Há milhares de anos luz do Planeta Terra, em uma galáxia distante, havia um pequeno planeta chamado EXO. Seu tamanho era um pouco menor que a Lua da Terra. Neste planeta, habitavam seres semelhantes aos humanos. Uma raça mais evoluída, os Exorianos.
Em EXO, havia apenas um pedaço de terra habitável, e o resto era água. Este pedaço de terra, semelhante a um país, era dividido em 12 distritos. Cada distrito abrigava seres com diferentes habilidades naturais. Desde o controle dos elementos, até o poder do teletransporte e da telecinése.
Mas EXO nem sempre fora assim. Houve uma época em que os Exorianos de todas as raças viviam juntos em harmonia. Aconteceu que com a mistura das raças, novas raças nasciam, e estas, chamadas apenas de Mestiços, eram poderosas demais, incontroláveis. Tornaram-se uma ameaça.
Tal ameaça levou os povos de puro sangue a declarar guerra contra os mestiços. Foi um massacre. Mestiços e sangues puros se matavam todos os dias com um único objetivo: Sobrevivência de sua espécie.
Depois de anos de guerra, os mestiços, a raça em menos quantidade, foi extinta para sempre. Surgindo assim a Nova Ordem. O planeta foi dividido, raça por raça. E a existência de mestiços foi estritamente proibida, se tornando a maior lei do Planeta. Raças diferentes não poderiam procriar. E caso um mestiço nascesse, teria que ser executado imediatamente.
A ordem se estabeleceu. As raças viveram em harmonia dentro de seus distritos. Com o passar dos anos, os Exorianos se entrosaram mais. Passaram a ter livre acesso a qualquer distrito. Conviveram, enfim, em paz. A mistura de raças ainda era proibida, mas isso se cabia apenas às mulheres. Nos anos mais atuais, os Exorianos conseguiram a aceitação dos governos para se relacionarem com raças diferentes, mas apenas se fossem do mesmo sexo. Homens e mulheres, jamais. Conceber um mestiço era abominável, e todos tinham medo disso. Ninguém desrespeitava essa lei.
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Distrito Um, fogo.
Há 20 anos
A mansão do governador naquela noite era assombrada por um grito sôfrego de dor. O grito feminino era de Yura, a filha única de Park Woohyuk, o Governador do Distrito Um.
As mãos da jovem afundavam-se no colchão da cama, buscando forças para expelir a criança da escuridão de seu ventre. Ela estava fraca, cansada, mas encontrava forças, em sua esperança, para dar a luz ao seu filho. Ao seu lado, afagando seus cabelos vermelhos encharcados de suor, sua mãe lhe sussurrava palavras encorajadoras e um constante "vai ficar tudo bem".
Mas ambas sabiam que nada ficaria bem. Aquela criança que lutava para nascer era um mestiço. Um fruto de uma paixão proibida. Um erro. Uma mancha dentro da família mais importante, do distrito mais influente, do Planeta EXO. A criança seria o segredo mais vergonhoso e perigoso da família, e deveria ser executada após seu nascimento.
Às 02h57, um último grito longo e doloroso arranhou a garganta de Yura. E quando escutou o choro da criança, sua expressão sofrida deu origem a um sorriso emocionado. O sorriso mais sincero e alegre que já dera na vida.
Park Chanyeol havia nascido, assim Yura o nomeou. O primeiro neto do governador... E o único mestiço Exoriano após mil anos de extinção.
- Mãe... - a voz fraca de Yura era quase impossível de se ouvir. Aproveitou-se que a parteira ajeitava o bebê no lençol para dizer: - Por favor, não deixe que o machuquem. Prometa que não vai deixar que matem o meu filho.
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O Beijo da Fênix
General FictionChanYeol nasceu diferente. Muito diferente de qualquer um em seu planeta. Com poderes quase ilimitados, ele poderia ser considerado um Deus. No entanto, em EXO, sua natureza era considerada uma terrível ameaça. Deveriam tê-lo executado após seu nasc...