II | A Festa

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EMMA

Nós dormimos cerca de cinco horas depois de chegarmos à Storybrook. Então lembrei da festa que fomos convidadas e fui procurar na minha mala uma roupa para vestir. Mas isso só depois de bater nas portas dos quartos para acordar as meninas uma por uma dizendo "Hora da festa".

Vesti uma calça jeans de cintura alta e uma blusa branca com listras pretas na horizontal de manga longa que deixava minha barriga um pouco a mostra. Calçei uma bota cano longo e deixei meu cabelo solto com leves ondas nas pontas. Fiz uma maquiagem leve nos olhos, passei um blush cor de pêssego nas bochechas e um batom leve rosado um mínimo avermelhado apenas para dar cor aos meus lábios. Depois de pronta, desci as escadas e me encontrei com as meninas na sala; mas logo vi que faltava alguém. Na verdade, duas pessoas: Mary e Merida. Perguntei as meninas sobre elas.

- Não faço idéia, melhor irmos dar uma olhada nessas duas. - Regina respondeu.

Regina vestia uma saia azul marinho meia coxa um pouco rodada de cintura alta, uma blusa preta solta com manga curta, um colar de perolas negras no pescoço com uma pulseira do mesmo detalhe e usava uma mini bota de salto alto preto. Fez uma make intensa que destacava seus belos olhos castanhos; um leve blush e um gloss mate vermelho bem escuro. Segui com ela para o segundo andar, em direção ao quarto de Mer e de Mary.

Ao chegarmos no quarto, vimos duas situações diferentes: Mary, que havia acabado de sair do banho, vestida com seu roupão rosa claro e uma toalha na cabeça, estava desesperada sem saber o que vestir e Merida, ainda de pijama, estava deitada na cama ouvindo música, que mesmo com os fones dava para escutar de longe.

- Mary, tomou banho agora? Faltando 15 minutos para sairmos? O que aconteceu? - perguntei.

- Longa história, e eu não sei o que vestir! Eu não tenho roupa!

- Querida, o que você mais têm é roupa. Vamos dar uma olhada nisso. - Regina retrucou. Notei que ela tonha razão. Quase vinte centímetros de roupas projetava-se sob os lençois da cama de Mary.

- Podia me emprestar aquela bota marrom, hein? Acho que cairia bem em mim - comentei, quando meus olhos pousaram no grupo de calçados jogados pelo chão.

- Você tem uma bota igual a essa, Emma. Não lembra? Nós compramos juntas. - Mary disse, revirando os olhos. Ela parecia impaciente, algo bastante incomum para a doce Blanchard.

- Não lembro. Vou dar uma olhada mais tarde.

- Emma e suas botas - Regina comentou com um erguer desdenhoso de sobrancelhas.

Nós duas seguimos com Mary para as vestimentas jogadas em cima da cama, vasculhando-as com cuidado para não amassar nada. Caso contrário, Mary surtaria mais do que já estava surtando.

- Pode falar Mary, você só está assim por causa do nosso vizinho gato, não é? - Regina perguntou, em um tom de voz que fez Emma dar uma risadinha.

- Ai gente, eu... - Mary olhou de relance para Merida e fez um sinal para as meninas a sua frente, como se não quisesse falar na frente dela.

Nós paramos de procurar a roupa ideal e fomos para fora do quarto.

- Meninas, eu não sei explicar, mas eu nunca me senti assim antes! Foi no mesmo momento em que eu o vi, foi como se uma onda elétrica passasse até o meu coração quando nossos olhos tiveram o primeiro contato. Pode parecer meio idiota e infantil, mas é a verdade. - Mary revelou, quase ao ponto de roer as unhas.

- Mary Margaret! Quem diria, hein. - eu falei, impressionada com a forma que ela se expressou. Geralmente Mary era bem tímida em relação a relacionamentos.

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