Pov. Pedro
Coloquei as malas do Bernardo em um canto do quarto para quando ele chegasse, pudesse arrumar como ele quisesse.
Foi para a cozinha encontrando só a dona Maria ali.
- Dona Maria, o Bernardo vai se mudar para cá - avisei pegando um café forte.
- As coisas estão ficando séries entre vocês, eu fico muito feliz por isto - a dona Maria disse sorrindo aberto - Já tem data?
- Ainda não, mas já vamos trazer as roupas dele.
- Quando acabar as coisas aqui, eu vou lá passar as roupas dele e coloco direitinho no seu armário - concordou, agradecendo a ela, bebendo o resto do meu café e indo para o meus trabalhos na fazenda.
Acabei tento um problema no celeiro me deixando super ocupado o dia inteiro e acabei mais tarde que o normal o trabalho, quando acabei e fui para casa, o Bernardo já tinha chegado.
Quando entrei em casa, foi direto para o quarto vendo o Bernardo parado em frente ao meu armário.
- Aconteceu alguma coisa? - perguntei me aproximando por trás dele e tanto um selinho nele.
- Seu armário é muito pequeno, não vai caber todas as minhas roupas - disse ainda olhando para o armário.
- Só você dar algumas roupas - sugeri simplesmente, mas só olhei para ele para saber que não era uma opção.
- Você se importaria muito se eu mudasse este guarda roupa para um novo maior? - falou se virando para ficar de frente para mim.
- Não, acho que o seu cabe aqui - disse me inclinando para beijar ele, era realmente verdade, não me importava de mudar de guarda roupa, este já estava bem velho e era do meu pai.
Estávamos nos beijando tranquilamente, com pequenos selinhos entre ele até que de repente ouvimos algo se quebrando no chão.
Nos separamos e olhamos juntos para onde tinha vindo o barulho, vendo a Gabrielly com uma cara de choque e um copo quebrado no chão.
- D-Desculpa - falou vermelha e saiu correndo da porta do quarto.
Eu e o Bernardo nos olhamos um cara o outro, mas não falamos nada e seguimos ela para a cozinha.
- E-E-Eu vi o P-Pedro b-beijando o Bernardo - ouvimos a voz da Gabrielly falando e paramos alguns passos antes da porta da cozinha, para ouvir o que eles iriam falar.
- Acho que você andou bebendo! - a Clarice disse ao mesmo tempo que o Marcos falou outra coisa.
- Você não sabia disto!
- Você sabia que eles faziam isto? - a Gabrielly perguntou surpresa para, provavelmente, o Marcos.
- Não é como se eles estivessem escondendo o relacionamento deles - o Matheus disse e ouvimos a cadeira sendo arrastada, talvez alguém estivesse sentando.
Ficou um silêncio e decidimos entrar normalmente, como se não tivéssemos ouvido nada.
O Marcos e o Matheus cumprimentaram o Bernardo normalmente e nós nos sentamos para comermos.
A Gabrielly parecia inquieto o jantar todo, e não olhava para a gente ao contrário da Clarice, que ficou o jantar todo olhando hora para mim e hora para o Bernardo.
Quando o jantar acabou, o Marcos e o Matheus voltaram para suas casas, a dona Maria se retirou para o quarto e eu e o Bernardo decidimos também ir para o quarto, deixando a Gabrielly e a Clarice na cozinha.
- Depois de amanhã é domingo, eu vou lá pegar o armário - falei enquanto nos preparava para dormir.
- Ok! Obrigado amor - disse fechando os olhos, sorri percebendo que ele tinha falado de novo sem perceber.
Dei um beijo nos cabelos dele e fechei os olhos também, dormindo.
No dia seguinte quando acordei e foi para a cozinha tomar meu café, encontrei a Gabrielly fazendo ele.
- Obrigado - agradeci e fiquei olhando para ela, esperando uma explicação.
- Quis dar uma folga para a dona Maria.
- Você já falou com seu marido? - perguntei bebendo o café calmamente.
- Ele tem me ligado algumas vezes, mas ainda não tive coragem de atender - disse de cabeça baixa e tomei meu café até ele acabar, ficando aquele silêncio estranho.
- Eu nunca pensei em você como uma mulher medrosa - falei deixando o copo de café na minha e saindo.
Foi fazer minhas coisas normalmente e antes da sete, voltei para casa, pegando uma bandeja com o café da manhã e levando para o quarto onde o Bernardo já estava acordado vendo algo no notebook.
- Bom dia! - falei me inclinando para beijar ele.
- Bom dia amor!
Continua...
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Amores Rivais (Romance Gay)
RomanceDuas pessoas completamente diferentes podem realmente se amar? Bernardo é um empresário sem qualquer sentimento que herdou a empresa do seu pai, por pressão dá mãe está noivo de uma mulher fútil, filha de um sócio. Pedro Henrique é um fazendeiro si...