Capítulo 4 - Como betas

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- Yuri, por que não mostra seu quarto para seu amigo enquanto eu faço os pirozhkis? - meu avô falava da cozinha. Eu e Otabek, que antes estávamos nos encarando sentados em sofás opostos, agora prestávamos atenção ao que meu avô falava - Apresenta pra ele a Snow!

Otabek me encarou com um semblante confuso e eu apenas ri. Me levantei e peguei sua mão.

-Vamos? - perguntei para o garoto confuso a minha frente, e ele, ainda confuso, se levantou e me seguiu pelo pequeno corredor e entrando logo em seguida na terceira porta direita e isso fez com que Snow saísse o mais rápido possível em direção à cozinha.

- É... Essa é a Snow - falei para a bola de pelos felina correndo em direção a cozinha - minha gata.

- Era uma gata? - perguntou me encarando com um sorriso nos lábios.

- Sim. Achou que era o que? - perguntei me sentando em minha cama, que estava um pouco bagunçada por conta do meu pequeno cochilo de duas horas.

- Hum... Esquece.

Otabek sentou ao meu lado e ficou olhando para uma parede que estava cheia de papeis colados e folhetos.

- Por que você tem tantos panfletos de cafeteria? - perguntou apontando para a parede. Me levantei e fui até ela tirando alguns folhetos e lhe entregando. Ele os pegou e ficou os encarando sem entender nada.

- São os meus planos para quando termina a escola.

- Ir a cafeterias aleatórias e provar todo o cardápio? - comecei a rir e ele acabou soltando um leve sorriso de canto. Me abaixei em sua frente e peguei um dos folhetos.

- Não. Abrir uma cafeteria... - Abri um dos folhetos - eu pego esses folhetos pra ver a arquitetura do lugar e escolher uma para a minha cafeteria, e, esse que você está segurando, é para saber do cardápio.

- Interessante.

- A cafeteria ou eu?

Eu ainda estava abaixado a sua frente quando lhe perguntei tal coisa, Otabek corou. Peguei o folheto de sua mão e me levantei para coloca-los no lugar e antes mesmo de eu me virar de volta para falar com ele, sinto Otabek atrás de mim. Sua respiração estava falha em meu pescoço, uma de suas mãos subia por cima da minha camisa em direção ao meu peito e subindo mais ainda até minha nuca. Sua outra mão me segurava contra seu corpo e seus dedos deslizaram pelo elástico do meu short.

- O-Otabek... Beka? - O chamar desse jeito o fez me segurar mais forte e isso também me fez sentir o quanto ele estava duro atrás de mim.

- Não fale essas coisas desse jeito inesperado para mim Yura - ele sussurrava no meio ouvido. Sua voz grave estava mais forte que o normal e isso causou um arrepio intenso em meu corpo. - Eu estou dando graças a deus por esse inibidor se adequar bem ao meu corpo, você não sabe o quanto eu estou agradecendo por isso. Acho que é assim como um Beta se sente, sem se preocupar com cio ou suprir o cio. Ele apenas sente a tesão de um outro corpo quando ele quer, e Yura, isso está acontecendo comigo nesse exato momento.

Sua mão que antes estava em minha nuca, agora estava em meu queixo o levantando para que eu o olhasse. Eu estava o encarando de costas, e Deus, como isso era sexy!

Eu não conseguia falar nada para ele, eu apenas o queria beijar e lhe tocar e ser tocado. Virei-me para Otabek e vi o quão negro seus olhos estavam.

- Que se dane! - Meus braços agarraram seu pescoço e com um pequeno pulo me encaixo em sua cintura. Sua mão agarrou minha bunda de imediato. Encosto minha testa na sua e vejo Otabek sorrir cinicamente e então o beijo com todo meu calor. Sinto a parede em minhas costas, e Cristo, como eu estava excitado! Otabek beijava meu pescoço o lambendo e chupando em certas partes. Minhas mãos procuravam em desespero o final de sua camisa para que então eu a pudesse tirar, mas parecia impossível. Otabek viu meu desespero, me imprensou mais contra a parede e tirou a sua camisa rapidamente, mostrando seu físico definido. Ok, meu físico não é tão bom quanto o dele.

Cheese and Wine  [ HIATUS ]Onde histórias criam vida. Descubra agora