Capítulo 21

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Me desculpem o atraso e se eu comi algumas letrinhas me desculpem também ;) E novamente vamos de música brasileira!!!

  Já não tenho dedos pra contar
  De quantos barrancos despenquei
  E quantas pedras me atiraram
  Ou quantas atirei

 Tanta farpa, tanta mentira
 Tanta falta do que dizer
 Nem sempre é "so easy" se viver ...

  Mas o teu amor me cura
  De uma loucura qualquer
 É encostar no seu peito
 E se isso for algum defeito

 Por mim tudo bem
 Tudo bem  ... "

( Tudo bem --- Lulu Santos )

( Tudo bem --- Lulu Santos )

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Catherine

Uma nova fase, um novo arco na minha vida que me deixa eufórica, extasiada, mas também com um pouco de medo. Desde o dia em que passamos a noite e posteriormente o dia na casa do pai de Thalles, já se passou vinte dias. Na casa de Richard percebi que apesar de Thalles respeitar o pai, ele ainda é um pouco relutante em aceita-lo paternalmente. Seu sorriso era tão sem graça, que muitas vezes me doía quando ele apertava seus dedos nos meus, debaixo da mesa. Até chegar Adam, ou até mesmo seu outro irmão que percebiam e contavam alguma piada, ou alguma história doida, tirando uma gargalhada da sua boca.

Porém eu não me meti e nem perguntei, eu nem tinha o que falar, não cabia a mim. O que me cabia naquele breve momento, era apenas ficar quieta. Pois como eu, Thalles não gosta de ser uma vítima das circunstâncias da vida. A vida não é uma peça de xadrez ou de um quebra cabeça, a vida está mais para uma roleta de vinte um, no caso a minha. A de Thalles está na bala, engatilhada na ponta da bala, da arma automática que ele carrega na sua cintura para qualquer lugar.

No quarto que seu pai e dona Victória nos deu para passar a noite eu o amei da minha forma. Passando a noite acordada, abraçada ao seu corpo escutei toda a história que ele me contou sobre os seus pais. Mesmo com um sorriso na boca enquanto ele narrava os fatos, não via uma raiva no seu olhar, mas sim mágoa, tristeza, perda. Passando os dedos no seu rosto, olhando dentro dos olhos da minha morte fiz amor com ele, me encaixando no seu colo suavemente. Sentindo o seu carinho, enquanto Thalles passava a mão sobre o meu cabelo, deslizando seus dedos sobre meus lábios, evitando que eu dissesse que o amava novamente como fiz na estufa. Segurando seus dedos, olhando dentro dos seus olhos apenas assenti dizendo que entedia. Levando as suas mãos sobre as minhas coxas, ainda me perdendo dentro do seu olhar, gemi, quando ele segurou meu cabelo suavemente. Me beijando com carinho e acho que até amor, se fosse pedir demais.

Cansada dos meus disfarces mostrei todo o meu coração e que eu não esperava ele me dizer de volta que também me amava, como eu o amo. Porque estranho seria se eu não me apaixonasse por Thalles. Que mesmo com as suas cicatrizes, pesadelos e com um olhar assassino ainda tem um coração tão bom e vivo, batendo no seu peito. Thalles de alguma forma sempre vai ser a minha morte, o meu anjo salvador certo ou errado, que segurou a minha mão no momento em que eu não podia me sustentar pelas minhas próprias pernas e quase despencava daquele terraço do prédio, ou no buraco da vida.

Perigoso desejo - Série destinos traçados, Livro 5Onde histórias criam vida. Descubra agora