Capítulo 9.

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PARTE II – The friendship.


Harry



-Deus ajuda quem cedo madruga! -Ouço a voz de Robin ressoar pelo quarto. Abro os olhos com dificuldade, e percebo que ele cometeu o maior crime doméstico que se pode cometer antes das nove da manhã: Abrir as cortinas. Pro meu azar, o dia está lindo lá fora. Meu quarto fica mais iluminado do que a Times Square.

-Fecha isso pelo amor de Deus! -Digo, tampando meu rosto com o travesseiro.

-Bom dia pra você também, Haz.

Ele arruma a bagunça, pega as cobertas e joga num canto.

-Anda, fiz café fresco. Tá sentindo esse cheiro? -Ele diz com orgulho.

Bufo, mas não deixo de sorrir. Sinto vontade de tacar meu travesseiro nele e abraçá-lo ao mesmo tempo.

-Já vou, já vou.

Ele sorri, vitorioso, e sai do quarto.

Demoro uns 15 minutos pra me arrumar. Tomo um banho, visto minhas calças de Brim e ponho uma camiseta que diz Be kind na cor lilás, e prendo o cabelo, deixando meus brincos de coração e minhas saboneteiras a mostra. Por último, passo um pouco de brilho nos lábios, e pego a minha bolsa.

Desço as escadas e encontro Robin na cozinha. Uma música alta vem do cômodo.

-Você sabe que eu amo ouvir Fleetwood mac pela manhã, mas será que nossos vizinhos também gostam? -Pergunto, e ele sorri.

-Eles ainda não chamaram a polícia. Ponto pra gente.

Ele abaixa o som e põe a mesa. Noto algo diferente.

-Porque tem três canecas aí? -Aponto para o conjunto de xícaras da vovó.

Me sento a mesa, e pego uma torrada.

-Porque... -Ele começa, arrumando os pães e as frutas de uma forma mais chique do que o normal. Estamos esperando alguma visita? Se sim, esqueci completamente.

-Hoje você vai convidar seu amigo pra tomar café conosco.

Franzo o cenho.

-Que amigo? -Me faço de tonto.

-Seu amigo da carona.

-O Louis?

-Ele mesmo.

-Pra mim não gostava dele.

-Bom, hoje veremos se isso é verdade.

-Robin, mas vamos nos atrasar, sendo que...

-Qual o problema? Ninguém vai morrer se chegarem uns cinco minutos depois do horário.

-Mas eu nem avisei a ele, i-isso...

-Haz, pare de drama. É só um café da manhã. Preciso saber se esse garoto é decente o suficiente para andar com você.

-Isso é uma coisa horrível de se dizer! -Respondo, mas não me seguro e dou uma risada.

Louis iria me matar.

-Sabe que há uma chance dele recusar, né? -E de fato tinha. Eu adorava Louis e a sua amizade, mas ainda não nos conhecíamos cem por cento. Portanto, não fazia ideia se ele aceitaria aquilo tudo ou não.

You flower, you feast ♦ [l.s] [finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora