Realidade

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A brisa fresca batia contra meu peito.
Eu corria e no asfalto feria o dedo.
Chutando o chão  ao invés  da bola.
Mais a frente um mendigo pedia esmola.

Mas eu contava até 10 e me virava a procurar.
Aqueles que tinha de achar.
Antes que se salvassem.
Enquanto uma morte acontecia de forma selvagem.

Depois corríamos  atrás uns dos outros.
Fingindo paralisar quando pegos.
E em algum lugar rejeitavam um emprego a um homem.
Por ser negro.

Enquanto meus olhos se abriam para a imaginação.
Se fechavam para a realidade.
Uma triste, cruel e verdadeira humanidade.

Poesias alheiasOnde histórias criam vida. Descubra agora