A Oitava Horcrux

A Oitava

Conhecem a típica história da carta na manga, que todo mocinho tem? Aquele jeito só deles de estragar tudo e serem aplaudidos por isso. Esse era o tipo de coisa que acontecia sempre que eu encontrava o maldito Potter e seus amigos. Sempre estragando meus planos desde que nascera... Infelizmente para eles, eu nunca fui do tipo que confiava em sorte, afinal homem precavido garante suas vitórias.

A criação das Horcruxes foi uma das melhores coisas que eu fiz. Não me importei que elas deformassem, ainda mais, minha aparência, muito menos que algumas vidas insignificantes fossem tiradas no processo. Para conquistar o mundo bruxo tudo valia a pena.

Durante muito tempo, esse plano rodeou minha mente, desde a primeira vez que ouvido falar dela em Hogwarts. Realiza-lo não foi exatamente uma tarefa fácil, mas digamos que ter facilidade com artes das trevas, ajudou muito. Seis Horcrux já haviam sido criadas agora só faltava uma, a mais forte de todas.

Em uma tarde, caminhei até uma pequena cabana no meio de uma floresta, nos confins do mundo. Era um lugar acabado, beirando ao decrépito. As paredes de madeira descascavam e haviam folhas mortas cobrindo quase todo o chão, era evidente que não havia vida ali, fossem elas bruxas ou trouxas. Olhei aquele lugar com nojo enquanto avançava sobre o chão que rangia alto. Um lugar há muito não visitado por ninguém, um lugar perfeito para seu nascimento.

Depois de muitas mortes divertidas, para silenciar alguns que tentaram me seguir, deixando assim alguns rastros de sangue para trás e ninguém para contar história, havia finalmente chegado até ali. É claro que eu poderia ter simplesmente pegado um portal, mas isso significaria dizer ao ministério da magia a onde eu estava indo.

Desta vez seria mais complicado, já havia dividido minha alma seis vezes. Para uma arte das trevas que deveria ser feita a única vez, seis era um número relativamente grande, sete talvez fosse o máximo. Mas esta seria diferente, havia guardado a maior parte de minha alma para ela, seria a mais forte das minhas criações, mas era necessário ser totalmente confidencial. Ninguém poderia saber da existência dela, nem mesmo os mais leais dos meus comensais.

Minha carta na manga... Meu triunfo sobre Dumbledore e toda sua corja!

Senti nos primeiros instantes, os efeitos de seu poder, quando ela saiu de mim, diferente de todas as outras, era uma bola de energia muito brilhante, podia chegar a cegar um daqueles bruxos malditos que se diziam fortes. Assim que ela saiu de mim, vi de relance meu reflexo em um pequeno espelho quebrado da cabana. Me aproximei para poder me observar mais de perto. Eu estava inumano, medonho, terrível, afinal era isso que mexer com as artes das trevas fazia, cobrava um preço muito alto aos que lidassem com ela. Mas não me importava o quanto eu tivesse que pagar, valia a pena para me tornar o ser mais poderoso do mundo bruxo. Eu já podia me sentir mil vezes mais forte e poderoso do que eu fora com aquele meu frágil eu antigo e eu havia adorado aquilo. Agora eu seria muito mais temido.

Após seu nascimento, o ar em volta mudou, ficou tudo relativamente mais frio. Presumi que havia sido eu o causador de tal mudança, então ignorei o fato, tinha assuntos mais importantes para cuidar. Caminhei até a parte de trás da cabana onde havia um grande lago e lá joguei a esfera de energia junto com um feitiço que esconderia o lago. Um feitiço muito mais complexo que um mero feitiço Fidelius, apenas um mago em meu nível de poder, como Dumbledore, poderia achá-la agora.

Com um sorriso em meus lábios, se é que eu ainda podia sorrir, segui em direção a casa dos Potter, eu tinha uma criança para matar.

"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes"