Capítulo 7.

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Voltei. Falei que ia atualizar semanalmente? Falei. Tô atualizando semanalmente? Não. Mas deus é testemunha que eu TÔ TENTANDO GENTE. Enfim, mesmo com muita correria na faculdade, tô aqui. Então por favor, comentem ♡ eu leio cada comentário de vocês e isso me deixa muito felizzz. Boa leitura e eh isto  



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Harry 


Hoje é sexta-feira e eu acordo atrasado. São oito e trita e cinco, e eu só tenho tempo de pular pra fora da cama, me arrumar, e descer as escadas correndo ao som das buzinas apressadas vindas do carro de Louis Tomlinson na calçada. Quando desço, vejo Robin parado na porta, arqueando as sobrancelhas pra mim, me entregando uma caneca de café fresco, como se todo o meu atraso tivesse sido friamente calculado.

-Seu amigo é apressadinho, hein?

Eu reviro os olhos com um sorriso no rosto, tomo um gole do café e devolvo a caneca. Todos os dias ele fazia algum comentário diferente sobre Louis, e eu só achava graça. Nem sempre eram bons, nem sempre eram tão ruins. 

-Tchau, Rob.

A semana toda havia seguido daquela forma. Eu acordava, tomava café com Robin de pressa, e logo embarcava na Picape preta de Louis Tomlinson, aonde conversávamos sobre coisas banais, até o prédio da Lemington Centre invadir a paisagem e ele estacionar o carro. Desde terça, era um assunto diferente todos os dias.

Descobri algumas coisas sobre ele, também. Descobri que não se dá muito bem com a família, embora ele nunca tenha me explicado o porque. Provavelmente acha o assunto desconfortável, e eu nunca quis forçar a barra. Descobri que seu sonho quando criança era ser dono de uma papelaria, e que tinha muito medo do escuro. E claro, tínhamos uma porção de coisas em comum. Louis -para minha surpresa- gostava de séries de ficção científica e filmes de comédia romântica. Ele até lia um pouco.

-Sério que você lê? -Perguntei certo dia, com os olhos arregalados. Ele sorriu, com as mãos no volante.

-O que? Acha que nós, do time de futebol, não temos cérebro?

-Bom, não, mas às vezes vocês fazem muito por onde.


Até então, a única coisa que não tínhamos muito em comum era o gosto musical. Na quarta, ele ligou o rádio e eu mudei a estação indie triste para uma rádio pop. Paparazzi, da Lady Gaga, começou a ressoar pelo carro e eu comecei a fazer a coreografia que havia aprendido no Just Dance descontroladamente.

-Sério que você não gosta dessa música?! -Perguntei incrédulo, enquanto ele revezava entre rir da minha dança desajeitada e dirigir.

-Na verdade, não.

-É Lady Gaga! Cristo, mas você é gay!

Por meio segundo me arrependo de falar isso em voz alta, mas em vez do clima ficar pesado e ele fechar a cara, ele solta uma risada tão alta que invade meus ouvidos e que automaticamente me faz sorrir também.

-É, mas acho que não sou muito bom nisso.

Quando cheguei em casa na quinta-feira, não pude deixar de perceber comigo mesmo o tanto de assuntos que conversávamos sobre. Por mais que não fossem segredos profundos ou coisas do tipo, Louis conversava comigo com tanta naturalidade que parecia um livro aberto na palma das minhas mãos. Era como se não acabasse, como se aqueles 15 minutos da minha casa até o colégio durassem horas.

You flower, you feast ♦ [l.s] [finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora