I | Storybrooke

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EMMA

O dia havia sido exaustivo. Se bem que dirigir 674 milhas de Seattle, Washington até Storybrooke no Maine fazendo apenas duas paradas de 30 minutos ao dia, é algo que pode cansar até a sua alma. Nem mesmo revezei o volante com alguma de minhas amigas para descançar, porque já sabia que elas eram bem devagar dirigindo.

A razão de tanta pressa era simplesmente porque eu não queria esperar mais nenhum segundo. Quanto mais rápido fosse embora, mais cedo chegaria na nova casa e me livraria dos problemas em Seattle, começando definitivamente minha nova vida em Storybrooke, ou pelo menos até eu terminar a faculdade.

Horas depois, chegamos enfim à casa deixada em testamento pela minha avó, a três quadras da nossa faculdade. Ainda estávamos no início do ano, bem no meio do verão. E talvez fosse por isso que o semblante da casa não parecesse tão completamente assustador.

Era uma construção vitoriana, alta e larga, cheia de pequenos detalhes e entalhes, e com cores neutras e escuras. Ela crescia com dois grandes andares e, acima, ainda havia um sótão baixo que formava o telhado escuro. As quatro janelas da frente eram grandes e estreitas, e cada uma recebia um pequeno pedaço de telhado avulso como proteção. As áreas ressaltas das paredes, principalmente às que compunham a pequena varanda à frente, eram tonalizadas com um cinza polido, quase brilhante. Feitas de pedras delicadamente esculpidas, o contraste dessas partes com o marrom escuro e envelhecido do resto era aterrorizantemente genial. Não era bem meu estilo de casa, mas de qualquer forma eu gostei.

O sol das três da tarde estava escaldante, apesar de que aqui em Storybrooke não é, segundo a internet, um lugar tão quente. Houve um momento, na viagem até aqui, que acabei me perdendo; mas pedi informação à algumas pessoas para saber aonde ficava a rua e o bairro da casa. Felizmente tudo correu bem e cá estou eu. Livre.

Abro a porta do fusca amarelo, ignorando minhas amigas e seus protestos, e saio para o bem cuidado gramado, que felizmente é sombreado por uma grande castanheira antiga que cresce no quintal. Respirando o ar puro, abro os braços, fecho os olhos e grito:

- LIBERDADE!

Mary Margaret vem logo atrás de mim, com seus tão familiares risinhos.

- Calminha aí senhorita Swan. Sua nova vida está apenas começando.

Regina, lutando bravamente para caminhar com seus finíssimos saltos altos na grama, seguida por Belle, com um livro cobrindo o rosto, e Merida, de braços cruzados e olhar avaliador, também se aproximam de nós.

- Tem razão, só porque temos 18 agora, não significa que as coisas vão ser fáceis pra a gente - Regina diz.

- Deixem de ser negativas! - exclamo, com um largo sorriso. - Quero aproveitar cada momento da minha maioridade. E vocês também deveriam começar a fazer isso.

- Aproveitar estudando, não é, querida? - Belle diz me repreendendo, bem como se eu fosse fazer algo ilegal. Finalmente havia baixado o livro do rosto, e agora era possível ver seus sábios olhos azuis.

- Claro! - respondo incerta. - Principalmente estudando.

- Que horror, French! Está parecendo até minha mãe - Merida diz à Belle, que em resposta cruza os braços e balança a cabeça em reprovação.

Não demora muito e o Corvette verde que nos acompanhou durante a viagem chega, junto ao caminhão de mudança.

- Lá vem - Regina murmura, suspirando profundamente.

- Lá vem - Regina murmura, suspirando profundamente

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