Capi 11- Extra de ano Novo

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As vezes eu fico prestando atenção no decorrer da minha vida, principalmente nos dois lados da balança onde o azar e a sorte estão equilibrados. As vezes, essa balança se move, pode ser pra melhor, quanto para pior. Ultimamente essa balança tem ido apenas pra o lado da sorte, fazendo com que a balança fique desequilibrada. Não sei como isso pode ser representado para alguns, mas para mim, sinto que essa maré de sorte só esconde por debaixo dos panos a maré alta de azar que estar por vim, pode não ser hoje ou amanhã, pode até demorar alguns meses ou até anos, mas ela vai vim, e isso me preocupa.

Uma mão toca a minha e me desperta dos devaneios de minha mente. Otabek acariciava minha mão gelada do frio e suspirou se escorando no encosto do sofá da cafeteria, que estava lotada.

- No que está pensando, senhor Plisetsky? – perguntava enquanto entrelaçava meus dedos nos seus.  

- Ei, não me chame pelo meu sobrenome! Eu não estava pensando nada demais – Digo dando um gole no café quente a minha frente – Aproposito, onde vamos passar o ano novo? Você disse que iríamos decidir aqui.

- Não sei... A onde quer ir? – perguntava cruzando os braços. A neve caia fina lá fora, estava -2C° e algumas pessoas entravam na cafeteria para se esquentar, um dos motivos de estar lotada.

- Vamos para a sua casa.

Desde aquele dia na casa de Otabek, eu nunca mais pisei os pés lá. Todos os nossos encontros para dormir juntos e essas coisas, foram e são na minha casa, não sei o motivo, mas Otabek não quer que eu vá para lá, mas mesmo assim, contínuo pedindo sabendo do grande NÃO que está por vim.

- Yura... Por que continua pedindo?

- Vai que um dia você cede... – acabo fazendo bico. – É só que aquele foi tão legal Beka, por qual motivo não podemos ir para lá?

Ele suspira fundo e tenta, como todas as outras vezes, me falar o motivo.

- Esquece. Que tal a roda gigante no parque? Eu soube que fica bonita na contagem regressiva.

- Roda gigante então – ele diz sorrindo. Fazia tempos que eu não o via sorrindo tão amplamente assim. – Que foi?

- Você.

- Eu? – apontava para si mesmo, algumas mexas do seu cabelo negro caia sobre os olhos, e isso o irritava, mas ao mesmo tempo o deixava fofo.

- Tá fofo – Acabo rindo da careta que Otabek fez – Você está sendo fofo. Me trazendo para um café enquanto está frio, e perguntando onde quero ir para passar o réveillon com esse sorriso fofo no rosto. – Digo me aproximando dele, ficando um pouco em cima da mesa e colocando meus dois dedos indicadores nos cantos de sua boca, puxando para cima e formando um sorriso forçado, mas o Beka acabou rindo e formando covinhas em suas bochechas, o que o deixava lindo. – Tenho sorte de ter um namorado tão gato.

- Tem mesmo – ele dizia pegando meus dedos e os beijando, causando um rubor em meu rosto e um arrepio em minha coluna e isso o faz rir novamente – Fofo!

- Eu não sou fofo.

- Fofo.

As horas se arrastaram naquela cafeteria, várias pessoas entravam e saiam dela, casais entravam para ficar sentados ali por horar, como eu e Otabek estávamos fazendo. Não sei quantos cafés nós tomamos enquanto conversávamos e riamos das histórias de Jean e Lee.

- Jean não tem senso comum! – falo ainda rindo – Quando esse garoto vai ser normal?

- Não zomba dele, e dai se ele não sabe trocar uma lâmpada? – perguntava se escorando no sofá.

Cheese and Wine  [ HIATUS ]Onde histórias criam vida. Descubra agora