A Oitava Horcrux

Marry Me

Cristal

O plano era tão perfeito e sádico que meus pelos estavam ouriçados de tanta euforia. Depois de um banho com sais eu comecei de fato minha preparação. Eu precisava da roupa perfeita para minha grande noite e eu sabia exatamente onde arrumar. Andei até a pequena janela em meu quarto, do lado de fora a neve castigava o mundo trouxa, mas me abraçava como uma mãe ao abrir a janela. Fechei os olhos e senti a sensação boa que era tê-la tocando em meu corpo.

-Também senti sua falta, velha amiga! – Eu sorria ao sentir o poder que ela me dava. – Preciso de um favor!

Assim que terminei minha frase a neve já sabia o que fazer. Eu mantinha os olhos fechados aproveitando a sensação boa dela fazendo seu trabalho, desenhando em meu corpo o que havia em minha mente, de todos os meus dons controlar a neve era com certeza o meu preferido.

Em poucos minutos eu estava pronta, vestida em um suntuoso vestido de noiva branco e com um lindo prendedor de cabelo em formato de floco de neve. Andei até o espelho para poder apreciar melhor o trabalho de minha velha amiga. Meu vestido era um estilo Ombré que destacava bem meu colo, o famoso sexy sem ser vulgar. Ele emoldurava bem minhas curvas e destacava meu lindos olhos cor de ametista. A neve havia sido perfeita, até mesmo um colar e brincos havia me dado. Estava do jeito que eu queria, linda e mortal. Comecei uma gargalhada bem baixinha enquanto esfregava as mãos. Aquele menino não fazia ideia do que o aguardava e acredito que Blue não iria gostar nada do resultado e isso só me fazia gargalhar mais e mais.

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Já eram 20:00 da noite, exatamente o horário que o Trouxa costumava se deitar, assim como sua avó, hora perfeita para atacar. O quarto do garoto que se chamava Caleb era ao lado do meu, bati na porta com um largo sorriso no rosto e de dentro o menino respondeu que eu podia entrar.

-Meu bem, você pode fechar os olhos? Quero lhe fazer uma surpresa! – Pedi com a voz mais doce que consegui para assim engana-lo.

-Claro! – Respondeu a voz vinda de dentro.

Antes de dar o bote eu iria cercar minha presa. Minha varinha estava presa nas dobras de meu vestido, caso fosse necessária. Girei a maçaneta da porta e entrei, o quarto estava quente, com meia luz e pétalas de flores estavam espalhadas pelo chão, como ele as havia conseguido em meio a forte nevasca eu não fazia ideia e certamente não me importava. O rapaz sentado na cama estava realmente de olhos fechados, ele vestia apenas uma calça jeans e tinha o peito definido desnudo. Devo admitir que se ele não fosse um Trouxa adoraria tirar uma lasquinha dele. Sorrindo e só pensando em como seria delicioso vê-lo sofrer na mão da mulher que ele havia pedido a mão comece meu diabólico plano.

-Pode abrir os olhos, meu bem!

Ele fez como mandado e ao olhar para mim o rapaz ficou de boca aberta, enquanto eu me aproximava.

-Nossa! – Ele assobiou. – Vo-você está linda, como arrumou o...

Antes que ele continuasse a falar dei-lhe um beijo.

-E isso importa? – Disse me separando de seus lábios. – Nessa noite somos só eu e você, esqueça esses pequenos detalhes.

O menino então cedeu a meus encantos, vendo isso joguei-o na cama e me sentei sobre ele que estranhou um pouco, mas nada disse. Enquanto o beijava bem devagar fui pondo seus braços para cima, eu iria prendê-lo e tortura-lo até que não aguentasse mais. Tudo ia bem, até que em um rápido movimento ele me jogou para baixo de si e me olhou dentro dos olhos e naquele momento eu via ódio em sua face.