Capítulo 18

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Pov. Pedro

Coloquei as malas do Bernardo em um canto do quarto para quando ele chegasse, pudesse arrumar como ele quisesse.

Foi para a cozinha encontrando só a dona Maria ali.

- Dona Maria, o Bernardo vai se mudar para cá - avisei pegando um café forte.

- As coisas estão ficando séries entre vocês, eu fico muito feliz por isto - a dona Maria disse sorrindo aberto - Já tem data?

- Ainda não, mas já vamos trazer as roupas dele.

- Quando acabar as coisas aqui, eu vou lá passar as roupas dele e coloco direitinho no seu armário - concordou, agradecendo a ela, bebendo o resto do meu café e indo para o meus trabalhos na fazenda.

Acabei tento um problema no celeiro me deixando super ocupado o dia inteiro e acabei mais tarde que o normal o trabalho, quando acabei e fui para casa, o Bernardo já tinha chegado.

Quando entrei em casa, foi direto para o quarto vendo o Bernardo parado em frente ao meu armário.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntei me aproximando por trás dele e tanto um selinho nele.

- Seu armário é muito pequeno, não vai caber todas as minhas roupas - disse ainda olhando para o armário.

- Só você dar algumas roupas - sugeri simplesmente, mas só olhei para ele para saber que não era uma opção.

- Você se importaria muito se eu mudasse este guarda roupa para um novo maior? - falou se virando para ficar de frente para mim.

- Não, acho que o seu cabe aqui - disse me inclinando para beijar ele, era realmente verdade, não me importava de mudar de guarda roupa, este já estava bem velho e era do meu pai.

Estávamos nos beijando tranquilamente, com pequenos selinhos entre ele até que de repente ouvimos algo se quebrando no chão.

Nos separamos e olhamos juntos para onde tinha vindo o barulho, vendo a Gabrielly com uma cara de choque e um copo quebrado no chão.

- D-Desculpa - falou vermelha e saiu correndo da porta do quarto.

Eu e o Bernardo nos olhamos um cara o outro, mas não falamos nada e seguimos ela para a cozinha.

- E-E-Eu vi o P-Pedro b-beijando o Bernardo - ouvimos a voz da Gabrielly falando e paramos alguns passos antes da porta da cozinha, para ouvir o que eles iriam falar.

- Acho que você andou bebendo! - a Clarice disse ao mesmo tempo que o Marcos falou outra coisa.

- Você não sabia disto!

- Você sabia que eles faziam isto? - a Gabrielly perguntou surpresa para, provavelmente, o Marcos.

- Não é como se eles estivessem escondendo o relacionamento deles - o Matheus disse e ouvimos a cadeira sendo arrastada, talvez alguém estivesse sentando.

Ficou um silêncio e decidimos entrar normalmente, como se não tivéssemos ouvido nada.

O Marcos e o Matheus cumprimentaram o Bernardo normalmente e nós nos sentamos para comermos.

A Gabrielly parecia inquieto o jantar todo, e não olhava para a gente ao contrário da Clarice, que ficou o jantar todo olhando hora para mim e hora para o Bernardo.

Quando o jantar acabou, o Marcos e o Matheus voltaram para suas casas, a dona Maria se retirou para o quarto e eu e o Bernardo decidimos também ir para o quarto, deixando a Gabrielly e a Clarice na cozinha.

- Depois de amanhã é domingo, eu vou lá pegar o armário - falei enquanto nos preparava para dormir.

- Ok! Obrigado amor - disse fechando os olhos, sorri percebendo que ele tinha falado de novo sem perceber.

Dei um beijo nos cabelos dele e fechei os olhos também, dormindo.

No dia seguinte quando acordei e foi para a cozinha tomar meu café, encontrei a Gabrielly fazendo ele.

- Obrigado - agradeci e fiquei olhando para ela, esperando uma explicação.

- Quis dar uma folga para a dona Maria.

- Você já falou com seu marido? - perguntei bebendo o café calmamente.

- Ele tem me ligado algumas vezes, mas ainda não tive coragem de atender - disse de cabeça baixa e tomei meu café até ele acabar, ficando aquele silêncio estranho. 

- Eu nunca pensei em você como uma mulher medrosa - falei deixando o copo de café na minha e saindo.

Foi fazer minhas coisas normalmente e antes da sete, voltei para casa, pegando uma bandeja com o café da manhã e levando para o quarto onde o Bernardo já estava acordado vendo algo no notebook.

- Bom dia! - falei me inclinando para beijar ele.

- Bom dia amor!

Continua...

Amores Rivais (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora