38° Trigésimo oitavo ato

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Olá amor...

Está é a última carta em que falo de nos, estava planejando algo mais marcante para nosso fim, de certa devo admitir que nunca existiu este "amor" se não em minhas cartas, é difícil aceitar que devo levar minha vida a diante e desistir de tí, sei que não é a primeira vez que lhe escrevo isto mas desta vez lhe juro...

- A quem quero enganar!

Está tarde se confessou para mim, mas não foi bem como esperava, me disse estar em recaída, referia-se aquele velho amor, sim, aquela bela dama de sorriso cativante que viera um dia a ser sua grande paixão, aquela cujo ainda em seu coração abita e não há tão cedo de esquecer...

Eram amantes, ela uma mulher incrível como me descreverá um dia ao falar de vocês, no entanto o tempo e os desencontros vieram a lhes separar, desde então passou a tentar a vida noturna como remédio e por várias mulheres foi querido...

Dentre elas, eu!

Eu lhe amei, mas não pude ocupar um lugar que não me pertencera e está tarde você me disse isto...

Quieta por alguns segundos engoli seco, e lhe respondi...

- Vá atrás da mulher que ama!

Não era isto que queria lhe dizer, não era isto que desejava, não era este o final que escrevi para nós, mas apesar de tudo meu coração quer lhe ver feliz, mesmo que não seja ao meu lado!

Daquele momento em diante pude ter certeza, me vi livre desta ilusão que foi te amar, e este foi meu último suspiro em teu nome...

Levantei minha cabeça sem que me permitisse escorrer se quer uma lágrima, segui em frente, mas não desisti de encontrar um alguém a este coração!

E de todas as falhas tentativas que ainda terei, sei que há de haver um homem no qual seja digno deste amor!

Mas apos tudo pelo que passamos espero um dia poder lhe dizer...

- Ao menos você me rendeu uma boa história!

Com eterno carinho de sua amada H.Matos

Sabado 21/11 /47


Cartas ao meu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora