Poderia tecer uma infinidade de
Elogios convencionais
Para a beleza dos teus olhos negros,
Mas a verdade é que eu não preciso
Eles são belos, é verdade, só que há mais
Nele do que em qualquer outro olhar
Que o meu, cansado, avistou...
Eles enxergaram além da muralha
Que eu mesmo levantei para evitar
Um olhar tão penetrante quanto o seu
...Só não imaginei que tivesse essa força...
Você chegou até mim subestimada
De todos os lados e de todas as maneiras
Não sei a história que você guarda para si
Só a que os teus olhos negros me contam...
A Revolução mais importante que você
Bravamente participou, foi a do Amor,
Você nunca pensou muito Nele, não é?
Os teus olhos negros me contaram...
Só que...
Assim que nos vimos algo adormecido
Em nós despertou e Nele... Em mim...
Você pensou, ao menos foi no que eu
Pensei todos os dias desde que eu vi
Não só os teus olhos negros, mas o teu
Modo revolucionário de me amar.
...Só que você se foi...
Sabia que iria desde o primeiro instante...
E se eu soubesse que teria sido incontrolável,
Nem teria me esforçado... Só que você se foi,
Porém independente de sua ida lhe sou grato,
Pois me deu momentos únicos e eternos
...Espero que para você também...
Te desejei como esposa, mas me contento
Com a sua verdadeira faceta
Ser o meu sonho que se tornou real.
Você cruzou o mundo, qual era a chance?
Aproveitamos juntos as noites brancas,
Curtas como os nossos escassos beijos...
E Por você eu vestiria a farda de militar
Se você chamasse por reforço,
Iria para o Brasil ousar em dias vermelhos.
Só que...
Eu sou só um artista... Você já viu meus desenhos
Ouviu e sentiu a minha música,
Faltava esses versos... E você de novo no meu
Abraço.
Esse poema, fica como a minha mais sincera homenagem ao fim da parte 1 da obra Dias Vermelhos da Érika Batista.
O eu-lírico, seria o Pavel (pedreiro, pintor, violinista, desenhista e nesse mundo paralelo um poeta) e os versos obviamente endereçados a protagonista Maria Clara. Como não sei desenhar, considere essa a minha fanart a uma das melhores obras presentes nesse site, se você um dia chegar a ler esse poema e ainda não tiver lido a obra que lhe inspirou, sugiro que a comece em seguida.
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A Lenda da Mariposa
PoetrySegundo a lenda, a mariposa se apaixona pela luz da lâmpada e tenta se aproximar dela até que o seu calor a queima e ela morre. Assim, esse inseto é atraído pela luz tal como o apaixonado que, iludido pela força da paixão, não enxerga a verdade (a...