Capítulo 6 - Pensamentos.

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POV PENNY

Estava de cabeça quente, não queria pensar em nada, liguei o chuveiro e entrei debaixo. Não havia necessidade de mentir pra mim daquele jeito, totalmente desnecessário bancar o solteiro e me enganar de tal maneira.

Não quero papo algum com ele, me expôs e agora tô com fama de amante. Mais que ódio que eu tou dessa cara! Eu pensava nisso enquanto bebia as primeiras dose.
Comecei a dançar com Isaac, olhando pra ele de relance pude perceber que ele era realmente bonito, tinha um sorriso lindo, um sorriso de matar.

Já estavamos animados, dançando e conversando e eu já estava sentindo efeito da bebida no meu sangue.
Mais que leveza essa que tá batendo em mim, pensei e ri.

Começou uma música lenta, naturalmente me aproximei do Isaac e envolvi meus braços envolta do seu pescoço. Pude sentir o cheiro dele, ele tinha um cheiro muito bom, maravilhoso na verdade.
Aproximei meu rosto do dele pra sentir melhor aquele perfume, estava ficando hipnotizada.

Quando me dei conta já estava com os lábios grudados nos dele, minhas pernas ficaram bambas na mesma hora.
Eu gostei dos lábios deles, mas eu não podia. Ele era o irmão daquele idiota, mas meu corpo não queria respeitar meus comandos. Estava com a mão no pescoço dele o puxando pra mim durante o beijo, beijo que eu explorava cada vez mais, o gosto da boca dele era de menta misturado com tequila, eu gostei.

Não sei como, não sei porque mas a gente não conseguia parar de se beijar, eu queria ele, mas não podia.

Depois de muitos beijos, parece que pensamos a mesma coisa e nos afastamos.
- Me desculpa, me desculpa! - falei colocando as mãos nos bolsos da parte de trás do short. Dei o goto, nervosa.
Ele também se desculpou e disse que iria embora, logo o lembrei de que estava bêbado demais pra isso e falei que ele dormiria aqui em casa.

Ficou aquela situação meio estranha entre a gente. Mas não sei porque eu só queria beija-lo, então mordia meu lábio para me conter.
- Vamos comer pipoca?? - falei meio bêbada.
- Ahhh... Vamos!! - disse ele se levantando e ido pra cozinha. - Pipoca no armário? - perguntou ao me olhar, confirmei com a cabeça.

Peguei meu celular e tinham 3 chamadas não atendidas do Taylor, provavelmente viu a matéria. Desliguei o celular e joguei no sofá. Me levantei e fui até o Isaac que olhava pra o microondas esperando a pipoca ficar pronta.
- Oiiiiiii?
- Oiiiiiiiiii! - disse e riu. - Acho que tô bêbado mesmo. E não me olha assim, por favor...
- Te olhar como? - fiz um olhar angelical e sorri.

Ele riu e colocou a mão no rosto.
- Tá bêbada, só pode! - Falou dando risada.
Me aproximei dele e pude vê-lo ficar com o rosto vermelho. Ele ficou parado me olhando, estava sem entender o que eu ia fazer.

Forcei uma leve tosse e levei o braço sobre os ombros dele até a porta do microondas, peguei a pipoca e comecei a rir.
- Queria a pipoca, mano! - Falei rindo, com o braço sobra a barriga.
Com certeza eu só posso estar louquinha.
Ele me olhava com aquele sorriso no rosto, aquele sorriso que me deixava encantada, aquele sorriso que me trazia tranquilidade e paz a alma.
Ele também ria dos meus trejeitos.

Voltamos a sala, escolhemos um filme no Netflix para assistir. Sentei próxima a ele no sofá. Ele jogou pipoca em mim, sorri. Joguei de volta nele.
- Parou, parou. Olha a bagunça! - falei fingindo a séria.
- Tudo bem. Perdão, madame! - ele ria.

Voltamos a atenção ao filme, pelo menos tentavamos.
Eu pude saber pelo jeito que ele se mexia no sofá que também estava lutando contra o desejo. Estávamos nos desejando.
Encostei a cabeça no ombro dele ao assistir o filme. Começava a ficar com sono.
Pude sentir o calor da mão dele deslizar sobre meu braço ao acariciar meu braço. Gostei de sentir o toque de sua mão. Logo voltei a pensar, não podíamos, não podíamos.
- Tá gostando? - Perguntei
- Sim, seu perfume é gostoso.
Voltei a dar risada.
- Estava falando do filme, Isaac.
- Nossa... - ria envergonhado. - Filme é muito bom, mesmo!
- Depois eu tô bêbada, né?
Ele beijou o topo da minha cabeça.

Eu já não lembrava na cagada que o Taylor tinha feito comigo e como aquilo tinha me deixado irritada. Logo adormeci no ombro dele.

Eu me sentia bem ao lado dele. Me sentia em segurança. Isso me parecia loucura, mas era como eu me sentia.

Quando comecei a despertar senti a cabeça latejar um pouco. A gente bebeu tanto assim? Me perguntei. Quando me dei conta estava deitada sobre o peito do Isaac. Levantei devagar para não acorda-lo. Fui na cozinha tomar uma aspirina já pra evitar aquela enxaqueca. Retornei devagar a sala e olhei pra ele, parecia uma criancinha dormindo, era muito belo.

Fui me aproximando, me abaixei e toquei de leve no ombro dele.
- Ei...
- Ham... Oi... - falou esfregando os olhos.
- Adormecemos. Vem dormir. - peguei a mão dele. Ele se levantou e me seguiu. Entrei no meu quarto. - Vamos dormir? - questionei.
- Sim. Conseguiremos dormir. - ele entendeu bem a pergunta.

Ele entrou sonolento no meu quarto, se deitou na minha cama e me deitei ao seu lado. Pude sentir o braço dele envolver minha cintura carinhosamente, me aproximando mais dele.

Ficamos deitados alí de conchinha, pude sentir o calor que vinha do corpo dele, o perfume dele, a sua respiração próxima a mim.
Aquilo me deixou confortável, ele me respeitava.

Adormecemos juntos alí.

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