POV | Jack

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Coloquei minha jaqueta jeans e peguei as chaves do carro enquanto gritava chamando o Johnson pela terceira vez.

O Cameron, Nash e Matthew decidiram dar uma festa na casa deles hoje à noite.

Enquanto eu dirigia para lá, não conseguia parar de pensar na Lexy. Eu nunca esperava que ela fosse pirar por causa da foto da Madison—não a primeira, pelo menos—porque ela sempre foi muito de boa todas as vezes que nós ficamos.

Eu entendo que ela realmente não gosta da Madison por causa da briga entre as duas, mas eu não estava esperando aquele gelo e aquela grosseria toda por causa de uma foto.

Para ser bem sincero, a reação da Lexy me deixou puto da vida.

— Vê se não vai piorar as coisas hoje, G — JJ falou para mim enquanto eu estacionava o carro.

— Não sei se isso é possível, cara.

— Nada é tão ruim que não possa piorar, bro — ele deu um tapa leve no meu ombro e nós entramos na casa.

Deve dar para ouvir o barulho da música do Calabasas, de tão alto que o som está. Abri meu caminho pela casa cheia de pessoas—conhecidas e desconhecidas—procurando pela Lexy.

O Matt me encontrou antes.

— G — ele surgiu na minha frente e me entregou uma cerveja.

— Matt — cumprimentei ele com um aceno.

Nós nunca fomos de fazer trança no cabelo um do outro tipo duas melhores amigas pré-adolescentes, mas nós somos amigos. E eu sempre soube que essa situação com a Lexy era algo delicado, principalmente porque o Matt não concorda muito com o meu relacionamento com ela.

Claro que não, o cara é afim dela. Eu também não ficaria muito em paz se fosse o contrário.

Mas recentemente, parece que tudo ficou pior.

— Cara, não precisa me assassinar com os olhos. Eu não fiz nada por mal — falei.

— Eu não entendo como que você pode ser tão burro de ter alguém como a Lex nas mãos e simplesmente trocar ela por outra. Isso me deixa muito puto, G. Porque você não faz ideia da sorte desgraçada que você tem — ele falou.

— Eu não troquei ela por ninguém, Matt.

— Claro que trocou. Quatrocentas vezes. Ela gosta de você há sete anos, e você trata ela como um ritual de passagem entre uma namorada e outra.

— Nunca fiz nada de propósito — revirei os olhos — A Lexy nunca me falou que queria algo a mais comigo. Eu ia adivinhar?

— Não é como se você precisasse ser o Sherlock Holmes para perceber, né G.

Soltei o ar de maneira pesada. Essa discussão é algo que eu não gostaria.

— Tá faltando alguma coisa no seu sermão ou eu estou liberado, Matt?

Ele revirou os olhos e saiu andando.

Voltei a sondar a casa procurando pela Lexy. Eu não ia admitir para o Espinosa, mas é lógico que eu sempre soube que a Lexy gostava de mim. Ela não faz muito esforço para esconder.

Mas alguma coisa sempre me impediu de evoluir as coisas com ela, mesmo que eu não saiba o quê.

— Lexy — chamei assim que a avistei.

Ela estava virando uma dose de tequila com a Melanie e a Alice e nem se deu ao trabalho de olhar para mim.

— Lexy, por favor — pedi — Vamos conversar. Não vamos deixar essa situação mal resolvida.

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