu estivera. Ela falou sobre mim? Se calhar porque não tinha importância... Ele ainda olhava para mim à espera de uma resposta mas fui salvo por um barulho junto à casa.

- Olá Jacob! Bem me parecia ter ouvido a tua moto! Ficas para jantar? - perguntou a minha mãe da porta dos fundos.

- Awmm... Não quero dar trabalho, Elizabeth...- disse Jacob pouco convincente.

- Trabalho nenhum! Tenho rolo de carne que chegue para umas 10 pessoas... ou seja, contigo aqui deve dar para os 3, no limite! - rimos-nos todos e ela voltou a desaparecer no interior da casa.

- Bem, então... - disse rapidamente antes que ele voltasse ao assunto de sexta feira - aqui está o carro. Podes ajudar-me a ver o que se passa?

- Ajudar... - disse Jacob com sarcasmo enquanto se encaminhava para o carro estacionado na garagem - Com essa roupinha não me parece que estejas a pensar chegar perto nem perto do motor quanto mais... hey, também não precisas ficar tão longe!

Eu tinha apenas dado alguns passos quando parei abruptamente. Alguma coisa estava errada.

- Não te cheira a qualquer coisa estranha...?

- Ahah! A piada do costume... Olha que tomei banho hoje!

- Não, - disse enquanto acenava impacientemente - parece... gás.

Tudo aconteceu muito rápido. Quase como se estivesse mesmo diante dos meus olhos, vi um fósforo a ser retirado da caixa que tínhamos ao lado do fogão. No meio segundo que levou ao fósforo raspar na lateral da caixa eu percebi tudo, mas tarde, demasiado tarde.

- NÃÃÃOOOO!

O meu grito ficou inaudível perante o estrondo da explosão que ocorreu simultaneamente na minha cabeça e dentro de casa.

- Liga para a emergência! - gritei para Jacob sem o olhar enquanto corria para a casa. Tinha de encontrar a minha mãe. Abri a porta das traseiras onde a tinha visto a sorrir para mim pela última vez e entrei num mar de fumo e chamas.

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NOTAS:
Olá! Obrigada por lerem até aqui :)
Eu disse que este capítulo ia ser rápido. O próximo também já está na minha cabeça e não deve demorar. Espero que estejam a gostar! Nem peço voto, só um comentário com a vossa opinião, alguma coisa que possa fazer para melhorar ;)
Beijo