Pov. Pedro
- Seu Pedro, o seu Bernardo voltou para São Paulo, ele ficou esperando o senhor, mas o senhor não apareceu e ele teve que ir, e me pediu para avisar - a dona Maria disse quando eu entrei em casa na hora do jantar.
Agradeci a ela e foi tomar um banho, para logo em seguida indo para o quarto, não jantando.
De manhã eu tinha acordado às cinco como de costume e como sabia que ele acordava às sete, voltei alguns minutos mais cedo para preparar uma bandeja de café da manhã, mas quando me aproximei do quarto ouvi ele falando que voltaria para casa dele e voltei para os fazeres da fazenda, evitando ele.
Fiquei a noite inteira em claro pensando no Bernardo e acordei mal humorado no dia seguinte.
Fiz minha rotina normalmente, ouvi a dona Maria reclamar deu não ter comido nada ontem de noite e me fez comer mais hoje no café da manhã.
Tentei fazer minha rotina normalmente, mas todos os meus pensamentos eram direcionados ao Bernardo, isto estava me enlouquecendo.
Tudo que eu fazia eu pensava nele enquanto comia o café da manhã me lembrava quando ele vinha aqui comer, ou quando ia dormir à noite, me lembrava do modo como ele dormia comigo.
- O que aconteceu seu Pedro? Todo mundo está falando como o senhor está de mau humor - a dona Maria disse quando estava jantando, três dias que o Bernardo tinha ido embora.
- Impressão das pessoas, estou completamente normal.
- Não vejo o senhor assim deste que a... - a dona Maria parou de falar, e já podia imaginar que ela iria falar algo sobre a Gabrielly.
Acabei de comer e foi para o meu escritório, e acabei vendo os contratos que o Bernardo queria que eu assinasse, no papel tinha o nome da empresa e endereço.
Fiquei olhando fixamente para aquele ponto e foi para cama depois de alguns minutos, mas não consegui dormir.
Me levantei da cama rápido, por impulso, troquei de roupa e peguei mais algumas colocando tudo em uma mochila e foi para o meu escritório pegando o papel onde estava o endereço da empresa do Bernardo, deixando um bilhete para a dona Maria.
Peguei minha caminhonete e segui para São Paulo, no meio do caminho eu ficava me perguntando umas mil vezes o que estava fazendo, eu não era gay, então por que estava tão desesperado indo atrás dele. Porque estava indo até São Paulo atrás de outro homem.
Ele tinha mexido com a minha cabeça de uma maneira alucinante e que eu não compreendia.
Cheguei em São Paula, o dia ainda estava amanhecendo, mas as ruas já tinha vários carros.
Me pedir várias vezes tentando encontrar a empresa do Bernardo, não tinha o costume de vim para São Paulo, até que parei em uma lanchonete para comprar algo para comer e também pedi uma informação.
Depois que acabei de comer, consegui chegar na empresa em quinze minutos.
Olhei para o relógio vendo que já era sete horas da manhã e a empresa parecia já estar abrindo.
Fiquei esperando para ver se o Bernardo parecia, mas acabei dormindo e só acordei uma hora e meia depois.
Decidi entrar na empresa mesmo, provavelmente ele já deveria ter chegado, troquei de roupa e entrei no prédio da empresa.
Todos me olharam quando eu entrei, talvez por que eu era o único ali que não estava de terno.
Me aproximei de três moças que pareciam ser as recepcionistas.
- Com licença, eu quero falar com Bernardo Ferreira, em que andar ele fica? - falei para a moça que estava na direita, que por algum motivo ficou com rosto vermelho quando me aproximei.
- O senhor tem horário com ele? - perguntou com um sorriso simpático, mexendo em algo no computador.
- Não senhorita, mas eu conheço ele, teria algum jeito de falar com ele para eu poder ir falar com ele? - disse insistindo um pouco, não poderia decidir agora que estava aqui.
- Irei ligar para a secretária dele para confirmar sua subida - falou pegando o telefone e falando com alguém por alguns minutos até desligar e se voltar para falar comigo de novo - E no último andar, senhor.
Agradeci e fui em direção aos elevadores, entrando com outras pessoas.
Saí do elevador, mas não consegui achar a sala do Bernardo e fiquei andando procurando.
- Você é novo aqui? - uma mulher alta e bem vestida, bonita, perguntou se aproximando de mim com um sorriso.
- Não! Acho que me perdi, estou procurando a sala do Bernardo - disse coçando a barba que já estava crescendo.
- Em que setor ele trabalha?
- Ele é o dono - falei e ela pareceu surpresa por alguns segundos, mas logo repôs o sorriso no rosto.
- Você está no setor errado, eu levo você lá.
- Muito obrigado - agradeci e segui ela até o elevador novamente, percebi que subimos mais dois andares.
- Ah! Você teve ser o senhor Pedro Henrique, o senhor Pereira já estava preocupado com a sua demora - uma mulher também bem vestida e com um sorriso nos lábios disse quando saímos do elevador, se levantando.
- O que está acontecendo aqui? - olhamos todos juntos para onde a voz tinha vindo e vi o Bernardo parado com um rosto sério é um terno perfeito no seu corpo, que tive que admitir que dei uma boa olhada.
- Senhor, já ia anunciar que o senhor Pereira chegou.
- Quem é a senhorita? - ignorou a moça que supôs ser a secretária dele e perguntou para a moça que tinha me trazido.
- Ele estava perdido senhor, então vim ajudar ele a encontrar a sala do senhor - a moça que tinha me trazido, falou toda encolhida.
- Já ajudou, pode voltar para o seu trabalho.
- Com licença senhor! - disse de cabeça baixa e saindo.
- Senhorita Vitória não deixe ninguém entrar sem ser anunciado antes, sem exceções.
- Sim, senhor!
- Me acompanhe senhor Pereira - foi atrás dele é quando entramos, não esperei ele fechar a porta direita para capturar os lábios dele de modo violento e deseperado.
Continua...
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Amores Rivais (Romance Gay)
RomanceDuas pessoas completamente diferentes podem realmente se amar? Bernardo é um empresário sem qualquer sentimento que herdou a empresa do seu pai, por pressão dá mãe está noivo de uma mulher fútil, filha de um sócio. Pedro Henrique é um fazendeiro si...