Não imaginei te encontrar.

Capítulo 5 - Preso a um momento.

Já era tarde de segunda feira e estava prestes a sair da aula de inglês na Universidade de Nova York. O dia estava nublado e um pouco frio, o que eu mais queria era um bom e quentinho café.

A aula terminou, arrumei minhas coisas e fui caminhando até a Starbucks que tinha mais próxima da Universidade. Pedi um café com leite e me sentei um pouco pra descansar. Parei pra pensar em como estava indo rápido demais o que eu e o Taylor, tínhamos, sentíamos um pelo outro. Passaram-se minutos e eu continuava pensando, quando senti uma mão tocar no meu ombro.

- Ai meu Deus! - falei tomando um susto, me virei para ver quem era.
- Tava pensativa, hein? - falou o Isaac. - Me desculpa, eu não quis te assustar. Posso me sentar com você?
- Eu só estava distraída. Ah, pode sim. Claro! - disse apontando a mão pra cadeira a minha frente.

Isaac sentou-se e começou a tomar o seu café. Ele olhava pra mim como se quisesse me dizer alguma coisa da qual eu não sabia.

- Você logo vai ficar famosa.
- Como assim? - falei sem entender o que ele dizia.
- Estão falando nas revistas que você é a amante do Taylor. - falou o Isaac.

Naquele momento tudo parou e eu não conseguia mesmo raciocinar, o Isaac tinha falado amante? Que eu supostamente era amante do Taylor para as revistas.
- O quê? AMANTE? Como assim? - perguntei curiosa sem entender aquilo.
- Sim. Eu sei que vocês são apenas amigos. Mas sabe como são as fofocas da mídia. A foto só aparece você dando um beijo no rosto dele. - Falou mostrando o celular pra mim. Peguei da mão dele para olhar a matéria por completo. E o que eu menos esperava estava escrito. Como será que a Nikki receberá essa notícia sobre o seu noivo Taylor?

Eu não podia acreditar nisso. Fiquei por um momento, incrédula, não conseguia pensar, não conseguia.

- O que foi Penny? - disse o Isaac preocupado.
- O Taylor é noivo? - olhei pra ele nos olhos dele.
- Nossa! - ele bateu de leve a mão na cabeça. - Sim! Ele não te contou? Vocês estão tento algo? - perguntou curioso. Eu levei as mãos ao rosto, cobrindo-o. Tinha sido enganada por ele, ele mentiu pra mim. Não consigo acreditar. Isaac entendeu o que tinha acabado de acontecer.
- Putz. Não acredito nisso. - disse ele batendo de leve na mesa. Ele viu uma lágrima cair pelo meu rosto. - Vamos, te deixo em casa. - Falou se levantando e me dando a mão.

Dei a mão ao Isaac. Ele me arrastou para fora da Starbucks, entramos no carro. E ficamos por um momento em silêncio.

- Precisa me dizer onde mora, pra eu te deixar... - disse o Isaac, olhando pra mim ao dirigir.
Disse onde morava e voltei a ficar calada.
- Eu não sou daqui. Cheguei a poucos dias, eu não sabia que ele ia casar. Não pense errado de mim. Por favor! - coloquei as mãos sobre o rosto.
- Eu sei. Não pensei nada. Não chora. - falou enxugando as lágrimas que caiam.

Chegou na frente do meu prédio. Continuei paralisada no carro do Isaac.
- Você está bem?
- Não como eu queria. Eu fui enganada! Ele mentiu... Como pôde fazer isso? - falei com uma certa quantidade de raiva e tristeza na voz.
- Eu vou subir com você. Tomamos um café.
Saímos do carro, entramos e fomos para meu apartamento.

Tirei meu casaco e coloquei sobre o sofá.
- Eu não acredito também, nisso que ele fez... - disse olhando pra mim, meus olhos encheram-se de lágrimas.
- Acabei de chegar na cidade e já vou ficar com fama de amante? - falei balançando a cabeça e sentando no sofá.
- Vocês precisam conversar!

- Não quero conversar com ele. Não temos o que conversar mais. Mentira pra mim é a pior coisa, não tolero, não admito. - falei limpando o rosto. - Foi totalmente desnecessário isso que ele fez, Isaac.

- Eu sei como se sente, já fui traído. - ele falou dando de ombros.

- Vamos mudar de assunto? Não quero pensar mais nisso agora. - levantando-se do sofá e olhando para o Isaac.
- Podemos, claro. O que quer fazer?
- Vamos beber alguma coisa e beber? - falou franzindo a testa. Ele deu uma risada.
- Mas é claro. Agora!
- Tem bebida aqui em algum lugar pela cozinha ou pela sala. Você pode procurar enquanto eu tomo um banho? - Falou já tirando a bota.
- Sim! Se não achar vou comprar aqui perto.
- Fica a vontade, Isaac. - disse sorrindo e fui para o banheiro tomar banho.

POV ISAAC

Coloquei a minha playlist do U2 para tocar e fui procurar as bebidas que a Penny disse está em algum lugar. Encontrei duas garrafas de tequilas no armário da cozinha. Fui então até o quarto dela para avisar ter encontrado. Me aproximando vi que a porta estava entre aberta. Quando percebi estava olhando pra ela.

Ela estava nua, estava se vestindo. Eu não consegui desviar o olhar dela. Fiquei admirado com a beleza que tinha seu corpo. Percebi que estava ficando excitado com aquilo, eu não podia. Vi que ela já estava prestes a sair do quarto, então sai do corredor e voltei a sala. Bebi a primeira dose. E só pensava "O que foi isso?"

- Oi! To aqui, voltei. - disse a Penny.
- Encontrei as bebidas!! - mostrei o copo com uma dose de bebida a ela, ela sorriu e eu retribui o sorriso.

Servi bebida pra ela. Ouvimos diversas músicas, dançamos e já se passava das dez horas da noite. Já estavamos na segunda garrafa. Começamos a pula ao som de Elevation. Viramos algumas doses rindo.
- You make me feel like I can fly. So high, elevation!!!! - cantou o Isaac alto.
- Você é louco!! - falou ela rindo.

Começou a tocar uma música lenta Stuck in a Moment You Can't Get Out Of nos juntamos instantaneamente para dançarmos juntos.

Ela colocou uma mão no meu pescoço ao passar os braços envolta dele, me arrepiei com seu toque. Coloquei minhas mãos em sua cintura. Ela dançou me olhando nos olhos. Que olhos lindos ela tinha... Não me olha, Penny. Só podia pensar nisso. Dançando formos nos aproximando mais. Comecei então a pensar : Que merda, cara! Estamos bêbados.

Nos encostamos nossos rostos um no outro ao decorrer da dança. Estava cantando para tentar esquecer isso. Ela então me olhou nos olhos e não consegui resistir. Nossos lábios se encontraram, ela não recuou e eu também não. Nos beijamos alí. Ela acariciava meu pescoço. Continuamos a dançar a próxima música Sometimes you can't make it on your own e o beijo não teve pausa. Ela recebeu minha língua na sua boca enquanto me puxava pra perto dela. Brinquei com os lábios dela.

Ao terminar essa música terminamos o beijo e nos afastamos.
- Me desculpa! - disse a Penny.
- Não. Eu que tenho que pedir desculpas.
- O que aconteceu? - ela me perguntou
- Eu não sei. - ele riu e ela riu também. - Acho melhor eu ir embora.
- Cara, tu tá bebado. Tem outro quarto. Tu pode dormir lá. - falou apontando para o corredor. - Relaxa! Fica de boaaas!
- É... - falei com dúvidas.