O Rei Azul - Conto de Corea

3 - Matando a opressão

Quando era rei, Corlan era o mais poderoso e forte, com as chamas dos céus sob seu comando, com poderes além de qualquer outro. Mesmo sem coroa ainda o era. Por isso nenhum ferro ou rocha o impediria de lutar, nenhum humano poderia se equiparar a ele em uma batalha. Ele era o maior, mais forte, mais poderoso, mas com um ponto fraco, sua lealdade, essa era a fraqueza de qualquer azul, o que os deixava vulneráveis e manipuláveis, sua lealdade se resumia ao povo e à família, que agora era apenas sua filha.

Ele fechou a mão depois a abriu, precisava estar pronto, inspirou e expirou, sentiu o poder adormecido dentro de si e sentiu a descarga sobre seu corpo, ficando mais forte e letal.
Ele avançou contra a porta de madeira pesada a destruindo. Não haviam guardas do outro lado. Ele olhou de um lado para outro, precisava se situar, lembrar das entranhas daquela antiga morada. Sem desperdiçar tempo ele correu para as escadas e as desceu velozmente, dando saltos até encontrar humanos.

Eles carregavam tochas e conversavam animadamente como em um dia qualquer, tiveram tempo apenas de gritar, um tentou puxar a espada, mas o espaço era pequeno, sem diminuir a velocidade Corlan pulou contra ele, o lançando degraus abaixo, o outro que carregava a tocha demorou mais a reagir e quando tentou avançar contra o Rei usando a tocha o azul se abaixou e com um passo chegou perto dele e usando sua força quebrou o pescoço do humano com um rápido movimento. Não tinha tempo a perder, o outro tinha se levantado e sacado a espada no intervalo que usou para matar o com a tocha. O vermelho avançou, espada apontada para o azul, Corlan riu. O desespero deixa muitos tolos. Usando uma mão ele afastou a arma de si e com a outra em garra a enfiou no peito do homem, sentindo uma massa em seu punho a esmagou. Sua mão voltou coberta de vermelho.

No mesmo instante escutou barulho vindo de baixo. Os azuis tinham chegado.

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