25 De Junho

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Foi cedo naquele dia que eu recebia a notícia de que a família Cohen estava indo para casa depois que Ana acordou duas semanas depois de dar a luz a sua filha Jasmine ainda em coma. Eu estava feliz por ela e prontamente dei sua alta com supervisão do cirurgião neurológico do hospital, que cuidou do caso dela.

Enquanto eu comia um pequeno lanche no refeitório do hospital por estar com tamanha fome, um homem chega perto de mim com um boque de rosas roxas na mão. Ele me perguntou se eu era a Doutora Redmersky e eu assenti, então pediu que eu assinasse o papel e conforme eu assinei ele me entregou o buque.

Vi que as pessoas me olhavam mas eu nem liguei. Peguei o cartão que estava com as rosas e acabei sorrindo.

“As mais belas rosas, para a mais bela mulher.

Jante comigo hoje a noite? Eu cozinho.

Seu vizinho, Delegado.”

Quase ri pelas palavras mas me controlei. Peguei o número que estava atrás do cartão e mandei uma mensagem ao homem. Eu não sabia que horas eu sairia do hospital naquela noite então mandei a resposta nem aceitando, nem rejeitando o pedido.

Me levantei indo guardar as rosas na sala de descanso e fui para a emergência do hospital. Peguei um dos prontuários com a enfermeira e fui ao leito sete, falar com a paciente.

Perguntei a ela o que sentia e a mesma me disse que achava que estava com um tumor no útero. Achei estranho ela dizer aquilo mas pedi um ultrassom. Fiz os exames gerais nela e quando o ultrassom chegou pedi que ela levantasse a blusa. Coloquei um pouco de gel na pequena protuberância da sua barriga e fiquei olhando atentamente para a imagem.

Me virei para a paciente, Elena Avalon e sorri.

“Você não tem um tumor, so esta gravida. Isso explica os enjoos e a tontura que disse estar sentindo e a protuberância em sua barriga.” Eu disse a ela.

A garota na cama parecia estar vendo um fantasma porque ficou branca como papel e disse algumas palavras incoerentes antes de olhar para mim e dizer.

“Isso não é possível, eu não posso estar gravida, eu não posso ter filhos.”

Aquilo me deixou sem palavras por um momento, então pedi que a enfermeira colhe-se o sangue dela e a urina para fazer o exame chamado Beta.

Enquanto eu esperava o resultado dos exames da minha paciente, fiz um parto normal de uma garota de 19 anos que felizmente sobreviveu, mesmo eu achando que depois de tanta dor que ela sentiu o sangue da garota fosse todo embora. Graças a Deus que minhas músicas me ajudaram a acalma-la, so não fez a dor se passar por completo.

Assim que sai da sala de cirurgia, meu residente me entregou os exames da senhorita Avalon e ela realmente estava gravida.

Prontamente eu avisei a paciente que começou a chorar. Ela se vestiu rapidamente e foi embora do mesmo jeito que entrou no hospital.

Aquele caso de fato foi estranho. Como pode uma mulher alegar que não poderia ter filhos por um problema de saúde e acabar estando gravida? Eu não poderia descobrir.

H. A. Redmersky

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Música Havana - Camilla Cabelo, Young Thug

Diário de uma Médica Onde histórias criam vida. Descubra agora