XII- O Retorno

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                Gian passou horas naquele hospital, contava minuto por minuto, segundo por segundo, queria poder fazer oque fez apenas uma unica vez. Abracar de uma forma unica Hanna. já estava a amanhecer o sol já brilhava no horizonte entre os  montes, Gian havia adormecido.

-Gian... Gian... Acorda!-

       Gian abre seus olhos e vê Scyllas junto a Hunter.

-Scyllas? O que ha?-

- Como você dorme... Anda se levanta iremos para casa.-

-Como assim? A cirurgia já terminou?-

      Scyllas olhou para Hunter, depois se virou para o irmão.

-Gian... Hanna não resistiu...-

     Gian arregalou seus olhos, que se encheram de lagrimas, abaixou sua cabeça não conseguia acreditar,  completou depois de um longo suspiro.

-Co... como assim? Ela... tem que esta em uma cama se recuperando-

-Eu sei que é difícil de aceitar, a principio também não acreditei, vamos para casa hoje não iremos para a escola, mais tarde iremos para o... enterro.-

      Gian aceitou sua realidade, ficou ali sentado por mais alguns segundos, nada, absolutamente nada se passava por sua cabeça, se levantou e segui caminho com Scyllas ate a casa de Samantha.

      Durante o caminho Gian permaneceu calado, Scyllas estava um pouco chateada pois não gostava de ver seu irmão naquele estado, já estava próximos a casa de Samantha, em frente a casa de Elisabeth.
-Scyllas... daqui você irá sozinha.-
-Por que? Venha comigo..-
-Preciso de um tempo sozinho, se me entende-
-Sim eu entendo... não demore.-

     Scyllas assentiu e seguiu seu caminho também já estava cansada e não insistiria para seu irmão acompanha-la mesmo sentindo pelo estado do irmão.

     Gian ouviu e viu os passos de sua irmã, até sumirem na neblina densa,"de onde surgiu está neblina? "
uma voz ecoava em sua cabeça, Gian arregalou seus olhos, as vozes voltaram, " nao sei...", " veja ele está escutando a gente novamente", "claro que não", " pare e veja suas expressões"
-O... oi?-

     Gian perguntou com uma voz trêmula. "Viu?", "realmente... fale com ele aquele negocio ,"entre na casa!". Gian se assustou e achou suspeito, sentiu como se estivesse sendo observado, pensou dias vezes estava na frente da casa de Elisabeth, casa onde alguém morreu. Cada passo na frente de outro, subiu alguns degraus e abriu a porta, estava escuto e empoeirado, por algum motivo peculiar a porta em que Elisabeth se trancava durante as noites estava acesa, Gian continuou em direção a porta. A cada passo um estranho ruído soava em seu ouvido, mais perturbador do que um mosquito durante o sono, chegada a porta Gian ouve o som de um choro familiar e feminino, era difícil de acreditar mas ele pensava que era Elisabeth, lentamente e com um pouco de força abriu a porta. Ali estava aquela mulher loira que encantava qualquer um, com um longo vestido branco com manchas de um líquido vermelho, olha ao seu redor e vê sangue fresco, sangue que acabou que cair ali. Levando a mão ao ombro da mulher Gian dizia lentamente.
-Oi?-
-Tire suas mãos de mim!-

    Gritou de forma violenta a mulher fazendo com que Gian se afastasse.
-Não precisa ter medo de mim... Sua vida parece ter se tornado um inferno... a minha já parecia e agora se tornou.-
-Não é de você que eu tenho medo...-

      Ela deu um longo suspiro.
-Eu tinha medo deles, agora eu sou um deles.-

     Ela disse levantando sua mão e apontando para o canto do quarto. Gian olha e vê uma duas sombras com grandes olhos, a mulher vira para ele e diz.
-Eles só queriam me alerta... mas eu não dei ouvidos.... agora perdi tudo... inclusive a vida... Gian... tente ouvir... antes que seja tarde.-

     Gian tirou suas conclusões. Aquela era Elisabeth, em um piscar de olhos sua imagem começou a sumir, a luz emitiu um som e a lâmpada estourou."Ah" sussurrou levemente Gian, Ele saiu da casa cambaleando seus olhos ficaram sensíveis, saia na porta e já era noite, estranhou, quando entrou na casa era manhã e alguns minutos ali já era noite? Gian andou até o meio da rua e se sentou ali mesmo, esfregou um pouco os olhos e se virou para a casa novamente, não sabia em o que pensar,"você não tem mais escolhas!"
Disse uma voz aguda seguida de uma grave. Gian passou a se ver em um corredor sombrio com uma porta em sua frente, reconhecia o ambiente, reconhecia o que ocorria, "outra ilusão?"  Riu sarcasticamente, "dessa vez nao.. será sua futura realidade, nos queremos a alma das pessoas que você mais ama nesta vida!"

      Gian abriu os olhos e já estava na frente da casa de Samantha, entrou sem dar assunto a sua família e deitou-se em sua cama, sua alma pareceu desaparecer em lágrimas e sua vida perecer.

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